sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Vancouver - 23 de Dezembro - Celie's
Vancouver - 22 de Dezembro - Grouse Mountain
domingo, 20 de dezembro de 2009
Vacouver - Canadá - 19 e 20 de Dezembro de 2009
sábado, 19 de dezembro de 2009
Vancouver - Canadá, 16, 17 e 18 de dezembro.
Believe - Yelowcard
Pois bem
Estou a quatro dias atrasado mas vou por-los apar dos acontecimentos
Quando vos falei da ultima tinhamos acabado de chegar aqui.
- Dia 16 de Dezembro, 2009
No primeiro dia todos foram com suas Host Mom`s, foram de carro para aprender o caminho de casa até a escola que deverá, e ja está sendo, feito de onibus.
Ao chegarmos na escola, fomos entreveistados por alguns professores, para que pudessemos ser distribuidos para os nossos repectivos níveis.
Apos as provinhas de classificacão, tivemos um happy hour pago pela escola com direito a muita pizza (pense numas pizza apimentada)Aqui, a International House funciona assim: Todos devemos chegar as 9 horas, com 15 de minutos de tolerancia, a temos 4 aulas diárias como 15 minutos de intervalo entre elas, e estamos liberados para ir para casa as 3 e 15.
Uma coisa curiosa aqui é a grande quantidade de orientais, é muito mesmo o número de Koreanos, Japoneses e Chineses aqui, tando que, axo que só tem uma das 11 host families que nào é asiática.
Pois bem, o primeiro dia de aula correu tudo bem, mas na hora de ir embora, cada um teve que se virar pra ir pra sua casa, então a Maria, quer trabalha na escola, imprimui do google maps o mapa do caminho de cada um e fomos explicar pra eles o que fazer.
A Márcia ficou bem precupada por que o Luis Felipe, seu filho mais velho, estava muito dificil de chegar, e realmente estava, entao, como eu estava morando na mesma casa que ela, achamos conveniente que eu trocasse com ele de casa, e foi o que fizem
Bem, apos levar a Gabriela e a Marcia em casa, me mudei para a casa da nova familia. Eles sao muito bacanas, é uma familia de Japoneses muito bacanas, eles tem só 1 filho, o Eman, e tem 9 quartos na casa para receber os intercambistas, esse mercado de intercambio é muito movimentado aqui.
Fui dormir cansado, ainda me acostumando com o fuso.
- Dia 18 de Dezembro de 2009, Quinta-feira.
O meu maior alívio foi chegar na escola e ver que todos já tinham chegado, principalmente o Gabriel, que é o mais distraídos deles, ah... deixe-me contar-vos mais um episódio dele: estavamos conversando sobre as nossas Host Houses, e falamos sobre as chaves de casa, quando o Gabriel soltou uma exclamacão - IIIIIIXIIIIIIIII!! Cade a minha chave, não, droga ! Perdi!
Ele tem nos divertido bastante nos ultimos dias com essas confusões dele, que apesar de ter a cabeca no mundo da lua, é um rapaz 10, alegre, humilde, obediente, carinhoso e amigo, muleque gente fina.
Na hora do Lunch ( almoco) nos reunimos na Studant`s lounge para almocar o lancinho que casa familia tinha mandado para cada um de nós. Descobrimos a variedade de coisas que madaram, de sanduíche de atum (tuna como chamam aqui) até arroz com linguica e uma banana.
Tem sido bastante divertido passar esses dias com eles, e já é notável o crescimento deles. Já percebi que sabem falar ingles muito mais do que pensavam, estão tendo que se virar com transporte, cada um ta vindo sozinho para a escola, a não ser os filhos da Marcia que vem todos juntos, estão tendo que acordar por si próprios cuidando das suas próprias coisas, enfim, tendo mais responsabilidades. Todos estão se saindo muito bem.
Eu tenho aula de conversacao e depois de temas globais, essas aulas são mais para o treinar a nosso speaking e nosso vocabulário, os professores são ótimos.
Depois da aula nos reunimos e fomos ver os precos dos eletronicos na Best Buy, com direito a uma passadinha antes no MC Donalds pra um lanchinho. A mulecada de esbaldou nos sanduíches, nas batatinhas e no refri, e até eu que não sou muito fã de MC donalds devo admitir que aqui é muito bom, melhor do que na Europa e do que no Brasil, so que não tem aqui o meu sanduíche preferido, o Big Tasty.
Então, após o lanche fomos às compras. Fiquei impressionado em como os precos aqui são bons, não só eu como todos também. Em verdade vos digo é "facim facim" ficar doido aqui nessas lojas, os precos realmente são muito bons, imcoparáreis com os precos do Brasil, foi um correria, um festival de menino procurando telefone pra ligar pros pais pra saber se podiam comprar a camera tal o ifone tal ...
Axo que umas 3 horas depois, totaltmente fatigados saímos de lá e cada um tomou o rumo da sua casa.
Eu já tinha me programado pra à noite ir a uma festa aqui, procurei alguem pra ir comigo, ate uns colegar de sala mesmo, mas não conseguí, e eu como "não sou fraco"fui sozinho mesmo. A festa foi em downtown organiza por brasileiros para brasileiros... foi mara.
Conheci muita gente bacana, de mexicanos, árabes, até umas brasileiras que vieram no voo com agente. E como não podia deixar de ser, quando tocou aquele forrozinho, dancei a sola do sapato fica fina rsrsrs..
Às duas da manha, quando acabou-se a festa fui embora pra cada de taxi, pois a essa hora ja nao passava mais onibus.
Uma coisa curiosa que percebi aqui. O transporte público é muito bom, e os motoristas muito prestativos e educados, os onibus todos tem controle de temperatura, são elétricos e até lugar para colocar bicicleta tem, coisa de primeiro mundo. A passagem custa $ 2,50 de dólar, porem, quando eu estava indo pra festa, por volta da 10 da noite, entrou no onibus um cara bem estranho cheio de tatuagenes na cara, com uma cara ruim e fedendo a alcool e foi tentar convencer o motorista a deixa-lo andar sem o ticket, o motorista então so pediu pra que ele colocasse a uma moeda qualquer na máquina de pagar e pronto, e o mesmo aconteceu um pouco depois com uma cigana que não tinha dinheiro pra pagar também.
Então apos esse agitado dia fui me deitar para outro dia de correria
- Dia 18 de Dezembro - sexta feira
Quando cheguei à escola, todos já haviam chegado também para o meu alívio, pois ate que todos cheguem eu fico apreemsivo.
Tivemos as aulas habituais. As aulas com o Professor Michael tem sido muito divertidas, ele é muito engracado, e a ultima aula, da professora, Ann também é muito boa, ela morou em São Paulo um bom tempo e fala portugues
Na minha sala tenho dois colegas brasileiros, um da Arabia Saubita e 5 Koreanos. Os Koreanos são um povo muito bacana, bastante humilde, recatado, mas parecem ser muito felizes, sempre estão sorrindo
Durante os intervalor fiz amizade com os brasileiros que estudam lá com a gente, então eles me chamaram pra ir jogar boliche depois da escola, e, apos conversar com as garotada, aceitei. Ele decidiram ir para um shoppins e a Márcia acompanhou eles, depois de todos esses dias, me deixaram tirar um tempinho pra mim ... rsrs...
Fomos então, Eu,Luis, Cadú, Thais (a aniversariante), Filipe, Lela, Cris e a Koreana Emily, que é um doce de pessoa. Fomos jogar boliche em Downtown que de noite é simplesmente maravilhosa, sem cometários, parece bastante com aquelas fotos que agente ve de Nova Iorque.
Fomos a algumas lojas também e descobri que tem uma farmacia chamasda London Drugs que até televisão de Plasmas de 52 polegadas. rsrs
No boliche vimos que o daqui é diferente do boliche jogado pelo resto do mundo. A bola deve ser umas 3 vezes menor do que as normais e se se usam 5 pinos e mais difícil, é meio estranho mais é legal.
Depois fomos a um PUB aonde estava passando jogo de rockey no nipe daqueles encontros no Karavella pra assitir um jogo do São Paulo, a cerveja aqui é bem mais fraca do que no brasil.
COmbinamos então de marcar um dia pra ir ver um desses jogos.
Depois do PUB fui pra casa, mas antes conhilei no onibius e perdi a minha estacao entao tive que esperar até o bus passar por lá de novo.
Sem mais por hora
Ate amanhã
Otávio Fraz
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Vancouver - 15 de dezembro de 2009 - A Chegada
Atravessando a América Central, 01:43 do dia 15 de Dezembro de 2009.
Apelo - Vinícius de Morais. http://www.youtube.com/watch?v=_Va-8K0xOF4
Bem...
A partir de hoje vou tentar começar as atualizações diárias.
No momento que vos escrevo estou no avião da Air Canadá, já a alguns milhares de Km do meu Brasil.
Hoje, foi um dia bem cansativo, mas, com a graça de Deus, de muito sucesso.
Acordamos as 4 da manhã, a Mayara e a família inteira nos acompanharam, a mim e ao Kaique, até o aeroporto.
Só para esclarecer o motivo dessa viagem: o Curso de inglês Cultura Ame
ricana, aonde eu estudei e já lecionei e meus irmãos ainda são alunos, anualmente promove viagens de intercâmbio para que seus alunos possam ter uma melhor formação em língua Inglesa através da convivência com novas culturas. A Socorro, dona do curso, me convidou para acompanhá-la e ajudar a guiar as crianças até a chegada em Vancouver, aonde cada uma irá ser encaminhada para uma família.
Pois bem, o dia começou bem cedo, a madrugada ainda estava escura como a noite quando saímos de casa. O grupo possui 15 pessoas, sendo que somente 4 saíram de Palmas hoje de manhã, eu, o Kaique, Thiago e Gabriel.
Embarcamos então com as despedidas lacrimejosas de nossas famílias e partimos rumo a Brasília.
Chegamos ainda cedo, 8:30 na hora local, sendo que o vôo de Brasília a São Paulo só sairia ás 17:00. Então, no aeroporto se juntaram ao grupo a Ully, a Maria Gabriela Márcia e os três filhos, Gabriela, Juliana, Luís Felipe.
Resolvi então alguns problemas com a documentação, ai então eu vi como é pequeno esse mundo, precisei validar a Autorização do Kaique para que ele pudesse viajar, e a pessoa que me atendeu, e facilitou muito as coisas, o Sr. Jamil, coincidentemente é irmão do Getúlio, dono do cine blue e do Karavella se não me engano, aí então tudo ficou mais fácil.
Embarcamos então, após quase 10 horas de espera, para São Paulo.
Ao chegar em Congonhas, corremos para fazer o Check-in internacional, aonde encontramos o resto do grupo, Mayla, Halana e Henrique e soubemos a triste notícia de que a Socorro (dona do curso e organizadora de excussão) não poderia se juntar a nós por causa de problemas com seu visto, mas sei que ela vai chegar para nos encontrar em Breve em Vancouver.
Após a triste notícia, amedrontei-me diante da responsabilidade de ter que conduzir sozinho o grupo, mas graças a experiência que tive ao viajar com minha família para Lisboa e pela Europa, conseguí conduzir as coisas e todos nós embarcamos sem que houvesse qualquer problema.
Ao embarca rumo Toronto era visível a ansiedade e expectativa de todos. O vôo, com a graça de Deus, durará 10 horas.
Acabo de conhecer uma brasileira muito simpática que mora a 24 anos em Toronto.
Achei lindo ver a filha mais nova da Márcia, Juliana, conversar em inglês fluentemente com a simpática comissária de Bordo.
Quase tomei um banho de suco de tomate. Quando a aeromoça passava com as bebidas, uma das bandejas desabou de cima do carrinho na direção da minha colega, e vôo do outro lado do corredor, e, num susto, segurei a bandeja no ar antes que a bandeja a atingisse, de quebra a lata de suco de tomate virou em cima do meu braço, mas foi fácil de limpar. Recebi os agradecimentos da aeromoça um tanto quanto sem graça um elogio do colega de traz que assustado disse, “nossa, você tem reflexos de gato”.
Em algumas horas desembarcamos em Toronto e logo embarcamos novamente rumo a distante e fria Vancouver.
Agora vos escrevo do avião sob o intenso e triste APELO de VINÍCIUS DE MORAES.
E como diria o mestre Chico “sem mais nem porque”, me despeço.
Até amanhã quem sabe.
Otávio Fraz
Atravessando a América Central, 01:43 do dia 15 de Dezembro de 2009.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Palmas - 10 de Dezembro de 2009 - Preparativos para a Viagem
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Palmas - 01 de Dezembro de 2009 - Início dos preparativos - (Bagagem)
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Palmas - 24 de novembro de 2009 - Estar Poeta
Mas não sou tão assim, na verdade, só tenho estado as vezes
Estado poeta quando me descem aos pés tais nuvens
E até quando estou, nem sei se acabo mesmo por ser
Pois nada que vive não sendo é de verdade
Me finjo virar poeta quando vejo que o vento mudou
Quando chega a tristeza ou quando a felicidade se acabou
Mas nunca serei poeta sem as botas estarem sujas
Quero dizer que só sou o poeta nas estradas
Que só sinto a poesia manifestada
Quando choro de saudade e anseio em chegar
Quero dizer que só sou poeta nos mares
Serei poeta somente só, se de todos os lugares
Um dia de saudade eu chorar
Só tenho estado parado e isso não me inspira
Tenho andado numa maré de vazio...
Otávio Fraz
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Palmas - 9 de Outubro de 2009 - Soneto ao Seu Silêncio
(http://www.youtube.com/watch?v=oJhLoZ0NQeU)
... e foi nesse silêncio em que me estabeleci
Na frieaza das tuas palavras comecei a entender
Que o que falta a tua alma é o tudo que quero ser
E no egoísmo dos teus atos foi que aprendi
Que és tão frágil e sensível, mas não aos outros
Não te prendes a nada por medo e até covardia
Mas eu vou tentar e juro que eu queria
Te abrir pra mim, e ser destes, um dos poucos
E se eu me for por cansaço, juro que volto
E mesmo em seus desacatos, eu te imploro
Pelo menos metade da metade do seu viver
E quem sabe quando estiveres muito cansado
Você acorde e olhe pras triteza do passado
Me aceite em sí, pois sempre estive pra você
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Palmas - 2 de outubro de 2009 - Soneto à Saudade Boemia
São em noite quentes de pura solidão
Que de uma garrafa gelada me encho de canção
E ao sentar sozinho em qualquer calçada
Lembro-me de noites felizes há muito passadas
Dos corpos quentes alvoroçados em desejo
Das ilusões conscientes, que seriam só ilusões
Expectativas falsas embaladas por beijos
Todos a procura da cura pra solidão
O tempo passa... ruge meu peito na saudade
Das noites tão curtas, nas boates nos bares
Ainda pulsa a parte de mim que ficou pra traz
E no vazio de uma vida cheia de planos
Escondo desejos por debaixo dos panos
E muito minto se disser que não quero mais
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Palmas - 24 de setembro de 2009 - Soneta à Admirável
Do Baiano Caetano - Linda (http://www.youtube.com/watch?v=3tcY9rE_Cjs)
Soneto à admirável
Nas rosadas maçãs desse teu rosto
Nessa pele macia quase de pêssego
De olhos fechados lembro teu cheiro
Imagino o deleito desse teu gosto
Do Castanho indiscreto dos teus olhos
Ao segredo escondido no teu olhar
Me perco entre o certo e a vontade de errar
Simples motivo do soar dos meus poros
Pare de olhar-me assim desse jeito
Deixando apertado isso aqui no peito
Eu até tenho medo do seu bem querer
Não chegue nem perto de mim, por favor
Não faça o querer transmutar-se em amor
Se não meu viver será só pra você
sábado, 12 de setembro de 2009
Palmas - 12 de setembro de 2009 - Contador de Idade
Contador de Idade
Não conto a vida em anos, mas em conquistas.
Se nada conquistei, continuo como à uma conquista atraz.
Não conto quantos anos ainda me restam, mas as conquistas que ainda me faltam.
Ou não.
Talvez o conveniente seja, contar a vida em derrotas.
Contar de traz pra frente, em contagem regressiva, quantas derrotas vou eliminando, vou dirimindo, quais as situações em que fui derrotado, e à medida que eu puder aproveitar essa derrota de maneira produtiva, é uma derrota à menos no meu currículo.
Anos são só anos, anos são só números e números são só frios.
Mas calcular a vida que nem eu, causa uma grande cofunsão.
Contar a idade assim seria um encargo de responsabilidade e grande sabedoria.
Teria eu que ser humilde o bastante para classificar os fatos que realmente foram conquistas, conquistas de verdade.
Ou então eu ter que admitir e relembrar dolorosas derrotas, ter sabedoria para admiti-las.
É mesmo bem complicado.
E, talvez, se minhas conquistas ainda não foram tantas, se minhas derrotas ainda continuam muitas, talvez eu ainda não tenha a sabedoria necessária para contar a vida dessa forma...
Ah! Voltemos aos números então... Tenho 20 anos pronto e acabou.
12/09/09
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Palmas - 1 de setembro de 2009 - Soneto à Amanda
http://www.youtube.com/watch?v=05OAQREyhcw&feature=fvst
Eita! Amanda, e esse sorriso ?
Não posso mentir você meche comigo
É a vida injusta, e você tão distante
Da vontade de dizer, te falar todo instante
Que essas curvinhas nas suas bochechas
Quando sorri, até mole me deixa
É tipo de coisa que deixa saudades
Quem te teve um dia, teve a felicidade
Só por ser assim, dessa beleza discreta
Desperta em mim, o bobo ar de poeta
E humilde te entrego, essa poesia só sua
O que te digo assim nessas palavras sinceras
Desculpe se desafino, pois não sou bom poeta
Mas me atrevo aqui, nessas estrofes só tuas
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Palmas - TO - 21 de agosto de 2009
Do pai da Bossa - Gilberto João - Pra machucar meu coração
http://www.youtube.com/watch?v=3IN05cXaO0w
Otávio Fraz
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Palmas - 1 de julho de 2009 - O Mar, A Ana.
Éh! Morena dos olhos de noite
Essa tal vontade de solidão
Não faz bem, a qualquer coração
Éh! Morena do brilho de sol
Tu que foges do amor, cuidado
Não faça do amor uma cruz ao diabo
Éh! Morena, tu machucas como açoite
Deixe que eu te leve e sem perceber
Vais se entregar ao amor e ao bem querer
Éh! Morena, tuas mechas em lençol
Não... O bem querer não atrapalha
Quando bem mesmo o querer, só acalma
Éh! Morena, fostes antes de nem bem chegar
Quem crio teu nome de certo amava o mar
E também de certo que amava Ana
Lembrando a beleza do mar e o amor de quem se ama
Chamou então alguém, certa vez, Mar i Ana
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Poesia Cantada - Dos Caminhos
Mas espero que enriqueça em vocês a percepção do peoma.
Bem! Abrindo o POESIA CANTADA o poema
Dos Caminhos
http://www.youtube.com/watch?v=X0C2JPMTOtU
Nessa moto hoje eu pego a estrada
Talvez pelo mundo eu me esqueça
De todo amor que um dia senti
Perdido talvez encontre meu lugar
Quando eu chegar na divisa com o nada
Deus talvez de mim se compadeça
E me faça não querer mais mentir
A esse coração querendo voltar
Faz alguma coisa que não me deixe partir
Ou então esqueça, e que a estrada me leve
Por caminhos que você nunca mais me encontre
E talvez não haja tanto amor assim pra alguem te dar
Pois depois que eu me perder por ai
Minha alma talvez se segue
E meu coração não mais encontre
O caminho de volta pro teu amor
Se seguires meus passos talvez encontres
Flores por rios estradas e montes
A cada trilha dificil de passar
Ouças os vento e a brisa a te contar
Os caminhos que passei fugindo da dor
A cada encruzilhada uma gotinha do amor
Que deixei pra traz ao tentar te esquecer
A cada gotinha um flor, vai nascer
Otávio Fraz
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Palmas - 12 de junho de 2009 - Benção de Iemanjá
http://www.youtube.com/watch?v=0vnfAeAv0GA
Vai ! Se banha minha mãe d'água
Lava esse corpo de toda essa mágoa
E depois volte aqui pro peito meu
Vamos voltar ao nosso dossel
Quando fordes, se deixe lavar
Por toda essa água desse nosso mar
Depois te perfuma toda de amor
Pra que eu sinta teu cheiro, seja aonde for
Ah!! Se quisesses minha bela atriz
Tu não me escapavas nem só um por triz
Te purificava com sal do meu mar
Cobria teu corpo só com uma flor
Te dava um banho gostoso de amor
Clamando as bençãos de Iemanjá
Otávio Fraz
domingo, 31 de maio de 2009
Palmas - 1 de junho de 2009 - Descobri
Chico Buarque - Sem você - http://www.youtube.com/watch?v=2N4U9pUmbxY&feature=related
Descobri que meu coração não nasceu pra bater sozinho
Descobri que aos meus 20 anos não estou tão velho pra me apaixonar
Descobri que esse mundo é belo mesmo sendo tão cruel
Descobri que as pessoas, por serem imperfeitas, são maravilhosas
Descobri a beleza que está nos erros
Descobri que tudo que me é belo é fruto que alguma inocência
Descobri a inocência nos olhos das pessoas ditas como ruins e falsas
Descobri que a fraqueza é um pré-requisito para se ser humano
Descobri a perfeição sentimental está na imperfeição do mundo
Descobri que é mesmo belo sentir-se triste
Descobri o que é belo pela tristeza que senti ao cair na saudade
Descobri que sem tristeza alguma não haveria nenhuma felicidade
Descobri que mesma a vida mais curta pode ser completa só pelo fato de se ter amado
Descobri tanto coisa sobre o amor que já me esqueci do que primeiro descobri
Descobri que falar do amor é vão quando nunca se tiver amado
Descobri que há amor sem paixão
Descobri que a paixão é preço do amor
Descobri que nem tudo é paixão, nem todo sentimento em relação a alguém
Descobri que a vaidade e o orgulho são tudo o que fazem o ser humano, ser infeliz
Descobri que não sei nada do amor
Descobri que o mundo ainda existe somente só por causa do amor
Descobri que nunca haverá felicidade plena, pois a única felicidade plena está no que se sente ao estar à procura da felicidade.
Descobri que se as pessoas quisessem sempre, viveriam em paz
Descobri que ja falei, por hoje, besteira demais
Descobri tanta coisa, que nem me lembro mais.
Otávio Fraz
terça-feira, 28 de abril de 2009
Palmas - 29 de Abril de 2009 - O velho piano.
Ler sem ouvi-la, não será a mesma coisa.
A doce Corinne Bailey Rae - Since I've Been Loving You
( http://www.youtube.com/watch?v=9MAAFqYXx4g )
Ele senta, ajusta a altura do banco no palco daquela velha taberna que, há muito, fora sede boemia daquela parte da cidade. Verifica afinação daquelas teclas, estão como da ultima vez que estivera ali. Então, como se voltasse a respirar, toca ,desajeitadamente , aquelas teclas, como uma tímida criança que aceita um doce de um desconhecido.
Aos poucos se solta, solta os ombros, descruza as pernas e respira à velocidade com que toca... E toca... E toca... E fecha os olhos, tocando baixo, ele ouve a voz dela, que está agora sentada na calda do piano segurando um cigarro em uma das mãos, e na outra aquele microfone pentagonal disposto por cima do pulso aberto da mão esquerda, vestida de vermelho e fortemente maquiada, cantava fazendo amor com a platéia. Ao seu lado um violoncelo tocado com os dedos de seu velho amigo de palco escondido embaixo daquele chapéu coco preto e desgastado.
A sétima dose de uísque é contemplada pelo seu copo. Já não tem controle sobre os dedos dançantes entre a terceira e a quarta oitava do teclado, eles mexem-se por si só, não há cifra nem partitura, sua música brota dos poros ardentes daquela prostituta que canta à sua frente, contemplada pelos olhos cansados dos bêbados sentados em suas mesas redondas. Fumando, bebendo, jogando, brigando e dormindo sonham, sonham com aquela dançarina que poderiam comprar se não gastasse tudo o que não tinham em doses caras de uísque e charutos ditos cubanos.
Os bêbados, políticos, trabalhadores, malandros e os ébrios habituais sentados nos bancos do balcão e em suas mesas, acompanham com os queixos o som do piano, fazem desenhos no ar com a fumaça dos seus charutos, mas seus olhos são só da dançarina. Todos sabem estar errados, do pianista ao político na mesa mal iluminada no fundo do bar com uma prostituta sentada no seu colo. Todos sabem o que qualquer um diria se tivessem a coragem de se declarar freqüentadores daquele local, mas ninguém se importa, ninguém se importava.
Da meia calça preta ao falso colar de pérolas, aos poucos elas vai sumindo na fumaça dos cigarros que brilha sob a fraca luz das lamparinas da parede da taberna. Das cartolas altas e pretas aos charutos quase apagando, os homens nas mesas se dissolvem na escuridão. O violocelo, o bar man, as garçonetes e o bêbado debruçado sobre umas das mesas, vão sumindo, os dedos cansam e vão parando, uma lágrima escorre pesada do rosto e toca a ultima nota da última música, e ele abre os olhos. Abre os olhos naquele antigo bar de cadeiras amontoadas num canto, de balcão e prateleiras vazias, de poeira e teia de aranha. Levanta do banco, veste o paletó e vai-se embora como quem acorda pra um pesadelo ruim.
Otávio Fraz
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Palmas - 24 de abril de 2009 - Vazio
"Um coração que bate vazio dói mais do que um coração que bate apaixonado"
Já diria qualquer um.
sábado, 11 de abril de 2009
Sábado de aleiluia - abril de 2009 - Inominada
Você se esquece que mexe, com o que não sabe lidar
Eu, cansado, sentado em um canto qualquer
Tento lhe desculpar por motivos de mulher
É mesmo uma pena que essa faca não corte minhas mãos
Por mais fortes os murros, eles serão em vão
Não há mais sangue pra escorrer, me ensinar
Que não adianta insistir em tentar
Talvez eu não tenha sido feito mesmo pra viver
Bobos amores, que a todos irá acontecer
Então eu tento me fazer um grande favor
Contentando-me com o que já tenho de amor
Só me resta a última opção
“Maluquice sua”, muitos dirão
Voltar ao início dessa história
E apagar cada uma das nossas memórias
Não... não quero fazer isso
Me deixa amar como um ser humano qualquer
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Palmas - 3 de abril de 2009 - Cuidado!!
System of a Down - Aerials (http://www.youtube.com/watch?v=UJ6FbEmDDcU)
Cuidado!
Pode não ser saudável essa vida estável.
Mas talvez, quem sabe, melhor seja assim.
Talvez nenhuma regra seja mesmo aplicável.
A nenhuma parte, quem sabe, de mim.
Se você gosta do morno do meio caminho.
Repudia o torto, a qualquer defeitinho.
Não olhes pra mim, nem com querer
O resultado, se trágico, nem eu sei dizer
Não sou o morno, nem o normal
O decente ao todo e nem o moral
Sou o orgasmo, ou a pura tristeza
O horrendo profundo, ou a simples beleza
O tédio de mim, não passa nem perto
Pois eu sou o tímido ou o mais indiscreto
O duro do gelo em um calor de arder
Sou o tipo de vida que não quero pra você
Da brisa do céu, ao cheiro da terra
Talvez uma alma tão pura e tenra
Habite meu peito tão exasperado
E eu possa enfim viver abrandado
Otávio Fraz
segunda-feira, 30 de março de 2009
Palmas - 30 de março de 2009 - O depois pode ser tarde
Sem experimentar O que a vida te oferece
Há todo um mundo la fora E a gente se esquece
E que bom seria Se pudéssemos parar
E reviver tudo de novo Poder recomeçar
Se não vivermos o agora, depois pode ser tarde
Sem nenhuma pretensão, Vivendo só de amores
Viver dia após dia De uma vida tranqüila
Fazer um pouco hoje Pra construir o amanhã
Ter a certeza do incerto Uma espécie de loucura sã
E se no fim desse dia Eu já não tiver nada pra fazer
Eu vou cantar Esperar o dia amanhecer
O tempo que passa não volta nunca mais
Já que todos estão à procura da felicidade
sábado, 21 de março de 2009
Palmas - 21 de março de 2009 - Queria
"eu gosto da música instrumental, por que dela podemos inventar mil letras ...esquecer mil letras... e reinventar mil letras , pois existem músicas que so devem ser cantadas uma vez"
Queria te desenhar
Mas não chego a tentar
Pois não vou passar nem perto
Desses traços tão corretos
Queria te esculpir
Mas não vou me redimir
Se não fizer o esperado
E sua perfeição ficar de lado
Queria uma foto sua
Mas você é como a lua
Que brilho não se aprisiona
Desse brilho so vós sois donas
Queria fazer sua pintura
Mas essa alvidez sua
Tinta nenhuma vai pintar
Não há como retratar
Queria te cantar
Mas pr'essa bossa ja não ha
Nenhum gênio pra compor
Quisera eu ter esse dom
Já que de maneira alguma
Pude ter uma parte sua
Vou apelar pro mais ousado
E ter você só do meu lado
Otávio Fraz
quinta-feira, 19 de março de 2009
Palmas - 20 de março de 2009 - Mesmo que não tenha fim
Lutar, eu sei que é penoso
Não se tem mais de onde tirar forças
Continuamos com as pernas quase mortas
Se o que respiro é o ar de um sonho
Todas as forças, em mim recomponho
E assim, dou o que tenho de tudo de mim
E ultrapasso o horizonte, mesmo que nao tenha fim
Nao se pode viver e ser morto
E nesse barco, mesmo que nao haja porto
Decidi embarcar assim mesmo
Ainda que o destino seja puro esmo
Mas se é algo que vale a pena viver
Nao ha quem diga que nao poderá fazer
Otávio Fraz
terça-feira, 17 de março de 2009
18 de março de 2008 - Palmas - Talvez seja melhor nem olhar pra traz
Sento naquele banco de praça onde eu costumava fantasiar o meu futuro
Revejo aquelas árvores que um dia escrevi meu nome dentro de um coração
Revejo as fotos e cartas que tiveram o poder de parar o tempo
Ouço aquelas músicas que me fizeram chorar ou que simplesmente passaram
E se eu fechar os olhos, posso sentir um a um o cheiro dos ventos que se foram
Alguns detalhes já não fazem parte de mim, outros ainda se destacam
Já não tenho mais ânsia de saber qual será a minha altura
De como vou parecer quando for mais velho
Se vou ser um paleontólogo ou um jogador de basquete
Em como será maravilhoso dirigir um carro ou ver televisão ate tarde
Se vou casar ou ter filhos, quantos filhos
Algumas coisas passaram… inclusive a inocência…
Inclusive a inocência em relação a mim e a esse mundo
Agora sou culpado, condenado a corresponder ao que esse mundo espera de mim
Otávio Fraz
segunda-feira, 9 de março de 2009
Palmas - 9 de março - Meu Monstro Alado
Cada dia que passa
Envelheço mais
Em queda livre sem asas
Não volto atrás
O destino adiante
A certeza não traz
Nesse barco errante
Não embarcar? Jamais
Me isolo e ignoro
A qualquer distração
Pra frente e avante
Seguindo o coração
A favor da corrente
Não me chama a paixão
Eu cego e displicente
Só quero canção
Acordo nas noites
Cansado, abalado
O correto e entediante
Não quero do meu lado
Essa vontade estigante
Esse sonho malcriado
Vendado, eu monto
Esse monstro alado
Meus sonhos perversos
Profundamente indiscretos
Não me deixam opções
Seguindo adiante
Com um medo constante
So me restam orações
Mas um dia quem sabe
Esse urro se cale
Se eu tocar corações
Otávio Fraz
domingo, 8 de março de 2009
Palmas 9 de março - Tarde da Noite
Pudera deixassem meus caminhos claros
Volto bem tarde pra casa
Essa brincadeira ja nao tem mais graça
Dessa desordem eu ja nao passo
E o cio acaba vencendo o cansaso
O amor e agonia se degladiam na minha frente
Amarrado, cansado, inutil e demente
Ainda luto pateticamente contra essa angustia
que me vence repetidamene, sem muita astucia
e no fim de tudo
acabo me recolhendo ao frio do meu coraçao
quinta-feira, 5 de março de 2009
05 de março de 2009 - Palmas - TO - Todos os amores
Podem dizer que é impossível, mas irei dizer: Muitos amores, muitos mesmo.
Mas Como? Vou te contar
Amor... já parou pra se perguntar o que é o amor?
Não!! Não tente responder... você não vai conseguir, ninguém até hoje conseguiu.
O primeiro amor: Será aquele amor maior de todos, maior do que tudo. Amor pela vida, amor por viver, amor pelos sonhos, amor por ser quem é. Esse amor que engloba todo o mundo... o amor divino, o amor de Deus.
O Segundo amor: De todos os amores objetivos, com certeza o mais forte. O amor da carne, o amor do sangue, é amar uma parte de você que não é você propriamente. Amar o pai, amar a mãe, o irmão. É aquele amor que faz as palavras “Sangue” e “Carne” transcenderem o sentido material. Esse amor quando acende nada apaga. Esse amar torna dois seres diferentes na mesma carne, torna duas entidades uma só fonte de amor.
O terceiro amor: Posso dizer desse amor uma coisa, só Deus sabe explicar o como e o porque de existir. Como duas pessoas sem nenhuma afinidade sanguínea, familiar ou ate mesmo, sem nenhuma proximidade física podem se amar? O terceiro amor pode ser tão grande ao ponto de evoluir para o segundo.
Imagina só: Duas crianças, ambas no auge de seus 8 anos. Um rapazinho de cabelo em cuia e umas janelinhas nos dentes, uma mocinha de cabelo amarrado em chuquinha e um oculinhos de bichinhos. O que podem essas pequenas criaturas saber do amor? Talvez soubessem mais que nós hoje em dia, pois começaram a se amar sem nem saber o que isso poderia significar. De alguma forma, por alguma razão elas se topam, brincam, conversam, aprendem... e crescem. Crescem juntas, vendo-se todos os dias, até o dia do adeus. Despediram-se ainda crianças. Um pouco maiores, mas do mesmo tamanho em consciência ao amor. Separam-se, por anos não se vêem, mas por alguma razão nunca se esqueceram daquele amigo da qual se despediram. Quase 13 anos se passam após o dia em que o cabelinho de cuia conheceu a oculinhos de bichinho, ela então fala que vai dormir pois no dia seguinte precisa trabalhar e pede pra ele jurar que vai se cuidar, ele distraído demora e responde sem que ele tenha tempo pra ler: VOU ME CUIDAR SIM, POIS EU SEI QUE CUIDAR DE MIM, É TAMBÉM, CUIDAR DE VOCÊ.
O quarto amor: Dos amores esse talvez seja o mais misterioso, pois pode ir embora e pode voltar, pode adormecer por anos pra depois queimar. Esse amor ,como os outros, tudo espera, tudo supera, não se alegra com o mal nem se regorjeia com a crueldade, esse amor perdoa, esse amor cuida .... mas temos que aprender a perde-lo, a deixá-lo ir. Talvez fôssemos seres perfeitos se soubéssemos perder esse amor, mas então seria tudo tão sem graça, pois seria um amor banal. Somos perfeitos assim, bem cheios de defeitos, e pra complementar, pra cuidar dessas defeitos até sarar e criar novos defeitos, só mesmo o quarto amor. O quarto amor é o desequilíbrio da vida, é o amor imperfeito e meio deformado, mas que, talvez sem ele, não tivéssemos a motivação para sermos melhores.
Então, meu primeiro amor, meus segundos, meus muitos terceiros e quase poucos quartos, não vos amo por que quero, mas por que o amor dentro de mim encaixa com o amor que existe em vocês.
Que esse mundo seja cheio de amores imperfeitos.
terça-feira, 3 de março de 2009
02 de Março de 2009 - Diz que não volta
Devasta tudo que eu achava ter construído
Abala tudo o que pensava em mim concreto
E meu coração que há muito dormia
Acorda no meio de um turbilhão de agonia
E é como se fosse a minha primeira vez
Como se eu nada soubesse de nada
Mas me acorda da penumbra do meu desafio
De fechar os olhos e viver nu no meu frio
Eu trancado na escuridão dessa alcova que me pus
Você arromba porta me trazendo essa luz
Aquece cada pedacinho do meu peito
Depois me toma tudo como se fosse seu
Diz que se vai e só explica com um Adeus
E eu que jurava estar acostumado a te ver partir.
Otávio Fraz
"É uma coisa que nasce no coração, uma agonia inquietante que parte do coração e sobe rumo a cabeça. A medida que sobe afunila, até chegar à garganta e quando chega ao ponte de explodir pelas cordas vocais, cala, emudece e me faz engolir devastando o meu estômago em mil borboletas. Desce para as pernas inquietas, sobe aos pulmões ofegantes, amolece meu corpo, emudece minha boca ... abastece a minha alma."
sábado, 14 de fevereiro de 2009
São Paulo, 15 de Fevereiro de 2009
Desde meu último post, muita coisa aconteceu da minha nova visão do quanto somos minúsculo diante da grandeza do Universo, até a minha aflita mudança-não-mudança para Sampa.
Deixe-me explicar.
Nos meus últimos dias em Lisboa, aproveitei o tempo que me faltava para visitar o oceanário e o zoológico. Maravilhosas experiências.
O oceanário é maravilhoso, além de mostrar as belezas, por muitos desconhecidas, do fundo do mar e das diferentes formas de vida ao longo do nosso planeta azul, expõe e choca o visitante mostrando a destrutível degradação causada pela ação antrópica irresponsável e predatória.
Vi um vídeo. Vídeo esse que mostrava o quão o planeta terra é insigficante diante da grandeza do Universo. Há alguns anos luz de distância nosso planeta parece um minúsculo grão de areia suspenso em um feixe de luz. O que nos faz pensar que estamos em uma situação privilegiada em relação ao restante do universo? A existência de vida? Engana-se quem pensa assim, pois o universo em si está vivo, a única diferença é que nós, auto denominados inteligentes, temos consciência de nosso própria existência.
Mas não adianta, Oh! Ignorantes seres humanos vocês terem consciência de sua existência, quando essa dita autoconsciência, apesar de toda abstração, se afunila em uma vertente auto-destrutiva.
Talvez não sejamos as únicas formas de vida conscientes. Talvez em algum lugar no universo exista uma forma de vida que de tão sábia e inteligente, tenha chegado à conclusão que o mais sábio é não ter nada a dizer ou questionar, o mais sensato será talvez ignorar a própria existência, calar a própria existência, pois terá compreendido que o universo e cada infinita minúscula parte dele, é um complexo harmônico de fatores que se encaixam, completam e dão seguimento às suas transformações, e mexer com essa harmonia seja talvez o maior erro que se possa cometer.
Abstrações a parte, o zoológico foi uma viagem e tanto à riqueza existente num minúsculo grão de areia suspenso num feixe de luz. Pobres animais, não tem culpa alguma de fazerem parte do mesmo ecossistema do animal homem que destrói tudo que toca, e depois quer se achar o animal mais esperto só por que é capaz de mover os artelhos superiores no movimento de pinça.
Uma quinta feira chuvosa extremamente divertida para mim, mas fatidicamente entediante para aquelas animais obrigados a agüentar aqueles seres humanos chatos observando-os através de grades ou vidros. Tive quase certeza de ter sentido o que o tigre de bengala pensava ao me ver espremer o nariz contra o vidro: Maldita raça, podiam entrar em extinção e deixar nosso planeta em paz.
As focas? São belas, digamos até fofas. Inteligentes e espertas dançam com os treinadores paços ensaiados e mandam beijinhos para o público. Os golfinhos? Impressionantes em seu balé de nado sincronizado com as treinadoras.
Após tais experiências, é chegada a hora da partida. Tivemos que resumir toda a mudança de 6 pessoas em 14 volumes de bagagem a serem despachadas e 9 mochilas de bagagem de mão, ao amontoar tudo isso em carrinhos bagageiros a famíla Fraz parecia um grupo de ciganos mudando de campa.
Chegamos ao Brasil, cansados, moídos, mas felicíssimos com a recepção calorosa dos amigos. A volta para a nossa casa foi emocionante, não há lugar como o lar.
Hoje fez uma semana que voltei ao Brasil, mas a correria da vida que escolhi já me remeteu a São Paulo numa mudança de última hora. Mas por que mudança-não-mudança? Mudei-me para São Paulo com toda a banda Vertikal por um final de semana, para mim somente por esse final de semana, enquanto volto para Palmas nessa segunda os que aqui ficam vão procurar estabelecer e estabilizar a nossa chegada, ate que haja a condição para a mudança definitiva, além de alguns problemas de saúde que também não possibilitam que se estenda a minha visita à capital paulista.
Participamos hoje do nosso primeiro festival.
Otávio Fraz
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Lisboa - 27 de janeiro de 2009
Otávio me sinto bem com você.
Você me passa segurança, seu sorriso é sempre positivo, é decidido e sabe pra onde vai, não tem vergonha de ser quem é e nem do que as pessoas vão pensar de você.
Eu respondi então.
Caro amigo não se iluda.
A minha segurança é só aparente, sou um turbilhão de insegurança, as pessoas tem mais segurança do que sou do que eu mesmo.
É certo que me ponho sempre a sorrir, mas esse sorriso é pra mascarar a parte feia dos meus medos e das minhas dúvidas, que não são poucas, porém banais.
Decidido? Tanto quanto um cego que acha conhecer o lugar que acaba de chegar.
Sim eu sei bem pra onde eu vou, isso eu sei, pois a minha única certeza é que não andarei de volta pelo caminho que vim, mas o resto, mesmo que eu tente saber pra onde irei, não passará de mera adivinhação.
Tenho sim vergonha, ela só não me impede de fazer as coisas que me apetecem, mas tenho muito medo da desaprovação dos olhos alheios, afinal, a passagem por esse mundo não fica registrada como realmente foi, mas pela forma como as pessoas lembram-se de você e como contam sua história.
sábado, 24 de janeiro de 2009
Lisboa 25 de Janeiro de 2009 - Histórias
Histórias
Vê esses calos aqui em minhas mãos?
Enxerga essas marcas profundas no meu rosto?
Contam as histórias que me trouxeram até aqui
Todas as histórias dos momentos que vivi
Altos e baixos nas estradas mais diversas
Atravessando oceanos, países e florestas
E hoje te contam por que sou assim
Te mostram os sonhos de dentro de mim
Mas pra que servem as histórias
Quando se está sozinho
São feitas para compartilhar
Se não, não passam de memórias
Lembranças guardadas à toa
Deita aqui, eu vou te contar
Como será quando nos encontrarmos?
Deixaremos todas as vaidades de lado?
Pra falar a verdade não quero saber
Se chegamos ate aqui, eu e você
É por que assim teria que ser
E apesar das diferenças, iremos sobreviver
Sabe esse sorriso na minha face?
Esconde a verdade por traz da minha alma
Da bagunça das perturbações que me afligem
Esses medos e receios de todo mundo
Vamos então andar de mãos dadas
Vamos fazer parte dessa mesma jornada
Podemos até encontrar o atalho à felicidade
A até nos esconder desse mundo de maldades
Mas pra que servem as histórias
Quando se está sozinho
Se são feitas para compartilhar
Se não, não passam de memórias
Lembranças guardadas à toa
Deite aqui, eu vou te contar
Como será quando nos encontrarmos?
Deixaremos todas as vaidades de lado?
Pra falar a verdade não quero saber
Se chegamos ate aqui, eu e você
É por que assim teria que ser
E apesar das diferenças, iremos sobreviver
Otávio Fraz