sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Vancouver - 23 de Dezembro - Celie's

Hoje, pro grupo, foi um dia normal de aulas.

Fomos para a Escola, tivemos as aulas rotineiras. Parece que todos estao gostando bastante, estao se misturando bem com o Japoneses, os Koreanos e até com os Mulcumanos.

O Gabriel ta fazendo sucesso com as Koreanas. Eu estava com ele no corredos e passaram duas rindo de acenando pra ele, ele achou um máximo.

Já os árabes estão encantados com as mocas do grupo, brasileiros, por aqui, tem fama de serem um povo bonito.

Recebi por e mail algumas reclamacões dos pais, e uma das familias tambem, que estamos passando muito tempo juntos, então, decidimos que melhor seria cada um ir pra casa, ficar mais tempo com suas familias, e decidimos tambem que não iriamos passar juntos o natal, do dia 24 para o 25, somente no dia 25 almocariamos juntos, e assim aconteceu.

Ontem, eu ja tinha combinado com a minha familia que hoje eu iria chegar um pouco mais tarde, pois iria sair com uns amigos.

Fomos a um PUB chamado Celie`s, eu, Felipe, o Koreano Indon, Lela, o Cadú, Monica e a Koreana Emily.

Ficamos na fila um bom tempo, quase 2 horas até entrar. Quando estávamos pra entrar uma senhora bem arrumada e zangada veio até nos e perguntou se iriamos entrar no PUB, dissemos que sim e ela nos entregou um vale bar de $50,00 para gastar la dentro e nos desejou feliz natal, ai vimos que valeu a pena esperar.

A festa ate que estava boa, ainda eram 8 da noite quando entramos, e ainda estava meio vazia, dancamos, tiramos fotos, rimos um bocado... foi muito bom.

Então, por volta de onze e meia resolvi ir embora.

Atravessei a rua e comi um pouco de pizza, calcei meus patins e fui pra casa.

Tinha que pegar o onibus 16, umas 4 quadras de distancia da festa, e quando cheguei ao ponto e ele ja estava partindo e não parou pra que eu entrasse.


Pensei então 'Pernas pra que te quero' e corri atraz dele, pois dia ser o ultimo onibus que me levaria diretamente pra casa.


Corri por quase 10 quarteirões atraz dele, até o momento em que o motorista se compadeceu por mim e parou, entrei no bus quase morrendo e fui pra casa... mesmo no frio suando muito.


Otávio Fraz

Vancouver - 22 de Dezembro - Grouse Mountain

Aos que estão acompanhando o blog, me desculpo por não estar fazendo as atualizacões diariamene, há dias em que chego muito cansado em casa, mas vou por-los a par de tudo.
22 de Dezembro - Terca-Feira
Hoje acordei decidido que iria comprar um par de patins, mas ta muito difícil de achar aqui .
Fui pra escola sem nenhuma bagagem, mas muito bem agadalhado pois hoje tivemos uma visita à Grouse Montain.
Nos reunimos todos no colégio às 9 horas. A nossa guia foi uma simpática Koreana chamada Tricia (se pronuncia Trichia), que nos levou até o nosso destino.
A viagem até as montanhas foi feita toda por transporte público e como muita facilidade, foi uma ótima experiencia pois, pudemos ver como funciona todos os tipos de transporte por aqui.
Saimos da escola de onibus até a estacão de metro na Cambie Street, de onde fomos até o ponto final da linha que pegamos. Depois, na estacão da linha final, pegamos um barco de transporte de passageiros até o outro lado do rio que passa por Vancouver, que nos deu uma bela vista de toda a cidade e também das montanhas, o céu estava bem limpo e podia-se ver o sol.
Quando saimos de barco pegamos mais um onibus até a estacão do bomdinho, para subir até o topo da montanha.
Estava bem cheia estacão do bondinho e todo mundo com equipamente de esquí ou snowboard.
No bondinho, alguns entraram um pouco apreensivos pois viram que balancava um bocado.
Enquanto subiámos, todos se encantavam com a vista que realmente era maravilhosa, até que subimos tão alto que entramos em uma nuvem, e, a partir dalí todas as arvores a vista estavam cobertas de neve. Todos ficaram realmente muito emocionados pois alguns nunca tinha visto neve antes.
Logo que chegamos, parecia que estávamos naqueles filmes de natal, era neve pra todo lado, nas arvores, no telhados das choupanas, pra todo lado. Primeiramente fomos andar de trenó, puxado por um caminhão próprio para neve, movido por esterias, que nos levou para conhecer todo o complexo.

Após o gostoso passeio (que está gravado e em breve vou postar aqui), fomos para a choupana principal almocar. Que lugarzinho quente e comfotável viu, la fora estava muito frio, pudemos descansar um pouco.
Uma vez bem alimentados, fomos então patinar no gelo, que, até agora parece ser o programa preferido do grupo, eles se acabam na diversão, não tem frio ou gelo duro que os impeca de se divertir.

Quando comecamos a patinar o tempo ainda estava aberto, apesar de uns pequeninos cristais gelo que caíam do céu e refletiam ao sol como purpurina, porém, enquanto patinávamos, comecou a nevar, primeiro bem devaguarzinho, mas depois fechou a neblina e a neve caiu de verdade, o pessoal achou um máximo, eu também.
Daí foi a hora de ir embora e fazer todo o percurso de volta.
Quando chegamos na escola, cada um foi pra sua casa e eu fui procurar os meus patins, e, depois de muito procurar encontrei numa loja, a ultima que eu ia tentar, e ja fui pra casa neles, estava com bastante saudades de andar de patins.
Otávio Fraz




domingo, 20 de dezembro de 2009

Vacouver - Canadá - 19 e 20 de Dezembro de 2009

DESCULPEM ALGUNS ERROS DE PORTUGUES, COMO ACENTUACÃO E A FALTA DO CEDILHA, A CONFIGURACÃO DOS TECLADOS É DIFERENTE AQUI
Música:
Jingle Bell Rock
Dia 19 de Dezembro - Sábado

Olá
Hoje acordei fazia uma belo dia, não havia nuvens no céu, então do meu quarto dava pra ter uma bela vista das cordilheira de montanhas que cerca a cidade de Vancouver. Até que nesse aspecto Vancouver parece um pouco com Palmas. Palmas tem as serras, aqui essas montanhas, em Palmas temos o lago com água até aonde alcanca a vista , aqui temos um rio que se encontra com o mar aqui do lado da cidade, é muita água também.
Acordei cedo pois combinei com o grupo de nos encontrarmos na escola as 9. Uma vez lá, reunidos rumamos para Downtown, rumo a pista de patinacão no gelo da Robinson Square.

Chegamos logo que a pista estava abrindo, quase ao meio dia, pois tinhamos ido antes à Sears e à Future Shop fazer algumas compras. Antes de entrar na pista ouvi muita gente dizendo: Eu ja patinei antes, vai ser fácil pra mim.

Nada! Todo mundo levou uma quedinha, e quase o grupo inteiro demorou um bocado pra aprender, pelo menos, como se movimentar sem ter que segurar em nada. Foi realmente muito divertido, todos gostaram muito, tanto que ja planejaram a volta.

Como sempre o Gabriel nos fez dar boas gargalhadas e a Juliana e a Ully nos surpreenderam com a facilidade com que aprenderam e pegaram o jeito da coisa.
Eu tentei postar o vídeo que nos fizemos aqui no blog mas so conseguie pelo YouTube, então se quiserem ver as quedas e toda a diversão é so clicar no link abaixo.
Enquanto estávamos patinando, ou tentando, comecou a tocar musicas de natal e até o velho noel apareceu por lá, um típico programa de natal, bem melhor do que podíamos esperar, certeza que a socorro ia adorar (we are missing you Socorro)

Depois de patinar, com os pés molhados de suor e doendo por causa do esforco que fizemos, fomos almocae e então andar mais um pouco e encontramos uma loja da Puma com 50% de desconto em tudo. Meu Deus ! Como esses meninos gostam de comprar, tudo é uma grande novidade.

Termino essa postagem pedindo a todos que estiverem lendo que rezem pela melhora do pequeno Nicolas, um anjinha que está no hospital e que, com certeza e com a graca de Deus, logo logo estará voltando a correr graciosamente por aí, do jeitinho que só o Nicolas sabe ser, Deus o proteja.

Amém

Dia 20 de Dezembro, Domingo

Hoje acordei um pouco mais tarde, combinamos de nos encontrar mais tarde na escola, e quando nos encontramos fomos direto almocar.

Fomos ao shopping MetroTown pelo metro daqui, que é muito bom e demonstra a cultura e a confianca que se tem na boa vontade e honestidade da populacão. Quem quiser pode entrar andar de metro pra aonde quiser, ir e voltar sem pagar nada, apesar de se ter que pagar o mesmo preco dos onibus, mas se algum fiscal ou policial te pegar usando o metro sem o seu ticket, na hora voce será multado e até preso.

Fomos de metro guiados pelo Thiago, que tem me surpreendido bastante com a sua simplicidade, simpatia, praticidade, senso de grupo e lideranca. Se fosse necessário deixar o grupo aos cuidados de alguém, escolheria ele sem pestanejar.
No shopping visitamos algumas lojas curiosas. Uma delas so vendia coisas de moda antiga, tudo retro de chapéus a terno com estampa de jornal. Já em outra loja, somente coisas medievais, elos de cavalheiros, armaduras e até capas de feiticeiros, muito legal.

Estamos nos divertindo bastante e estou sentindo cade vez mais a evolucão do grupo, e particularmente do Gabriel, que está sedento em aprender Ingles e ja deixou bem claro que não quer que niguém mais fale com ele em Portugues, sem falar que TODO o tempo me pergunta uma coisa diferente sobre vocabulário, isso me deixa muito feliz.
Todos ja sabem utilizar o transporte público, ja sabem se comunicar e se expressar para onde querem ir, e sabem ir também, sabem perguntar precos e efetuar compras, escolher a comida que querem e até trocar umas palavrinhas com qualquer um que fale ingles.
Depois de mais algumas compras, as últimas esprero, decidimos que esse seria o último dia que sairíamos para isso, de agora em diante só passeios culturais e para conhecer a cidade.
Mais uma vez peco oracões para o forte Nicolas, que Deus o guie e o proteja nesse momento de luta, estamos com voces Nicolas, Fran e Esmar, rezando daqui.
Amém
Otávio Fraz

sábado, 19 de dezembro de 2009

Vancouver - Canadá, 16, 17 e 18 de dezembro.

Believe - Yelowcard

Pois bem

Estou a quatro dias atrasado mas vou por-los apar dos acontecimentos

Quando vos falei da ultima tinhamos acabado de chegar aqui.

  • Dia 16 de Dezembro, 2009
Pois bem, no dia 16 comecaram as aulas, fomos para a Internationa House as 9 da manhã.

No primeiro dia todos foram com suas Host Mom`s, foram de carro para aprender o caminho de casa até a escola que deverá, e ja está sendo, feito de onibus.

Ao chegarmos na escola, fomos entreveistados por alguns professores, para que pudessemos ser distribuidos para os nossos repectivos níveis.

Apos as provinhas de classificacão, tivemos um happy hour pago pela escola com direito a muita pizza (pense numas pizza apimentada)Aqui, a International House funciona assim: Todos devemos chegar as 9 horas, com 15 de minutos de tolerancia, a temos 4 aulas diárias como 15 minutos de intervalo entre elas, e estamos liberados para ir para casa as 3 e 15.

Uma coisa curiosa aqui é a grande quantidade de orientais, é muito mesmo o número de Koreanos, Japoneses e Chineses aqui, tando que, axo que só tem uma das 11 host families que nào é asiática.

Pois bem, o primeiro dia de aula correu tudo bem, mas na hora de ir embora, cada um teve que se virar pra ir pra sua casa, então a Maria, quer trabalha na escola, imprimui do google maps o mapa do caminho de cada um e fomos explicar pra eles o que fazer.

A Márcia ficou bem precupada por que o Luis Felipe, seu filho mais velho, estava muito dificil de chegar, e realmente estava, entao, como eu estava morando na mesma casa que ela, achamos conveniente que eu trocasse com ele de casa, e foi o que fizem

Bem, apos levar a Gabriela e a Marcia em casa, me mudei para a casa da nova familia. Eles sao muito bacanas, é uma familia de Japoneses muito bacanas, eles tem só 1 filho, o Eman, e tem 9 quartos na casa para receber os intercambistas, esse mercado de intercambio é muito movimentado aqui.

Fui dormir cansado, ainda me acostumando com o fuso.
  • Dia 18 de Dezembro de 2009, Quinta-feira.
O dia amanheceu chuvoso, e eu acordei as 7 para me arrumar, tomar café, ir para a escola e chegar lá as 9. Deu tempo

O meu maior alívio foi chegar na escola e ver que todos já tinham chegado, principalmente o Gabriel, que é o mais distraídos deles, ah... deixe-me contar-vos mais um episódio dele: estavamos conversando sobre as nossas Host Houses, e falamos sobre as chaves de casa, quando o Gabriel soltou uma exclamacão - IIIIIIXIIIIIIIII!! Cade a minha chave, não, droga ! Perdi!

Ele tem nos divertido bastante nos ultimos dias com essas confusões dele, que apesar de ter a cabeca no mundo da lua, é um rapaz 10, alegre, humilde, obediente, carinhoso e amigo, muleque gente fina.

Na hora do Lunch ( almoco) nos reunimos na Studant`s lounge para almocar o lancinho que casa familia tinha mandado para cada um de nós. Descobrimos a variedade de coisas que madaram, de sanduíche de atum (tuna como chamam aqui) até arroz com linguica e uma banana.

Tem sido bastante divertido passar esses dias com eles, e já é notável o crescimento deles. Já percebi que sabem falar ingles muito mais do que pensavam, estão tendo que se virar com transporte, cada um ta vindo sozinho para a escola, a não ser os filhos da Marcia que vem todos juntos, estão tendo que acordar por si próprios cuidando das suas próprias coisas, enfim, tendo mais responsabilidades. Todos estão se saindo muito bem.

Eu tenho aula de conversacao e depois de temas globais, essas aulas são mais para o treinar a nosso speaking e nosso vocabulário, os professores são ótimos.

Depois da aula nos reunimos e fomos ver os precos dos eletronicos na Best Buy, com direito a uma passadinha antes no MC Donalds pra um lanchinho. A mulecada de esbaldou nos sanduíches, nas batatinhas e no refri, e até eu que não sou muito fã de MC donalds devo admitir que aqui é muito bom, melhor do que na Europa e do que no Brasil, so que não tem aqui o meu sanduíche preferido, o Big Tasty.

Então, após o lanche fomos às compras. Fiquei impressionado em como os precos aqui são bons, não só eu como todos também. Em verdade vos digo é "facim facim" ficar doido aqui nessas lojas, os precos realmente são muito bons, imcoparáreis com os precos do Brasil, foi um correria, um festival de menino procurando telefone pra ligar pros pais pra saber se podiam comprar a camera tal o ifone tal ...

Axo que umas 3 horas depois, totaltmente fatigados saímos de lá e cada um tomou o rumo da sua casa.
Eu já tinha me programado pra à noite ir a uma festa aqui, procurei alguem pra ir comigo, ate uns colegar de sala mesmo, mas não conseguí, e eu como "não sou fraco"fui sozinho mesmo. A festa foi em downtown organiza por brasileiros para brasileiros... foi mara.

Conheci muita gente bacana, de mexicanos, árabes, até umas brasileiras que vieram no voo com agente. E como não podia deixar de ser, quando tocou aquele forrozinho, dancei a sola do sapato fica fina rsrsrs..


Às duas da manha, quando acabou-se a festa fui embora pra cada de taxi, pois a essa hora ja nao passava mais onibus.

Uma coisa curiosa que percebi aqui. O transporte público é muito bom, e os motoristas muito prestativos e educados, os onibus todos tem controle de temperatura, são elétricos e até lugar para colocar bicicleta tem, coisa de primeiro mundo. A passagem custa $ 2,50 de dólar, porem, quando eu estava indo pra festa, por volta da 10 da noite, entrou no onibus um cara bem estranho cheio de tatuagenes na cara, com uma cara ruim e fedendo a alcool e foi tentar convencer o motorista a deixa-lo andar sem o ticket, o motorista então so pediu pra que ele colocasse a uma moeda qualquer na máquina de pagar e pronto, e o mesmo aconteceu um pouco depois com uma cigana que não tinha dinheiro pra pagar também.

Então apos esse agitado dia fui me deitar para outro dia de correria
  • Dia 18 de Dezembro - sexta feira
Na sexta, no café da manha dei algumas risadas com a minha host mom, eu ainda não decorei o nome dela, é bem dificil. Fui pegar o onibus e quando eu estava sentado na parada uma japonesa me perguntou aonde poderia comprar tickets pro onibus, respondi que na loja Seven Eleven, que era um pouco longe então ela fez um rosto triste e saiu, eu então chamei ela de volta e ofereci um dos meus pra que ele não precisasse ir a pé comprar os deles. Meu Deus! era como se o mundo tivesse parado, ela abriu um sorrião pra mim e me abracou me agradecendo. Fomos entao a viagem inteira conversando e ela me disse que tambem tem na casa dela alguns intercambistas e um deles é do Brasil, me disse também que se chamava Julie e que ela e o marido dela no dia seguinte iriam a um jantar de natal na igreja que frequentavam e pediu para que eu fosse e ate se ofereceu para ir me busca ja que mora bem perto de mim, eu agradeci o conviete mas disse que ja tinha compromisso, e realmente tinha.

Quando cheguei à escola, todos já haviam chegado também para o meu alívio, pois ate que todos cheguem eu fico apreemsivo.

Tivemos as aulas habituais. As aulas com o Professor Michael tem sido muito divertidas, ele é muito engracado, e a ultima aula, da professora, Ann também é muito boa, ela morou em São Paulo um bom tempo e fala portugues

Na minha sala tenho dois colegas brasileiros, um da Arabia Saubita e 5 Koreanos. Os Koreanos são um povo muito bacana, bastante humilde, recatado, mas parecem ser muito felizes, sempre estão sorrindo

Durante os intervalor fiz amizade com os brasileiros que estudam lá com a gente, então eles me chamaram pra ir jogar boliche depois da escola, e, apos conversar com as garotada, aceitei. Ele decidiram ir para um shoppins e a Márcia acompanhou eles, depois de todos esses dias, me deixaram tirar um tempinho pra mim ... rsrs...

Fomos então, Eu,Luis, Cadú, Thais (a aniversariante), Filipe, Lela, Cris e a Koreana Emily, que é um doce de pessoa. Fomos jogar boliche em Downtown que de noite é simplesmente maravilhosa, sem cometários, parece bastante com aquelas fotos que agente ve de Nova Iorque.

Fomos a algumas lojas também e descobri que tem uma farmacia chamasda London Drugs que até televisão de Plasmas de 52 polegadas. rsrs

No boliche vimos que o daqui é diferente do boliche jogado pelo resto do mundo. A bola deve ser umas 3 vezes menor do que as normais e se se usam 5 pinos e mais difícil, é meio estranho mais é legal.

Depois fomos a um PUB aonde estava passando jogo de rockey no nipe daqueles encontros no Karavella pra assitir um jogo do São Paulo, a cerveja aqui é bem mais fraca do que no brasil.

COmbinamos então de marcar um dia pra ir ver um desses jogos.

Depois do PUB fui pra casa, mas antes conhilei no onibius e perdi a minha estacao entao tive que esperar até o bus passar por lá de novo.

Sem mais por hora

Ate amanhã

Otávio Fraz

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Vancouver - 15 de dezembro de 2009 - A Chegada

Pois bem,
Quando escrevi ontem ainda estava à caminho de TORONTO. 10 horas de vôo, to bem cansado.
Hoje passamos pelos nossos maiores desafios da viagem até agora.
Quando desembarcamos em Toronto, tivemos que passar pela imigração e mostrar os documentos que comprovavam que estávamos vindo pra estudas. Ok, até ai tudo bem, mas eram 13 pessoas e apenas uma (eu) fala inglês fluente.
No geral, todos conseguiram passar apesar da correria, pois tínhamos que chegar na imigração com um formulário preenchido, e não fizemos isso. Então na hora de passar pelos guiches os atendentes pediram os tais formulários e ngm tinha preenchido, la fomos nos preencher, e, nessa correria, na hora de passar a ultima criança pela imigração, (Gabriel Azambuja), pediram o passaporte dele, e ele disse que tinha perdido. MEU CORAÇÃO FOI A MIL.
Então o atendente do guichê muito mal humorado fez todos os procedimentos e encaminhamentos para quem perde o passaporte, então, eu pedi pro Gabriel voltar aonde ele preencheu o formulário dele e, chazaamm !!, eis o passaporte perdido.
Corremos então pra imigração, e, conseguimos
passar.
Depois então fomos buscar a bagagem e redespacha-las para Vancouver ( mais 4 horas de vôo).
Após devidamente despachadas as bagagens, nos acomodamos nas confortáveis
poltronas da Air Canadá, após mais 4 horas de espera em Toronto.
As crianças então aproveitaram para tirar uma foto antes que avião enchesse. Foto ao lado ( em baixo, Kaique, Ully e Maria Gabriela, e em cima, Thiago e Gabriel).
Para mim, o melhor episódio do vôo foi quando a Ully e a Juliana, estavam no banheiro escovando os dentes, quando então saíram juntas e deram de cara com um homem que esperava para usar o banheiro tambem, então, muito astuta, Juliana vira pro moço e diz: "calma, não é o que você está pensando", todos, quando ficamos sabendo, caímos na gargalhadas.
Apos muitas brincadeiras e piadas, descobrimos que a Ully é péssima pra contar piadas e que o Thiago é a cara do Biafra, (assista o vídeo dele e morra de rir http://www.youtube.com/watch?v=r0yXBNkw16c)
No avião a caminho de Vancouver, em verdade vos digo, vi paisagens que nunca vou esquecer. Lagos
gigantescos completamente congelados, rios que pareciam estradas de neve, um branco imenso até a linha do horizonte e nuvens tão densas que posso jurar que o avião podia posar em uma delas. rsrs
As paisagens são mesmo belas demais para serem contadas ou até reproduzidas em foto, vá um dia a Vancouver e saberá do que estou falando.
Ao chegar a Vancouver, finalmente podemos nos encaminhar para escola, para então irmos para nossas respectivas casas. Porem, no aeroporto um pequeno incidente não podia deixar de acontecer, quando o Gabriel disse que sua mala nao estava na esteira. Após quase meia hora de procura e espera, descobrimos que ele simplesmente não tinha visto a mala que estava a um bom tempo alí girando na esteira. Mas esse incidente foi muito bom, pois mostrou a união do grupo, pois ninguém fez bico nem reclamou, apesar de estarmos todos cansados.
Agora já estou na minha casa, e já com sono finalizo esta postagem.
Tá frio aqui, e amanha começam minha aulas.
Até la então.
Fui...

Atravessando a América Central, 01:43 do dia 15 de Dezembro de 2009.

Apelo - Vinícius de Morais. http://www.youtube.com/watch?v=_Va-8K0xOF4

Bem...

A partir de hoje vou tentar começar as atualizações diárias.

No momento que vos escrevo estou no avião da Air Canadá, já a alguns milhares de Km do meu Brasil.

Hoje, foi um dia bem cansativo, mas, com a graça de Deus, de muito sucesso.

Acordamos as 4 da manhã, a Mayara e a família inteira nos acompanharam, a mim e ao Kaique, até o aeroporto.

Só para esclarecer o motivo dessa viagem: o Curso de inglês Cultura Ame

ricana, aonde eu estudei e já lecionei e meus irmãos ainda são alunos, anualmente promove viagens de intercâmbio para que seus alunos possam ter uma melhor formação em língua Inglesa através da convivência com novas culturas. A Socorro, dona do curso, me convidou para acompanhá-la e ajudar a guiar as crianças até a chegada em Vancouver, aonde cada uma irá ser encaminhada para uma família.

Pois bem, o dia começou bem cedo, a madrugada ainda estava escura como a noite quando saímos de casa. O grupo possui 15 pessoas, sendo que somente 4 saíram de Palmas hoje de manhã, eu, o Kaique, Thiago e Gabriel.

Embarcamos então com as despedidas lacrimejosas de nossas famílias e partimos rumo a Brasília.

Chegamos ainda cedo, 8:30 na hora local, sendo que o vôo de Brasília a São Paulo só sairia ás 17:00. Então, no aeroporto se juntaram ao grupo a Ully, a Maria Gabriela Márcia e os três filhos, Gabriela, Juliana, Luís Felipe.

Resolvi então alguns problemas com a documentação, ai então eu vi como é pequeno esse mundo, precisei validar a Autorização do Kaique para que ele pudesse viajar, e a pessoa que me atendeu, e facilitou muito as coisas, o Sr. Jamil, coincidentemente é irmão do Getúlio, dono do cine blue e do Karavella se não me engano, aí então tudo ficou mais fácil.

Embarcamos então, após quase 10 horas de espera, para São Paulo.

Ao chegar em Congonhas, corremos para fazer o Check-in internacional, aonde encontramos o resto do grupo, Mayla, Halana e Henrique e soubemos a triste notícia de que a Socorro (dona do curso e organizadora de excussão) não poderia se juntar a nós por causa de problemas com seu visto, mas sei que ela vai chegar para nos encontrar em Breve em Vancouver.

Após a triste notícia, amedrontei-me diante da responsabilidade de ter que conduzir sozinho o grupo, mas graças a experiência que tive ao viajar com minha família para Lisboa e pela Europa, conseguí conduzir as coisas e todos nós embarcamos sem que houvesse qualquer problema.

Ao embarca rumo Toronto era visível a ansiedade e expectativa de todos. O vôo, com a graça de Deus, durará 10 horas.

Acabo de conhecer uma brasileira muito simpática que mora a 24 anos em Toronto.

Achei lindo ver a filha mais nova da Márcia, Juliana, conversar em inglês fluentemente com a simpática comissária de Bordo.

Quase tomei um banho de suco de tomate. Quando a aeromoça passava com as bebidas, uma das bandejas desabou de cima do carrinho na direção da minha colega, e vôo do outro lado do corredor, e, num susto, segurei a bandeja no ar antes que a bandeja a atingisse, de quebra a lata de suco de tomate virou em cima do meu braço, mas foi fácil de limpar. Recebi os agradecimentos da aeromoça um tanto quanto sem graça um elogio do colega de traz que assustado disse, “nossa, você tem reflexos de gato”.

Em algumas horas desembarcamos em Toronto e logo embarcamos novamente rumo a distante e fria Vancouver.

Agora vos escrevo do avião sob o intenso e triste APELO de VINÍCIUS DE MORAES.

E como diria o mestre Chico “sem mais nem porque”, me despeço.

Até amanhã quem sabe.

Otávio Fraz

Atravessando a América Central, 01:43 do dia 15 de Dezembro de 2009.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Palmas - 10 de Dezembro de 2009 - Preparativos para a Viagem


Olá.
Hoje é quinta feira, na segunda eu embarco para Vancouver.
Hoje estou desempacotando os casacos, luvas e cachecóis, meu visto está ok e já recebi as informações da família com quem eu vou passar 1 mês.
Recebi o endereço da casa e fui correndo ao google maps, e descobri que Vancouver é toda mapeada e pode ser vista como se você estivesse andando na rua, até achei a casa que eu vou ficar.
Olha ai a foto dela:
Descobri e me maravilhei em como Vancouver é linda, não é por nada que vai ser a a cede das próximas olimpíadas de inverno, antes de aparecer essa oportunidade maravilhosa de ir pra Vancouver estudar, eu tinha me inscrito no site das olimpíadas de inverno como Voluntário... mas até agora não tive resposta... mas não tem problema.. rsrs

Olha ai outra foto, essa é a rua de onde vou ficar:

Tenho pesquisado o tempo em Vancouver e tem estado abaixo de zero cerca de 2 graus todas as noites, um bocado frio, estou me preparando pra neve. Aqueles que quiserem saber mais sobre essa cidade maravilhosa, entra em www.vancouverparabrasileiros.com.br .
Hoje recebi um email encaminhado, provavelmente, por alguem do site, avisando de uma festa que vai acontecer no dia 17, só para estudantes brasileiros em Vancouver, já garanti meu ingresso, está reservado.
Então é isso ...
Sem mais por agora
Vou terminar de arrumar as malas pois Vancouver me espera.

Abração a todos

Otávio Fraz

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Palmas - 01 de Dezembro de 2009 - Início dos preparativos - (Bagagem)


Bagagem

Desempacoto meu par de asas
Tiro a poeira das minhas botas
Tiro do armário as malas
Começo a planejar minhas rotas

Me preparo pra neve e frio
Mas não preciso me esquentar
Pois meu coração está a mil
Está o mundo a me esperar

Mochila, agasalho e violão
Histórias, poesia e canção
Não levo mais nada na bagagem

Decido, rumo ao inesperado
Seja o que vier, estarei preparado
Para tudo,exceto a saudade


Hoje, 1 Dezembro, começam os preparativos para minha viagem de fim de ano.
A partir de agora, volto com fidelidade ao Diário Fraz, e a partir do dia 14 de Dez, começarei as postagens diárias, com tudo tudo que me acontecer.
Peço que não se assustem com alguns relatos... rsrs
Ah ! E se eu passar mais de dois dias sem escrever, por favor, mandem chamar a Interpol, aconteceu alguma coisa ... ou não ... talvez eu esteja preso em alguma estação de esquí ou talvez viajei pra uma cidadezinha ao sul do Canadá onde não tenha internet... rsrs
Enfim, a partir de hoje, vou postar alguns relatos desse ano, algumas (poucas) viagens, o que aconteceu no geral, e como cheguei até aqui agora...

Destino: Vancouver - Canadá
Data: 14/12/09

Até já

Otávio Fraz



terça-feira, 24 de novembro de 2009

Palmas - 24 de novembro de 2009 - Estar Poeta


Estar poeta

Sou o poeta das nuvens, da paisagem borrada e botas sujas.
Mas não sou tão assim, na verdade, só tenho estado as vezes
Estado poeta quando me descem aos pés tais nuvens

E até quando estou, nem sei se acabo mesmo por ser
Pois nada que vive não sendo é de verdade

Mas pelo menos me finjo poeta quando borram as paisagens

Me finjo virar poeta quando vejo que o vento mudou
Quando chega a tristeza ou quando a felicidade se acabou
Mas nunca serei poeta sem as botas estarem sujas

Quero dizer que só sou o poeta nas estradas
Que só sinto a poesia manifestada
Quando choro de saudade e anseio em chegar

Quero dizer que só sou poeta nos mares
Serei poeta somente só, se de todos os lugares
Um dia de saudade eu chorar

Quero dizer que só sou poeta nos ares
Novos que eu respirar a cada dia
A cada novo ar me renovo em poesia

Mas não tenho sido poeta nesses últimos dias
Só tenho estado parado e isso não me inspira
Tenho andado numa maré de vazio...

Otávio Fraz

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Palmas - 9 de Outubro de 2009 - Soneto ao Seu Silêncio

Valeu pela Paciencia - Lenine
(http://www.youtube.com/watch?v=oJhLoZ0NQeU)

... e foi nesse silêncio em que me estabeleci
Na frieaza das tuas palavras comecei a entender
Que o que falta a tua alma é o tudo que quero ser
E no egoísmo dos teus atos foi que aprendi

Que és tão frágil e sensível, mas não aos outros
Não te prendes a nada por medo e até covardia
Mas eu vou tentar e juro que eu queria
Te abrir pra mim, e ser destes, um dos poucos

E se eu me for por cansaço, juro que volto
E mesmo em seus desacatos, eu te imploro
Pelo menos metade da metade do seu viver

E quem sabe quando estiveres muito cansado
Você acorde e olhe pras triteza do passado
Me aceite em sí, pois sempre estive pra você

Otávio Fraz

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Palmas - 2 de outubro de 2009 - Soneto à Saudade Boemia

So peço Silêncio à voz do Mestres Vinícius - Onde Anda Você



Soneto à Saudade Boemia

São em noite quentes de pura solidão
Que de uma garrafa gelada me encho de canção
E ao sentar sozinho em qualquer calçada
Lembro-me de noites felizes há muito passadas

Dos corpos quentes alvoroçados em desejo
Das ilusões conscientes, que seriam só ilusões
Expectativas falsas embaladas por beijos
Todos a procura da cura pra solidão

O tempo passa... ruge meu peito na saudade
Das noites tão curtas, nas boates nos bares
Ainda pulsa a parte de mim que ficou pra traz

E no vazio de uma vida cheia de planos
Escondo desejos por debaixo dos panos
E muito minto se disser que não quero mais


Otávio Fraz

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Palmas - 24 de setembro de 2009 - Soneta à Admirável

Pra você ...

Do Baiano Caetano - Linda (http://www.youtube.com/watch?v=3tcY9rE_Cjs)


Soneto à admirável

Nas rosadas maçãs desse teu rosto
Nessa pele macia quase de pêssego
De olhos fechados lembro teu cheiro
Imagino o deleito desse teu gosto

Do Castanho indiscreto dos teus olhos
Ao segredo escondido no teu olhar
Me perco entre o certo e a vontade de errar
Simples motivo do soar dos meus poros

Pare de olhar-me assim desse jeito
Deixando apertado isso aqui no peito
Eu até tenho medo do seu bem querer

Não chegue nem perto de mim, por favor
Não faça o querer transmutar-se em amor
Se não meu viver será só pra você


Otávio Fraz

sábado, 12 de setembro de 2009

Palmas - 12 de setembro de 2009 - Contador de Idade

Sem cantigos por hoje, so reflexões

Contador de Idade

Não conto a vida em anos, mas em conquistas.
Se nada conquistei, continuo como à uma conquista atraz.
Não conto quantos anos ainda me restam, mas as conquistas que ainda me faltam.
Ou não.
Talvez o conveniente seja, contar a vida em derrotas.
Contar de traz pra frente, em contagem regressiva, quantas derrotas vou eliminando, vou dirimindo, quais as situações em que fui derrotado, e à medida que eu puder aproveitar essa derrota de maneira produtiva, é uma derrota à menos no meu currículo.
Anos são só anos, anos são só números e números são só frios.
Mas calcular a vida que nem eu, causa uma grande cofunsão.
Contar a idade assim seria um encargo de responsabilidade e grande sabedoria.
Teria eu que ser humilde o bastante para classificar os fatos que realmente foram conquistas, conquistas de verdade.
Ou então eu ter que admitir e relembrar dolorosas derrotas, ter sabedoria para admiti-las.
É mesmo bem complicado.
E, talvez, se minhas conquistas ainda não foram tantas, se minhas derrotas ainda continuam muitas, talvez eu ainda não tenha a sabedoria necessária para contar a vida dessa forma...
Ah! Voltemos aos números então... Tenho 20 anos pronto e acabou.


Otávio Fraz
12/09/09

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Palmas - 1 de setembro de 2009 - Soneto à Amanda

Para esse soneto, a bela melodia de Negra Lé e D'black - 1 minuto
http://www.youtube.com/watch?v=05OAQREyhcw&feature=fvst


Soneto à Amanda

Eita! Amanda, e esse sorriso ?
Não posso mentir você meche comigo
É a vida injusta, e você tão distante
Da vontade de dizer, te falar todo instante

Que essas curvinhas nas suas bochechas
Quando sorri, até mole me deixa
É tipo de coisa que deixa saudades
Quem te teve um dia, teve a felicidade

Só por ser assim, dessa beleza discreta
Desperta em mim, o bobo ar de poeta
E humilde te entrego, essa poesia só sua

O que te digo assim nessas palavras sinceras
Desculpe se desafino, pois não sou bom poeta
Mas me atrevo aqui, nessas estrofes só tuas


Otávio Fraz
PARABENS !!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Palmas - TO - 21 de agosto de 2009

Tenho ouvido bastante ...
Do pai da Bossa - Gilberto João - Pra machucar meu coração
http://www.youtube.com/watch?v=3IN05cXaO0w


Não conheço




os limites do mundo,





por isso meus sonhos


são grandes absurdos.




Otávio Fraz

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Palmas - 1 de julho de 2009 - O Mar, A Ana.

Para essa, não deixem de ouvir, por Bethania, A Morena do Mar do mestre Caymmi.



O Mar, a Ana.

Éh! Morena dos olhos de noite
Essa tal vontade de solidão
Não faz bem, a qualquer coração

Éh! Morena do brilho de sol
Tu que foges do amor, cuidado
Não faça do amor uma cruz ao diabo

Éh! Morena, tu machucas como açoite
Deixe que eu te leve e sem perceber
Vais se entregar ao amor e ao bem querer

Éh! Morena, tuas mechas em lençol
Não... O bem querer não atrapalha
Quando bem mesmo o querer, só acalma

Éh! Morena, fostes antes de nem bem chegar
Quem crio teu nome de certo amava o mar
E também de certo que amava Ana
Lembrando a beleza do mar e o amor de quem se ama
Chamou então alguém, certa vez, Mar i Ana


Otávio Fraz

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Poesia Cantada - Dos Caminhos

A Partir de Hoje com uma certa frequencia, haverá poesias que irei musicalisar, quando o Título da postagem for POESIA CANTADA, clique no link do vídeo do You Tube, veja e ouça a pesia a ser cantada. A gravação é feita em casa e a afinação não é das melhores.
Mas espero que enriqueça em vocês a percepção do peoma.

Bem! Abrindo o POESIA CANTADA o poema

Dos Caminhos

http://www.youtube.com/watch?v=X0C2JPMTOtU

Nessa moto hoje eu pego a estrada
Talvez pelo mundo eu me esqueça
De todo amor que um dia senti
Perdido talvez encontre meu lugar

Quando eu chegar na divisa com o nada
Deus talvez de mim se compadeça
E me faça não querer mais mentir
A esse coração querendo voltar

Faz alguma coisa que não me deixe partir
Ou então esqueça, e que a estrada me leve
Por caminhos que você nunca mais me encontre
E talvez não haja tanto amor assim pra alguem te dar

Pois depois que eu me perder por ai
Minha alma talvez se segue
E meu coração não mais encontre
O caminho de volta pro teu amor

Se seguires meus passos talvez encontres
Flores por rios estradas e montes
A cada trilha dificil de passar
Ouças os vento e a brisa a te contar

Os caminhos que passei fugindo da dor
A cada encruzilhada uma gotinha do amor
Que deixei pra traz ao tentar te esquecer
A cada gotinha um flor, vai nascer

Otávio Fraz

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Palmas - 12 de junho de 2009 - Benção de Iemanjá

Pra essa postagem, não deixe de ouvir o Mestre Caymme - O bem do Mar

http://www.youtube.com/watch?v=0vnfAeAv0GA


Vai ! Se banha minha mãe d'água
Lava esse corpo de toda essa mágoa
E depois volte aqui pro peito meu
Vamos voltar ao nosso dossel

Quando fordes, se deixe lavar
Por toda essa água desse nosso mar
Depois te perfuma toda de amor
Pra que eu sinta teu cheiro, seja aonde for


Ah!! Se quisesses minha bela atriz
Tu não me escapavas nem só um por triz
Te purificava com sal do meu mar


Cobria teu corpo só com uma flor
Te dava um banho gostoso de amor
Clamando as bençãos de Iemanjá



Otávio Fraz

domingo, 31 de maio de 2009

Palmas - 1 de junho de 2009 - Descobri

Não vale a pena ler sem ouvir
Chico Buarque - Sem você - http://www.youtube.com/watch?v=2N4U9pUmbxY&feature=related

Descobri que meu coração não nasceu pra bater sozinho
Descobri que aos meus 20 anos não estou tão velho pra me apaixonar
Descobri que esse mundo é belo mesmo sendo tão cruel
Descobri que as pessoas, por serem imperfeitas, são maravilhosas
Descobri a beleza que está nos erros
Descobri que tudo que me é belo é fruto que alguma inocência
Descobri a inocência nos olhos das pessoas ditas como ruins e falsas
Descobri que a fraqueza é um pré-requisito para se ser humano
Descobri a perfeição sentimental está na imperfeição do mundo
Descobri que é mesmo belo sentir-se triste
Descobri o que é belo pela tristeza que senti ao cair na saudade
Descobri que sem tristeza alguma não haveria nenhuma felicidade
Descobri que mesma a vida mais curta pode ser completa só pelo fato de se ter amado
Descobri tanto coisa sobre o amor que já me esqueci do que primeiro descobri
Descobri que falar do amor é vão quando nunca se tiver amado
Descobri que há amor sem paixão
Descobri que a paixão é preço do amor
Descobri que nem tudo é paixão, nem todo sentimento em relação a alguém
Descobri que a vaidade e o orgulho são tudo o que fazem o ser humano, ser infeliz
Descobri que não sei nada do amor
Descobri que o mundo ainda existe somente só por causa do amor
Descobri que nunca haverá felicidade plena, pois a única felicidade plena está no que se sente ao estar à procura da felicidade.
Descobri que se as pessoas quisessem sempre, viveriam em paz
Descobri que ja falei, por hoje, besteira demais
Descobri tanta coisa, que nem me lembro mais.

Otávio Fraz

terça-feira, 28 de abril de 2009

Palmas - 29 de Abril de 2009 - O velho piano.

Se for ler o texto, faça-se o favor de sentir essa musica.
Ler sem ouvi-la, não será a mesma coisa.
A doce Corinne Bailey Rae - Since I've Been Loving You
( http://www.youtube.com/watch?v=9MAAFqYXx4g )



É dia de semana e o piano é espanado pra espantar a poeira.
Ele senta, ajusta a altura do banco no palco daquela velha taberna que, há muito, fora sede boemia daquela parte da cidade. Verifica afinação daquelas teclas, estão como da ultima vez que estivera ali. Então, como se voltasse a respirar, toca ,desajeitadamente , aquelas teclas, como uma tímida criança que aceita um doce de um desconhecido.
Aos poucos se solta, solta os ombros, descruza as pernas e respira à velocidade com que toca... E toca... E toca... E fecha os olhos, tocando baixo, ele ouve a voz dela, que está agora sentada na calda do piano segurando um cigarro em uma das mãos, e na outra aquele microfone pentagonal disposto por cima do pulso aberto da mão esquerda, vestida de vermelho e fortemente maquiada, cantava fazendo amor com a platéia. Ao seu lado um violoncelo tocado com os dedos de seu velho amigo de palco escondido embaixo daquele chapéu coco preto e desgastado.
A sétima dose de uísque é contemplada pelo seu copo. Já não tem controle sobre os dedos dançantes entre a terceira e a quarta oitava do teclado, eles mexem-se por si só, não há cifra nem partitura, sua música brota dos poros ardentes daquela prostituta que canta à sua frente, contemplada pelos olhos cansados dos bêbados sentados em suas mesas redondas. Fumando, bebendo, jogando, brigando e dormindo sonham, sonham com aquela dançarina que poderiam comprar se não gastasse tudo o que não tinham em doses caras de uísque e charutos ditos cubanos.
Os bêbados, políticos, trabalhadores, malandros e os ébrios habituais sentados nos bancos do balcão e em suas mesas, acompanham com os queixos o som do piano, fazem desenhos no ar com a fumaça dos seus charutos, mas seus olhos são só da dançarina. Todos sabem estar errados, do pianista ao político na mesa mal iluminada no fundo do bar com uma prostituta sentada no seu colo. Todos sabem o que qualquer um diria se tivessem a coragem de se declarar freqüentadores daquele local, mas ninguém se importa, ninguém se importava.
Da meia calça preta ao falso colar de pérolas, aos poucos elas vai sumindo na fumaça dos cigarros que brilha sob a fraca luz das lamparinas da parede da taberna. Das cartolas altas e pretas aos charutos quase apagando, os homens nas mesas se dissolvem na escuridão. O violocelo, o bar man, as garçonetes e o bêbado debruçado sobre umas das mesas, vão sumindo, os dedos cansam e vão parando, uma lágrima escorre pesada do rosto e toca a ultima nota da última música, e ele abre os olhos. Abre os olhos naquele antigo bar de cadeiras amontoadas num canto, de balcão e prateleiras vazias, de poeira e teia de aranha. Levanta do banco, veste o paletó e vai-se embora como quem acorda pra um pesadelo ruim.

Otávio Fraz

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Palmas - 24 de abril de 2009 - Vazio

Um Coração fazio, nada estimula, não preenche nem uma folha de caberno, muito menos a página de um blog.

"Um coração que bate vazio dói mais do que um coração que bate apaixonado"
Já diria qualquer um.

sábado, 11 de abril de 2009

Sábado de aleiluia - abril de 2009 - Inominada

A genial Brandi Carlile - Turpentine - http://www.youtube.com/watch?v=QzXhoMOn90Q


Essa chama que aquece, acaba por me queimar
Você se esquece que mexe, com o que não sabe lidar
Eu, cansado, sentado em um canto qualquer
Tento lhe desculpar por motivos de mulher

É mesmo uma pena que essa faca não corte minhas mãos
Por mais fortes os murros, eles serão em vão
Não há mais sangue pra escorrer, me ensinar
Que não adianta insistir em tentar

Talvez eu não tenha sido feito mesmo pra viver
Bobos amores, que a todos irá acontecer
Então eu tento me fazer um grande favor
Contentando-me com o que já tenho de amor

Só me resta a última opção
“Maluquice sua”, muitos dirão
Voltar ao início dessa história
E apagar cada uma das nossas memórias

Não... não quero fazer isso
Me deixa amar como um ser humano qualquer
Otávio Fraz

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Palmas - 3 de abril de 2009 - Cuidado!!

Um som pesado, conveniente ao texto
System of a Down - Aerials (http://www.youtube.com/watch?v=UJ6FbEmDDcU)

Cuidado!

Pode não ser saudável essa vida estável.
Mas talvez, quem sabe, melhor seja assim.
Talvez nenhuma regra seja mesmo aplicável.
A nenhuma parte, quem sabe, de mim.

Se você gosta do morno do meio caminho.
Repudia o torto, a qualquer defeitinho.
Não olhes pra mim, nem com querer
O resultado, se trágico, nem eu sei dizer

Não sou o morno, nem o normal
O decente ao todo e nem o moral
Sou o orgasmo, ou a pura tristeza
O horrendo profundo, ou a simples beleza

O tédio de mim, não passa nem perto
Pois eu sou o tímido ou o mais indiscreto
O duro do gelo em um calor de arder
Sou o tipo de vida que não quero pra você

Da brisa do céu, ao cheiro da terra
Talvez uma alma tão pura e tenra
Habite meu peito tão exasperado
E eu possa enfim viver abrandado

Otávio Fraz

segunda-feira, 30 de março de 2009

Palmas - 30 de março de 2009 - O depois pode ser tarde

Qual a graça em viver Sabendo o que vai acontecer
Já que todos programaram O que seria quando crescer
Por que trilhar um caminho De uma só direção
Sem poder escolher as trilhas Divergentes do seu coração

Sem experimentar O que a vida te oferece
Há todo um mundo la fora E a gente se esquece
E que bom seria Se pudéssemos parar
E reviver tudo de novo Poder recomeçar

A vida é uma só e não tem como voltar atrás
O tempo que passa não volta nunca mais
Já que todos estão à procura da felicidade
Se não vivermos o agora, depois pode ser tarde
Como é bom poder correr Livre por um campo de flores
Sem nenhuma pretensão, Vivendo só de amores
Ansioso pelo amanhecer E as surpresas de um novo dia
Viver dia após dia De uma vida tranqüila

Fazer um pouco hoje Pra construir o amanhã
Ter a certeza do incerto Uma espécie de loucura sã
E se no fim desse dia Eu já não tiver nada pra fazer
Eu vou cantar Esperar o dia amanhecer

A vida é uma só e não tem como voltar atrás
O tempo que passa não volta nunca mais
Já que todos estão à procura da felicidade
Se não vivermos o agora, depois pode ser tarde
Depois pode ser tarde demais
Otávio Fraz

sábado, 21 de março de 2009

Palmas - 21 de março de 2009 - Queria

Música instrumental, para os amantes de violão, do gênio Andy Mackee (http://www.youtube.com/watch?v=JsD6uEZsIsU)


"eu gosto da música instrumental, por que dela podemos inventar mil letras ...esquecer mil letras... e reinventar mil letras , pois existem músicas que so devem ser cantadas uma vez"

Queria te desenhar
Mas não chego a tentar
Pois não vou passar nem perto
Desses traços tão corretos

Queria te esculpir
Mas não vou me redimir
Se não fizer o esperado
E sua perfeição ficar de lado

Queria uma foto sua
Mas você é como a lua
Que brilho não se aprisiona
Desse brilho so vós sois donas

Queria fazer sua pintura
Mas essa alvidez sua
Tinta nenhuma vai pintar
Não há como retratar

Queria te cantar
Mas pr'essa bossa ja não ha
Nenhum gênio pra compor
Quisera eu ter esse dom

Já que de maneira alguma
Pude ter uma parte sua
Vou apelar pro mais ousado
E ter você só do meu lado

Otávio Fraz

quinta-feira, 19 de março de 2009

Palmas - 20 de março de 2009 - Mesmo que não tenha fim

Para atiçar vossos corações, Peter Gabriel (http://www.youtube.com/watch?v=6nZGv8VTBVE)

O hoje pode ser doloroso
Lutar, eu sei que é penoso
Não se tem mais de onde tirar forças
Continuamos com as pernas quase mortas

Se o que respiro é o ar de um sonho
Todas as forças, em mim recomponho
E assim, dou o que tenho de tudo de mim
E ultrapasso o horizonte, mesmo que nao tenha fim

Nao se pode viver e ser morto
E nesse barco, mesmo que nao haja porto
Decidi embarcar assim mesmo
Ainda que o destino seja puro esmo

Mas se é algo que vale a pena viver
Nao ha quem diga que nao poderá fazer

Otávio Fraz

terça-feira, 17 de março de 2009

18 de março de 2008 - Palmas - Talvez seja melhor nem olhar pra traz




As vezes paro e olho para traz
Sento naquele banco de praça onde eu costumava fantasiar o meu futuro
Revejo aquelas árvores que um dia escrevi meu nome dentro de um coração
Revejo as fotos e cartas que tiveram o poder de parar o tempo
Ouço aquelas músicas que me fizeram chorar ou que simplesmente passaram
E se eu fechar os olhos, posso sentir um a um o cheiro dos ventos que se foram
Alguns detalhes já não fazem parte de mim, outros ainda se destacam
Já não tenho mais ânsia de saber qual será a minha altura
De como vou parecer quando for mais velho
Se vou ser um paleontólogo ou um jogador de basquete
Em como será maravilhoso dirigir um carro ou ver televisão ate tarde
Se vou casar ou ter filhos, quantos filhos
Algumas coisas passaram… inclusive a inocência…
Inclusive a inocência em relação a mim e a esse mundo
Agora sou culpado, condenado a corresponder ao que esse mundo espera de mim

Otávio Fraz

segunda-feira, 9 de março de 2009

Palmas - 9 de março - Meu Monstro Alado

Para ouvir na leitura (http://www.youtube.com/watch?v=KBqwW-odVtI)



Cada dia que passa
Envelheço mais
Em queda livre sem asas
Não volto atrás
O destino adiante
A certeza não traz
Nesse barco errante
Não embarcar? Jamais

Me isolo e ignoro
A qualquer distração
Pra frente e avante
Seguindo o coração
A favor da corrente
Não me chama a paixão
Eu cego e displicente
Só quero canção

Acordo nas noites
Cansado, abalado
O correto e entediante
Não quero do meu lado
Essa vontade estigante
Esse sonho malcriado
Vendado, eu monto
Esse monstro alado

Meus sonhos perversos
Profundamente indiscretos
Não me deixam opções

Seguindo adiante
Com um medo constante
So me restam orações

Mas um dia quem sabe
Esse urro se cale
Se eu tocar corações



Otávio Fraz

domingo, 8 de março de 2009

Palmas 9 de março - Tarde da Noite

Dirijo esse carro de farois baixos
Pudera deixassem meus caminhos claros
Volto bem tarde pra casa
Essa brincadeira ja nao tem mais graça
Dessa desordem eu ja nao passo
E o cio acaba vencendo o cansaso
O amor e agonia se degladiam na minha frente
Amarrado, cansado, inutil e demente
Ainda luto pateticamente contra essa angustia
que me vence repetidamene, sem muita astucia
e no fim de tudo
acabo me recolhendo ao frio do meu coraçao

quinta-feira, 5 de março de 2009

05 de março de 2009 - Palmas - TO - Todos os amores

Para essa leitura, não deixem de ouvir essa música enquanto acompanham o texto.(Faltando um pedaço - Djavan)
Se alguém me perguntar: Você tem muitos amores?
Podem dizer que é impossível, mas irei dizer: Muitos amores, muitos mesmo.
Mas Como? Vou te contar

Amor... já parou pra se perguntar o que é o amor?
Não!! Não tente responder... você não vai conseguir, ninguém até hoje conseguiu.

O primeiro amor: Será aquele amor maior de todos, maior do que tudo. Amor pela vida, amor por viver, amor pelos sonhos, amor por ser quem é. Esse amor que engloba todo o mundo... o amor divino, o amor de Deus.

O Segundo amor: De todos os amores objetivos, com certeza o mais forte. O amor da carne, o amor do sangue, é amar uma parte de você que não é você propriamente. Amar o pai, amar a mãe, o irmão. É aquele amor que faz as palavras “Sangue” e “Carne” transcenderem o sentido material. Esse amor quando acende nada apaga. Esse amar torna dois seres diferentes na mesma carne, torna duas entidades uma só fonte de amor.

O terceiro amor: Posso dizer desse amor uma coisa, só Deus sabe explicar o como e o porque de existir. Como duas pessoas sem nenhuma afinidade sanguínea, familiar ou ate mesmo, sem nenhuma proximidade física podem se amar? O terceiro amor pode ser tão grande ao ponto de evoluir para o segundo.

Imagina só: Duas crianças, ambas no auge de seus 8 anos. Um rapazinho de cabelo em cuia e umas janelinhas nos dentes, uma mocinha de cabelo amarrado em chuquinha e um oculinhos de bichinhos. O que podem essas pequenas criaturas saber do amor? Talvez soubessem mais que nós hoje em dia, pois começaram a se amar sem nem saber o que isso poderia significar. De alguma forma, por alguma razão elas se topam, brincam, conversam, aprendem... e crescem. Crescem juntas, vendo-se todos os dias, até o dia do adeus. Despediram-se ainda crianças. Um pouco maiores, mas do mesmo tamanho em consciência ao amor. Separam-se, por anos não se vêem, mas por alguma razão nunca se esqueceram daquele amigo da qual se despediram. Quase 13 anos se passam após o dia em que o cabelinho de cuia conheceu a oculinhos de bichinho, ela então fala que vai dormir pois no dia seguinte precisa trabalhar e pede pra ele jurar que vai se cuidar, ele distraído demora e responde sem que ele tenha tempo pra ler: VOU ME CUIDAR SIM, POIS EU SEI QUE CUIDAR DE MIM, É TAMBÉM, CUIDAR DE VOCÊ.

O quarto amor: Dos amores esse talvez seja o mais misterioso, pois pode ir embora e pode voltar, pode adormecer por anos pra depois queimar. Esse amor ,como os outros, tudo espera, tudo supera, não se alegra com o mal nem se regorjeia com a crueldade, esse amor perdoa, esse amor cuida .... mas temos que aprender a perde-lo, a deixá-lo ir. Talvez fôssemos seres perfeitos se soubéssemos perder esse amor, mas então seria tudo tão sem graça, pois seria um amor banal. Somos perfeitos assim, bem cheios de defeitos, e pra complementar, pra cuidar dessas defeitos até sarar e criar novos defeitos, só mesmo o quarto amor. O quarto amor é o desequilíbrio da vida, é o amor imperfeito e meio deformado, mas que, talvez sem ele, não tivéssemos a motivação para sermos melhores.

Então, meu primeiro amor, meus segundos, meus muitos terceiros e quase poucos quartos, não vos amo por que quero, mas por que o amor dentro de mim encaixa com o amor que existe em vocês.

Que esse mundo seja cheio de amores imperfeitos.
Otávio Fraz

terça-feira, 3 de março de 2009

02 de Março de 2009 - Diz que não volta

Mais uma vez você volta.
Devasta tudo que eu achava ter construído
Abala tudo o que pensava em mim concreto
E meu coração que há muito dormia
Acorda no meio de um turbilhão de agonia
E é como se fosse a minha primeira vez
Como se eu nada soubesse de nada
Mas me acorda da penumbra do meu desafio
De fechar os olhos e viver nu no meu frio
Eu trancado na escuridão dessa alcova que me pus
Você arromba porta me trazendo essa luz
Aquece cada pedacinho do meu peito
Depois me toma tudo como se fosse seu
Diz que se vai e só explica com um Adeus
E eu que jurava estar acostumado a te ver partir.

Otávio Fraz

"É uma coisa que nasce no coração, uma agonia inquietante que parte do coração e sobe rumo a cabeça. A medida que sobe afunila, até chegar à garganta e quando chega ao ponte de explodir pelas cordas vocais, cala, emudece e me faz engolir devastando o meu estômago em mil borboletas. Desce para as pernas inquietas, sobe aos pulmões ofegantes, amolece meu corpo, emudece minha boca ... abastece a minha alma."

sábado, 14 de fevereiro de 2009

São Paulo, 15 de Fevereiro de 2009

Tenho me cobrado a fidelidade com o blog, admito que tenho sido falho.
Desde meu último post, muita coisa aconteceu da minha nova visão do quanto somos minúsculo diante da grandeza do Universo, até a minha aflita mudança-não-mudança para Sampa.
Deixe-me explicar.
Nos meus últimos dias em Lisboa, aproveitei o tempo que me faltava para visitar o oceanário e o zoológico. Maravilhosas experiências.
O oceanário é maravilhoso, além de mostrar as belezas, por muitos desconhecidas, do fundo do mar e das diferentes formas de vida ao longo do nosso planeta azul, expõe e choca o visitante mostrando a destrutível degradação causada pela ação antrópica irresponsável e predatória.
Vi um vídeo. Vídeo esse que mostrava o quão o planeta terra é insigficante diante da grandeza do Universo. Há alguns anos luz de distância nosso planeta parece um minúsculo grão de areia suspenso em um feixe de luz. O que nos faz pensar que estamos em uma situação privilegiada em relação ao restante do universo? A existência de vida? Engana-se quem pensa assim, pois o universo em si está vivo, a única diferença é que nós, auto denominados inteligentes, temos consciência de nosso própria existência.
Mas não adianta, Oh! Ignorantes seres humanos vocês terem consciência de sua existência, quando essa dita autoconsciência, apesar de toda abstração, se afunila em uma vertente auto-destrutiva.
Talvez não sejamos as únicas formas de vida conscientes. Talvez em algum lugar no universo exista uma forma de vida que de tão sábia e inteligente, tenha chegado à conclusão que o mais sábio é não ter nada a dizer ou questionar, o mais sensato será talvez ignorar a própria existência, calar a própria existência, pois terá compreendido que o universo e cada infinita minúscula parte dele, é um complexo harmônico de fatores que se encaixam, completam e dão seguimento às suas transformações, e mexer com essa harmonia seja talvez o maior erro que se possa cometer.
Abstrações a parte, o zoológico foi uma viagem e tanto à riqueza existente num minúsculo grão de areia suspenso num feixe de luz. Pobres animais, não tem culpa alguma de fazerem parte do mesmo ecossistema do animal homem que destrói tudo que toca, e depois quer se achar o animal mais esperto só por que é capaz de mover os artelhos superiores no movimento de pinça.
Uma quinta feira chuvosa extremamente divertida para mim, mas fatidicamente entediante para aquelas animais obrigados a agüentar aqueles seres humanos chatos observando-os através de grades ou vidros. Tive quase certeza de ter sentido o que o tigre de bengala pensava ao me ver espremer o nariz contra o vidro: Maldita raça, podiam entrar em extinção e deixar nosso planeta em paz.
As focas? São belas, digamos até fofas. Inteligentes e espertas dançam com os treinadores paços ensaiados e mandam beijinhos para o público. Os golfinhos? Impressionantes em seu balé de nado sincronizado com as treinadoras.
Após tais experiências, é chegada a hora da partida. Tivemos que resumir toda a mudança de 6 pessoas em 14 volumes de bagagem a serem despachadas e 9 mochilas de bagagem de mão, ao amontoar tudo isso em carrinhos bagageiros a famíla Fraz parecia um grupo de ciganos mudando de campa.
Chegamos ao Brasil, cansados, moídos, mas felicíssimos com a recepção calorosa dos amigos. A volta para a nossa casa foi emocionante, não há lugar como o lar.
Hoje fez uma semana que voltei ao Brasil, mas a correria da vida que escolhi já me remeteu a São Paulo numa mudança de última hora. Mas por que mudança-não-mudança? Mudei-me para São Paulo com toda a banda Vertikal por um final de semana, para mim somente por esse final de semana, enquanto volto para Palmas nessa segunda os que aqui ficam vão procurar estabelecer e estabilizar a nossa chegada, ate que haja a condição para a mudança definitiva, além de alguns problemas de saúde que também não possibilitam que se estenda a minha visita à capital paulista.
Participamos hoje do nosso primeiro festival.

Otávio Fraz

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Lisboa - 27 de janeiro de 2009



Uma vez me disseram.
Otávio me sinto bem com você.
Você me passa segurança, seu sorriso é sempre positivo, é decidido e sabe pra onde vai, não tem vergonha de ser quem é e nem do que as pessoas vão pensar de você.
Eu respondi então.
Caro amigo não se iluda.
A minha segurança é só aparente, sou um turbilhão de insegurança, as pessoas tem mais segurança do que sou do que eu mesmo.
É certo que me ponho sempre a sorrir, mas esse sorriso é pra mascarar a parte feia dos meus medos e das minhas dúvidas, que não são poucas, porém banais.
Decidido? Tanto quanto um cego que acha conhecer o lugar que acaba de chegar.
Sim eu sei bem pra onde eu vou, isso eu sei, pois a minha única certeza é que não andarei de volta pelo caminho que vim, mas o resto, mesmo que eu tente saber pra onde irei, não passará de mera adivinhação.
Tenho sim vergonha, ela só não me impede de fazer as coisas que me apetecem, mas tenho muito medo da desaprovação dos olhos alheios, afinal, a passagem por esse mundo não fica registrada como realmente foi, mas pela forma como as pessoas lembram-se de você e como contam sua história.


Otávio Fraz

sábado, 24 de janeiro de 2009

Lisboa 25 de Janeiro de 2009 - Histórias

Para essa postagem, essa bela música - http://www.youtube.com/watch?v=kZMid-ukbHs

Histórias

Vê esses calos aqui em minhas mãos?
Enxerga essas marcas profundas no meu rosto?
Contam as histórias que me trouxeram até aqui
Todas as histórias dos momentos que vivi

Altos e baixos nas estradas mais diversas
Atravessando oceanos, países e florestas
E hoje te contam por que sou assim
Te mostram os sonhos de dentro de mim

Mas pra que servem as histórias
Quando se está sozinho
São feitas para compartilhar

Se não, não passam de memórias
Lembranças guardadas à toa
Deita aqui, eu vou te contar

Como será quando nos encontrarmos?
Deixaremos todas as vaidades de lado?
Pra falar a verdade não quero saber
Se chegamos ate aqui, eu e você
É por que assim teria que ser
E apesar das diferenças, iremos sobreviver

Sabe esse sorriso na minha face?
Esconde a verdade por traz da minha alma
Da bagunça das perturbações que me afligem
Esses medos e receios de todo mundo

Vamos então andar de mãos dadas
Vamos fazer parte dessa mesma jornada
Podemos até encontrar o atalho à felicidade
A até nos esconder desse mundo de maldades

Mas pra que servem as histórias
Quando se está sozinho
Se são feitas para compartilhar

Se não, não passam de memórias
Lembranças guardadas à toa
Deite aqui, eu vou te contar

Como será quando nos encontrarmos?
Deixaremos todas as vaidades de lado?
Pra falar a verdade não quero saber
Se chegamos ate aqui, eu e você
É por que assim teria que ser
E apesar das diferenças, iremos sobreviver


Otávio Fraz