quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Presente de fim de ano.




Proponho para esse célebre momento.



O samba do Poeta






Acabo de chegar do Arco do Triunfo aonde passei a passagem de 2008 para 2009 em Paris.


Cheguei com uma imensa vontade de publicar a fantasticas experiencia de hoje, mas a preguiça e o cansasso impediram-me.


Ao cumprir com minha rotineira consulta ao e mail, um deles me chamou atenção, entitulado: "Seu comentário foi respondido e publicado por Toquinho".




Me deixa explicar. 2008 foi o ano em que descobri a Bossa Nova, coincidencia ter sido o ano de seus 50 anos desde que Joao Gilberto tocou pela primeira vez em público a música "Chega de Saudade", que, por coincidencia foi a primeira bossa que aprendi no violão


Pesquisando sobre a biografia de um de meus ídolos, o célebre mestre Antonio Pecci Filho, o Toquinho, me deparei com sua própria descrição da cena da morte do nosso Poetinha, Vinícius, comovido com aquele descrição tão pulsante postei no site de Toquinho (http://www.toquinho.com.br/) o seguinte comentário, no dia 14/11/2008:




Para Toquinho. ha muito eu nao chorava, hoje eu chorei. Nao sabia que meu ídolo violonista, havia presenciado a morte do meu ídolo poeta. Tristemente célebre esse momento.` À medida que lia a morte de Vinícius, eu via a cena, eu vi Vinícius ali naquela banheira, vi pelos olhos de Toquinho, somente vi, pois sei que é impossível saber a dor da perda de um irmão tao grande como deverá ter sido Vinícius. Para mim ele ainda estava vivo, assim como Toquinho nos vídeos genais do Dallo Studio 3, que reilosamente assisto diariamente. Me vem Vinícius, saindo de traz daquela cortina de prateada, enquanto Miúcha prolonga "Se todos fossem iguais a você", troca uns passos de dança com ela ao ritmo da música, atravessa o palco, cumprimenta os músicos, se senta e diz" Miúcha your brother Chico Buarque de Holando, Who has... Why, Why am I speaking english, I don´t know..." Ainda estava vivo para mim, mesmo morrendo nove anos antes de eu nascer, ainda vivia... Imagina-lo agora naquela banheira, me faz te-lo como lembrança, como agora deveras se encontra. Poeta, nosso poeta camarada, nosso poetinha...que saudade danada. Toquinho, perdoe minha intimidade com Vinícius, mas ele fala mais de mim e do que sinto do que mim mesmo e qualquer outro. Ele nos conhece intimamente... e diria que Toquinho também. Mestre Toquinho, obrigado por compartilhar sua despedida de nosso mestre. Agradeço. Há pouco aqui estava, ria bebia e cantava Nosso poeta sonhador, mestre compositor De mil vícios e virtudes, Vinícius que nos acude Quando já não posso mais falar por mim O poeta a muito já escreveu e assim Já se canta o que deve ser cantado Já se deixa a solidão de lado Ah nosso poeta, porque teves que partir. Podia ter ficado por aqui, Apesar de ainda estar, já não podes mais cantar Então Adeus ao Poeta, A deus que te espera. Que cuide do nosso profeta, que encantou todo esse mundo.


Então, no dia 31/12/2008, TOQUINHO me responde:




Caro Otávio: Que morte é essa, de Vincius, que não há? Vinicius continua presente, como se vivo estivesse nessa atmosfera de poesia que nos circunda e ainda nos alimenta a alma.




É um presente o consolo de um dos mais completos músico que o Brasil ja conheceu. Elevar-me a NOS CIRCUNDA essa atmosfera de poesia que AINDA NOS ALIMENTA A ALMA.


Que comécemos bem o ano de 2009, assim como ja começou o meu.



A todos que aqui passarem, considerem meus desejos os desejos que desejarem para sí próprios, voces melhores do que ninguem sabem do que precisam para serem felizez.




Feliz 2009.


Otávio Fraz

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

29 e 30 de Dez – Paris – França

Proponho um trilha sonora para essa postagem
(http://www.youtube.com/watch?v=PL-uL2M3xvM)
Ouçam enquanto lêem

Na manha do dia 29, amanhecemos numa manha chuvosa com o carro coberto de gelo. Como estamos a 550 Km de Paris, resolvemos conhecer um pouco de Belfort, a cidade em que nos hospedamos aos arredores de Basel ao sul da França.
Perguntamos à recepcionista do hotel, ela nos disse que havia no centro da pequena cidade de Belfort um forte medieval datado de 1650 aonde poderíamos achar coisas interessantes, deveras achamos. Esse forte é um forte que rodeia um grande castelo, com direito a fosso e tudo mais, creio eu que tenha sido um castelo da época do feudalismo, pois realmente parece. Simbolizando o poder do senhor feudal que ali se estabelecia há um gigante leão, sentado e imponente, com cerca de 5 metros de altura.
Percebi uma coisa ao passar por uma farmácia e um café, os franceses do interior não falam inglês, fica muito difícil a conversação, porém, são extremamente solícitos e simpáticos, amáveis e educados, nôs sentimos bem naquele lugar.
Embarcamos mais uma vez nas estradas rumo a Paris, mas resolvemos mais uma vez dormir no caminho, dessa vez em mais um Low Coster, agora em Avallon.
Hoje, dia 30 acordamos fazia muito frio, e mais uma vez neve em cima do carro.
Quando fomos colocar as malas no carro uma surpresa, a garrafa de água que tínhamos deixado ali estava congelada, como se estivesse no freezer, deu medo. Rsrsr
Entao, seguimos à paris. Chegamos cedo e fomos descansar no Hotel, dessa vez tivemos sorte, a recepcionista é filha de Português, foi bem fácil a comunicação.

Dormimos um pouco e resolvemos da uma volta de carro por Paris à noite. É simplesmente fantástica a cidade, difícil de acreditar que eu estava ali, mas estava.
Ao chegarmos ao centro, me assustei e me emocionei com a Imagem da torres da Catedral de Notre Dame, que quando criança conhecia tão bem por assistir seguidas vezes o corcunda. Logo à frente, o museu do Louvre, me arrepia por inteiro em lembrar das cenas formadas na minha cabeça quando li Código da Vinci pela primeira vez, a pirâmide de vidro é mesmo estupenda. Logo fomos passear pela abarrotada de turistas Champs-Elusées Avenue, que termina no arco do Triunfo.
E então distraído ao olhar para a direita, uma imponente torre fez meu coração pulsar, como a muito já não pulsava. A torre Eiffel estava ali, toda iluminada de Azul, refletida nos meus olhos e gravada pra sempre na minha mente. Fomos á torre, fiquei minutos ali ao pé da torre, parado admirando aquela imensidão de aço e história, que tanto já inspirou artista e poetas com sua silhueta discreta. Linda Paris.
Durmo hoje com o coração a mil e sedento por Paris de dia.
Ate já

Otávio Fraz

domingo, 28 de dezembro de 2008

Milão e Zurique – 27 e 28 de Dez (À caminho de Paris)

Arrumamos mais uma vez as malas no carro, nos despedimos da bela Roma e partimos rumo a Milão.
Aí então começou o frio de verdade, começamos a subir os Alpes do norte da Itália e sul da Suíça. Chegamos a Milão, a capital comercial da EUROPA, todas as lojas de grifes grandes, famosas e caríssimas estão ali, todas. Os produtos são fabricados em França e vendidos, primeiramente, em Milão aonde as coisas são bem caras. Só fomos a Milão passar uma noite, mas merece muito mais que poucos dias para explorar suas belezas. Logo que entramos na cidade já vimos a suntuosidade dos prédios em Milão. Visitamos alguns clássicos pontos turísticos procurar um hotel.
Por sorte, muita sorte, encontramos o melhor preço que se podia achar para aquele nível de quarto, e melhor, bem no centro da cidade. Logo fomos jantar perto dali, nos despedir das iguarias Italianas. Fomos então ao Metropoli, indicado pela simpática família Italiana dona do Hotel Pavona. Imagine um restaurante Italiano, com um proprietário Chinês com a melhor comida típica da cidade, segundo o que me disseram era assim o Metropoli. Realmente, nunca comi tanto por tão pouco. No restaurante tivemos o prazer de conhecer Cristine, uma jovem senhora com muita história pra contar, bem viajada, ficamos horas a prosear sobre os mais diversos assuntos, foi realmente uma companhia muito agradável.
Fomos ao hotel dormir, e na Manhã do dia 28 (Hoje) seguimos rumo à Zurique na Suíça. Agora sim estamos sentindo frio de verdade, ao frio de – 4°C, neve é o que se pode ver por todos os lados enquanto descemos o vale montanhoso ao Sul da Suíça ruma a Zurique, que também é muito bela.




Zurique se encontra no meio de uma vale montanhoso, margeando um grande lago, a vista que se tem é bonita demais de se ver, quando se esta na cidade e quando estar-se chegando. O contraste das belas montanhas com o lago, da neve com a água e das nuvens com os raios de sol, forma uma paisagem que nem uma pintura ou fotografia pode revelar. Mas tem um preço, Zurique é muito fria, ao ponto de não sentir a ponta dos dedos mesmo estando de luva, ao ponto de não conseguir assobiar bem falar direito após voltar para uma temperatura que se pode falar sem tiritar os queixos. É impressionante como são belos os Cines do lago, são muito grandes e carregam uma nobreza aparente consigo. Ahh !! Um conselho, não ande nunca com um pedaço de pão nas mãos em Zurique, logo será atacado por uma nuvem de pombos e albatrozes que não tem medo de nada nem ninguém. Pousam nos seus ombros como se fosse um corre mão qualquer.
Uma coisa nos chamou muito a atenção, um chafariz completamente congelado, com alguns filetes que água somente ainda líquidos, e a água podia ser fria, mas nao mais fria do que o clima ambiente, entao colocávamos a mao na água e parecia que estava morna. Ficamos maravlihados, parecendo bobos de Palmas que nunca viram neve. Ahhh !! realmente nunca vimos. rsrsrsrsr

Então, jantamos e seguimos viajem rumo à Fronteira com a França.
Não sei se o Brasil é muito grande ou se os países da Europa são muito pequenos, o fato é que hoje tomei café da manhã na Itália, almocei na Suíça e Jantei aqui na França, ir de um pais ao outro é como ir de uma cidade a outra dentro de um estado no Brasil. Ir de Paris a Amrstedã é como ir de Palmas à Araguaína em estradas que não se pode nem comparar.
Aqui na França, em Basel, estamos em um hotel Low Coster (Custo Baixo), porém aconchegante demais, quartinhos pequenos para 1, 2 e 3, porem com tudo que se precisa. Uma coisa que chama atenção em todos os banheiros pelos quais passei, o espaço para tomar banho é minúsculo, o banheiro pode ser enorme, mas o espaço do chuveiro é de, sem brincadeira, 1 metro quadrado ou menos, ao ponto da cortina de plásticos ficar grudando durante o banho. No quarto que estou desse Los Coster, o banheiro é IDENTICO ao banheiro de um avião, todo em plástico ou coisa assim, é tão pequeno que não se pode entrar com roupa de lã e tira-la la dentro, porque se não se tem paz por conta dos pequenos choques causados pela eletricidade estática (da fricção entre a lã e o plástico liso, que causa arrepio nos pelos e pequenos choques) . Muito engraçado foi a forma como eu o Kaique e o Pedro descobrimos isso, da pior maniera.
Amanha partiremos rumo a Paris.

Ate mais

Otávio Fraz

Roma - 26 de Dez

Internet está cada vez mais difícil, então estou atrasado nas postagens, mas mesmo que atrasado tudo ficara registrado.
Acordamos hoje estava chovendo bem pouquinho, mas o bastante para acentuar o frio de quem esta na chuva a essa temperatura. Arrumamos os agasalhos e guarda-chuvas e fomos explorar um pouco mais de Roma.
Primeira parada, Coliseu, o fantástico Coliseu, de uma estrutura gigantesca criado no ano 74 D.C. é um verdadeiro palco da história, já sofreu várias reformas e defasagens, já foi campo de batalhas entre homens e feras e também estábulo dos cavalos do imperador. Hoje, é mantido no coliseu, um museu com vários tipos de artes de todas as épocas aonde também conta-se toda a história do lugar.
Logo ao sairmos do coliseu, fomos conhecer as ruínas do foro romano, o centro cultural, político e econômico de Roma antiga, aonde nasceu o nosso direito atual e muitos conceitos políticos, históricos e religiosos que carregamos até hoje.

Durante nosso passei um homem nos abordou, pediu para que o Pedro olhasse para o Coliseu para que ele fizesse uma demonstração da sua arte, não precisaríamos pagar caso não nos interessasse. O Pedro se posicionou, o homem sacou uma tesoura, um pedaço de papel bem preto e se pôs a cortar, em 2 minutos tínhamos a silhueta perfeita, sem exagerações, PERFEITA do Pedro. Meu pai ficou tão encantado que não hesitou em pedir para que ele fizesse de cada um de nós, e, realmente, as seis peças saíram perfeitas. À medida que o homem trabalhava mais pessoas iam aglomerando, ate formar uma pequena multidão assistindo aquele curioso espetáculo.
Logo fomos almoçar em mais um maravilhoso restaurante Italiano, come-se muito bem na Itália, bem e barato. Foi mais um leva de macarrão, pizza e vinho até ficarmos fartos.
Então seguimos rumo ao Vaticano, conhecer por dentro a Basílica de São Pedro. A Basílica é realmente estupenda, tanto que me fez sentir mal, ver uma igreja que prega a igualdade e votos de pobreza e castidade, ostentando tanta, tanta riqueza. É muita grandeza, coisa que só pode ser constatada pessoalmente. Do altar ao órgão, tudo é magnificamente grande. Após a longa visita, fomos ao que foi para mim o memento mais célebre da nossa ida ao Vaticano: a visita ao túmulo de João Paulo II e ao túmulo do apóstolo São Pedro. O túmulo de João Paulo II é dos mais simples que lá vi, mas é aonde todos querem estar, todos querem visitar e passar horas só imaginando o bem que aquele homem fez para o mundo, não só como profeta religioso, mas sim como mensageiro da Paz.
Indo embora me dei conta de que Roma, apesar de ser um museu ao céu aberto, é uma cidade meio bagunçada, vê-se muito lixo nas ruas, nas calçadas muito coco de cachorro (que pó aqui são em maior número do que crianças).
Então, fomos ao Mc Donalds jantar, e logo depois para o Hotel descansar e nos preparar para subir a Europa rumo a Paris, mas com algumas paradas no caminho.
Até lá.

Otávio Fraz

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Roma -- 25 de Dez

Hoje acordamos cansados. Apressados arrumamos as malas para procurar outro hotel.Andamos um pouco e logo achamos um mais perto do centro da cidade.
Arrumamos as coisas nos quartos e fomos rumo ao centro. Decidimos ir à Piazza Del Popolo, um belo monumento de influências egípcias ao norte de Roma, de onde se pode ir a pé ver as outras atrações da cidade.
Mas antes de ir ver os outros monumentos, vimos que já eram quase duas horas e a fome estava apertando, entao entramos na primeira pizzaria que achamos. Que belo almoço, percebi (mas nao naquele momentos, já havia percebido antes e no almoço tive a confirmação), come-se muito , muito bem e paga-se pouco em Roma. Tivemos um almoço farto, uma pizza, nao se escolhe o tamanho por aqui, é tamanho único, mas é do tamanho de uma grande de 8 pedaços no Brasil, enfim, uma pizza de qualquer sabor varia entre 4 e 7 euros, e como são gostosas, so que na tradição come-se uma pizza sozinho, é uma pra cada pessoa, a massa é bem fina. Os meninos pediram pizza, mamãe e papai a clássica salada e arrisquei um “spagheti a la carbonara”, espagueti com molho de ovos, bacon e queijo, muito, muito, muito bom.
Logo após o farto e barato almoço seguimos rumo ao sul de Roma, a pé. Estacionamos o carro numa rua perto do Popolo e fomos a pé, jurando que seriam longe e cansativo encontrar os monumentos que queríamos pois no mapa parecia realmente longe. Passamos por várias e belas igrejas, estátuas, monumentos e totens, de todas as formas e tamanhos, até chegarmos à ­­­Piazza Del Venezia, aonde os imperadores romanos faziam seus longos e enfadonhos discursos para o povo romano. O Luka, o mais novo, no auge de sua sabedoria histórico-cultural se pôs a explicar que aquele lugar já havia sido palco de discursos de várias figuras importantes para a história mundial, como por exemplo Hitler, no ano II antes de cristo falando com os judeus sobre a importância de não se fazer guerra, pois é muito feio e Deus não gosta, além disso citou também que o Rei Charles, quando era rei da Inglaterra na décima década havia feito um discurso muito importante sobre as bombas nucleares e sua influencia na vida sexual do macaco, irmão culto esse que eu tenho, me dá até orgulho.
Esse monumento fica ao sul, bem ai fim da avenida principal então, como tínhamos que voltar ao carro, fomos seguindo de volta e passando por monumentos fantásticos como o Pantheon, que para mim é o símbolo da grandiosidade da cultura romana, tudo é grandioso, suntuoso, gigantesco, talvez os imperadores e a nobreza se vissem assim, grandes e dignos de homenagens e estátuas em lugares públicos, mesmo assim é muito lindo, é muito bem feito e detalhado, fiquei imaginando como teria sido o processo de construção, do talhar das imagens em mármore até o erguimento das colunas de Mamoré em peça única com quase 8 metros de comprimento e 3 de diâmetro, so vendo para ter noção da grandeza.
Já cansados fomos rumo ao carro, estava começando a chover, e como já era de noite o frio estava ficando agudo quando o vento soprava nossos rostos já úmidos. Falando em chuva, outra coisa me chamou atenção: Os indianos, que por aqui trabalham muito como vendedores ambulantes de todo tipo de bugiganga. De dia eles vedem flores para os turistas que perambulam pelas “piazzas”, a noite cai e não se sabe de onde eles tiram óculos luminescente e “pirocópteros” com luzes que iluminam os céus das piazzas quando os indianos estão demonstrando seu funcionamento, logo começava a chover, e, do nada, de lugar algum aparecem com guarda chuvas de todas as cores e tamanhos com promoções de dois ou de três, de acordo com a necessidade com turista despreparado, tenho certeza de que se houvesse uma chuva de granizo apareceriam com capacetes de armaduras de várias cores e que brilham no escuro, povo batalhador esse, mas que muitas vezes são humilhados pelos europeus. Constatei uma cena que me atentou a isso. Saindo de uma loja se souveniers, na qual subia-se uma escada de 4 degraus, dei de cara com um indiano que sozinho estavam tentando subir, com bastante dificuldades aquela escadinha com um carrinho de bebe com uma criança de seus 4 anos dentro. Já estava na metade da escada quando me viu querendo sair, assustou-se puxou rapidamente o carrinho da escada e pediu-me desculpas, e não entendi, então desci a escada, segurei em umas das extremidades do carrinho e ajudei-o a levar para dentro da loja, o rapaz sorriu e agradeceu, como se eu tivesse feito alguma coisa de muito extraordinário, mas talvez pra ele fosse mesmo, ser tratado com respeito e um pouco de humanidade.
Depois seguimos ao carro embaixo de uma leve chuva que acentuava o frio. Acidentalmente no caminho nos deparamos com um monumento estonteante, era o Túmulo do imperador Octavio Augustus, que fez Roma viver o seu período de maior crescimento cultural, o auge cultural de Roma, com ele que surgiu o conceito de política do pão e circo.
Chegamos ao carro e fomos procurar um monumento que eu já havia visto em todos os filmes que se passaram em Roma, Fontana de Trevi. Linda, uma obra de arte ao ar público, Roma é mesmo peculiar. Estamos andando na rua, prédios e mais prédios de várias épocas e formas e estilos, ruas pra cá e pra lá, sem nenhuma distribuição lógica e quando menos se espera, quando se vira uma esquina um monumento antigo e grandioso, de repente é um susto as vezes, no meio de uma selva urbana um monumento com colunas antigas.
Então, já cansados fomos ao hotel, descansar para outro dia
Hoje acordamos cansados. Apressados arrumamos as malas para procurar outro hotel.Andamos um pouco e logo achamos um mais perto do centro da cidade.
Arrumamos as coisas nos quartos e fomos rumo ao centro. Decidimos ir à Piazza Del Popolo, um belo monumento de influências egípcias ao norte de Roma, de onde se pode ir a pé ver as outras atrações da cidade.
Mas antes de ir ver os outros monumentos, vimos que já eram quase duas horas e a fome estava apertando, entao entramos na primeira pizzaria que achamos. Que belo almoço, percebi (mas nao naquele momentos, já havia percebido antes e no almoço tive a confirmação), come-se muito , muito bem e paga-se pouco em Roma. Tivemos um almoço farto, uma pizza, nao se escolhe o tamanho por aqui, é tamanho único, mas é do tamanho de uma grande de 8 pedaços no Brasil, enfim, uma pizza de qualquer sabor varia entre 4 e 7 euros, e como são gostosas, so que na tradição come-se uma pizza sozinho, é uma pra cada pessoa, a massa é bem fina. Os meninos pediram pizza, mamãe e papai a clássica salada e arrisquei um “spagheti a la carbonara”, espagueti com molho de ovos, bacon e queijo, muito, muito, muito bom.
Logo após o farto e barato almoço seguimos rumo ao sul de Roma, a pé. Estacionamos o carro numa rua perto do Popolo e fomos a pé, jurando que seriam longe e cansativo encontrar os monumentos que queríamos pois no mapa parecia realmente longe. Passamos por várias e belas igrejas, estátuas, monumentos e totens, de todas as formas e tamanhos, até chegarmos à ­­­Piazza Del Venezia, aonde os imperadores romanos faziam seus longos e enfadonhos discursos para o povo romano. O Luka, o mais novo, no auge de sua sabedoria histórico-cultural se pôs a explicar que aquele lugar já havia sido palco de discursos de várias figuras importantes para a história mundial, como por exemplo Hitler, no ano II antes de cristo falando com os judeus sobre a importância de não se fazer guerra, pois é muito feio e Deus não gosta, além disso citou também que o Rei Charles, quando era rei da Inglaterra na décima década havia feito um discurso muito importante sobre as bombas nucleares e sua influencia na vida sexual do macaco, irmão culto esse que eu tenho, me dá até orgulho.
Esse monumento fica ao sul, bem ai fim da avenida principal então, como tínhamos que voltar ao carro, fomos seguindo de volta e passando por monumentos fantásticos como o Pantheon, que para mim é o símbolo da grandiosidade da cultura romana, tudo é grandioso, suntuoso, gigantesco, talvez os imperadores e a nobreza se vissem assim, grandes e dignos de homenagens e estátuas em lugares públicos, mesmo assim é muito lindo, é muito bem feito e detalhado, fiquei imaginando como teria sido o processo de construção, do talhar das imagens em mármore até o erguimento das colunas de Mamore em peça única com quase 8 metros de comprimento e 3 de diâmetro, so vendo para ter noção da grandeza.
Já cansados fomos rumo ao carro, estava começando a chover, e como já era de noite o frio estava ficando agudo quando o vento soprava nossos rostos já úmidos. Falando em chuva, outra coisa me chamou atenção: Os indianos, que por aqui trabalham muito como vendedores ambulantes de todo tipo de bugiganga. De dia eles vedem flores para os turistas que perambulam pelas “piazzas”, a noite cai e não se sabe de onde eles tiram óculos luminescente e “pirocópteros” com luzes que iluminam os céus das piazzas quando os indianos estão demonstrando seu funcionamento, logo começava a chover, e, do nada, de lugar algum aparecem com guarda chuvas de todas as cores e tamanhos com promoções de dois ou de três, de acordo com a necessidade com turista despreparado, tenho certeza de que se houvesse uma chuva de granizo apareceriam com capacetes de armaduras de várias cores e que brilham no escuro, povo batalhador esse, mas que muitas vezes são humilhados pelos europeus. Constatei uma cena que me atentou a isso. Saindo de uma loja se souveniers, na qual subia-se uma escada de 4 degraus, dei de cara com um indiano que sozinho estavam tentando subir, com bastante dificuldades aquela escadinha com um carrinho de bebe com uma criança de seus 4 anos dentro. Já estava na metade da escada quando me viu querendo sair, assustou-se puxou rapidamente o carrinho da escada e pediu-me desculpas, e não entendi, então desci a escada, segurei em umas das extremidades do carrinho e ajudei-o a levar para dentro da loja, o rapaz sorriu e agradeceu, como se eu tivesse feito alguma coisa de muito extraordinário, mas talvez pra ele fosse mesmo, ser tratado com respeito e um pouco de humanidade.
Depois seguimos ao carro embaixo de uma leve chuva que acentuava o frio. Acidentalmente no caminho nos deparamos com um monumento estonteante, era o Túmulo do imperador Octavio Augustus, que fez Roma viver o seu período de maior crescimento cultural, o auge cultural de Roma, com ele que surgiu o conceito de política do pão e circo.
Chegamos ao carro e fomos procurar um monumento que eu já havia visto em todos os filmes que se passaram em Roma, Fontana de Trevi. Linda, uma obra de arte ao ar público, Roma é mesmo peculiar. Estamos andando na rua, prédios e mais prédios de várias épocas e formas e estilos, ruas pra cá e pra lá, sem nenhuma distribuição lógica e quando menos se espera, quando se vira uma esquina um monumento antigo e grandioso, de repente é um susto as vezes, no meio de uma selva urbana um monumento com colunas antigas.

Então, já cansados fomos ao hotel, descansar para outro dia de turismo
Otavio Fraz

Roma - Dia 24 de Dez

Hoje é véspera de Natal, passamos o dia viajando pelo Norte na Itália, rumo a Roma.
Saímos de Savona, da pensão assustadora, apos um riquissimo cafe da manha, a comida é abundante em Italia. Ainda era cedo quando seguimos rumo a Genova ( eu disse Genebra na ultima postagem entao relevem), ruma a torre de pisa.
Pela hora do almoço chegamos à Genova, ocorreu uma confusão com a direção, o nosso GPS dizia uma coisa as placas diziam outras, mas, de alguma forma, acabamos indo parar em Pisa. Ao chegarmos, estacionamos o carro, um cara com cara de mal encarado parou o ficou esperando meu pai manobrar o carro, logo ficamos desconfiados, pois na viagem anterior o mesmo aconteceu com um cigano, quando meus pais se afastaram do carro, na volta o cigano havia arrobado uma das janelas e roubado o Notebook do Pedro o GPS, por isso ficamos atentos, um grupo foi na frente e papai e Kaique ficaram a vigiar. Para sanar o problema, mudamos o carro de posição, estacionando mais longe.
Entao fomos todos ver a famosa torre de Pisa.
A torre de Pisa é realmente muito torta, mas nao é impressionante pela altura, é demasiada baixa para o que eu imaginava. Construída no ano de 1173, a torre foi feita para abrigar os sinos da catedral que já havia sido construído ao seu lado. Por baixo dos alicerces da torre havia uma rede de canais de esgoto ou algo to tipo, quando a torre foi construída, após algum tempo, parte da rede de canais desmoronou fazendo com que a torre pendesse para um lado, e, como na época não tinha nenhuma tecnologia para arrumar esse pequeno acidente, os alicerces da torre foram reforçados da maneira que estava mesmo.



Enquanto estávamos aos arredores da torre, algo curioso aconteceu, enquanto meu pai e um dos meus irmãos discutiam qualquer coisa sem muita relevância, uma pomba pousou na cabeça do meu pai, talvez tivesse achado bem viçosa e talvez ate espaçosa, mas o fato é que pousou e ficou ali, dando tempo ate para minha mãe tirar uma foto e rendendo boas gargalhados aos que estavam ao redor, aos meus irmãos e à minha mãe.
Após o rápido passeio, embarcamos no carro rumo á Roma. No caminho fomos agraciados com a pela paisagem que o mar Mediterrâneo nos ofereceu, proporcionando um pôr-do-sol maravilhoso. Chegamos à capital Italiana já era noite, resolvemos pousar num hotel ali mesmo na entrada da cidade, estávamos cansados.
É véspera de Natal, não sabemos o que fazer, mas afinal estamos em Roma, resolvemos então ir ao Vaticano (o menor país do mundo), que se encontra dentro de Roma, resolvemos e fomos. Ligamos o GPS e seguimos as 10 da noite rumo à praça de São Pedro assistir à missa do Galo, não tínhamos a esperança de assistir na catedral, os ingressos esgotam-se meses antes do dia do natal, mas fomos visitar o Vaticano na noite de natal.
É deslumbrante a estrutura, até mesmo exagerada, se querem saber, na minha opinião a fé nao precisa de tanta ostentação, pregar a igualdade e mostrar riquezas e grandeza quando sempre houve miséria e desigualdades gritantes.Enfim, críticas à parte, o lugar é deslumbrante, um presépio e uma árvore de natal deslumbrantes, uma fila literalmente quilométrica para entrar na catedral de São Pedro. Do lado de fora, na praça de São Pedro haviam vários telões, e várias cadeiras também onde nos aconchegamos para ouvir as palavras do santo padre. A missa do Galo é rezada em inúmeros idiomas, do Português ao Alemão, entao “peeeeeeeense” numa missa demorada. Nao agüentamos ficar até o fim o frio apertou de uma maneira que não imaginávamos, mas vale a pena assistir à missa toda, é uma celebração muito bonita, sem falar nas musicas, no som do órgão gigantesco e nos sinos, tudo contribui para um clima de paz e oração.
Indo embora para o hotel, uma coisa muito curiosa aconteceu, na própria praça da São Pedro de frente ao presépio achamos no chão uma calcinha, sim, uma calcinha daquelas bem fininhas e vermelha, não quero nem imaginar como foi parar lá, mas era o último lugar do mundo aonde eu imaginava encontrar uma calcinha.
Na saída me dei conta de como ali havia gente do mundo inteiro, inclusive brasileiros que por aqui são quase como uma praga, estão por toda parte. Rsrsrsrsr. Indianos, chineses, Ingleses, Norte Americanos, brasileiros e gente de muitos outros lugares.
Fomos então de volta para o hotel, lá abrimos uma champagne e um panetone e ali mesmo celebramos nosso natal, a família toda reunida, nao poderia ser melhor.
Feliz Natal a todos.
Otávio Fraz

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Savona ( a caminho de Roma) - 23 de Dez

Madrugamos hoje, bem cedo lenvatamos para descer o vale de montanhes aonde se situa Andorra para seguir rumo a Itália, Lindo o caminho,neve para todos os cantos, um cenário todo branco, parece um filme de natal, so faltaram as renas.
Apesar da nossa pressa, pois o caminho é bem longo ate Roma, nao resistimos a paisagem e tivemos que parar para algumas fotos, aquele programa típicode turista bobo que nunca viu neve. O que nos chamou muita atençao foi um rio compltamente congelado (foto com o meu velho), sem falar nas cachoeiras, um paredao inteirimente de gelo, coisas que so vemos em filmes e comentarios do Discovery Channel.
O caminho todo, descendo os Montes Pirineus é lindo demais, muita neve, chega a doer nos olhos o reflexo do sol na neve, sem falar nos montes que acumulam nos carros e nas arvores que derretem com o calor do sol durante o dia. É LINDO DE SE VER mas de morar me parece ser bm complcado, a beleza da neve tem um preço alto a se pagar.



Ate minha mae que nao é muito amiga do tempo frio se rendeu aos encantos da neve e se divertiu a bessa na beira da estrada aonde paramos pra dar uma volta num campo coberto de neve, ate descobrirmos que a neve dava na cintura, era impossivel andar, o que frustrou nossa expectativa de uma caminhada gelada.
Fiquei pensando uma coisa, quando as tropas de Napoleao rumaram em direçao a portugal para tirar o rei do trono e se apoderar do Reino( fato esse que causou a fuga da familia real para o Brasil em 1808, abandonando o reino e os súditos à vontade dos soldados franceses da tropa de Napoleao) tiveram que passar pelos montes pirineus na época do inverno, à cavalo e com poucos recursos e mantimentos limitados, como deve ter sido dificil, pois nao havia estradas e caminhos direcionados com ha hoje, havia somente povoados distantes um dosoutros, e as estradas precarias que os ligavam ficava coberta por quase 1 metro deneve. Por isso diz a historia que quando os soldados chegaram aLisboa a tropa ja estava muito fraca, com fome e sem mantimentos, sem falar qnaqueles que nao resistiram à penosa viagem, teria sido facil para a descansada tropa Portuguesa derrotar aqueles podres soldados, tal fato teria mudado os rumos da historia de Portugal e do Brasil

Apos a perigosa descida dos Pirineus, chegamos na divisa com sul da França, nos postos de serviço das estradas fica louco aquele que gos ta de doces pois é muito grande a variaedade e sao lindos. o sabor deixa a desejar, mas para o Europeu é uma iguaria.~
Ja no fim da tarde, chegamos a Itália, de tunel em tunel pelas Montanhas da Reviera Francesa, logo que acabam os tuneis temos uma bela fista do mar Mediterraneo margiando nosso caminho, outra bela vista de fim de tarde.
Chegamos entao a Savona. proxima Gênova.
Ai surge outra curiosa situaçao, o "hotel" aonde fizemos nossa reserva é u predio antigo reformado aonde a mulher aluga os quartos, Fantasmagórico o lugar, a decoração, e os palhaços de pano, em particular um ao canto do hall de entrada dentro de um carrinho de bebe, O meu quarto com os meninos é patrimonio nacional, tomabado pela Italia como patrimonio historico nacional datado de 1700, é mesmo assustador o lugar.~
Agasalhamos as malas e fomos, a pé, jantar uma bela pizza à moda Italiana no restaurante La Fenice "A Fenix", uma pizza muito simples ate feia, com os condimentos jogamos e mau distribuidos, mas de um sabor inigualável. Apos a rica refeição voltamos ao predio, batemos a porta e nada, ninguem responde, ficamos entao presos do lado de fora do predio, com todas as nossas coisas la dentro, de certo a dona do local tinha caido no sono e nos esqueceu do lado de fora, tivemos que ir ao bar da esquina, dar um jeito de falar em Italiano que precisavamos do numero da dona da pençao acima do bar, ate que uma caridosa alma que falava espanhol se pos a nos ajudar e conseguimos falar com a espantosa dona da pençao que abriu a porta para podermos descansar.
Amanha visitaremos a torre de Pisa e depois seguiremos rumo a Roma, nessa vespera de natal desejo a todos boas festas e muita paz nos coraçoes.

Otavio Fraz

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Andorra – Dia 21 de Dez de 2008 - Um belo dia de neve.


Hoje acordamos quase as 10, a hora que acaba o café da manhã no hotel .
Aquela correria rotineira, banho, roupa, roupa, roupa , casaco, luvas e botas, e café da manhã as 10 em ponto.
Logo partimos ruma à pista de esqui de La Maçana. Hoje fez um belo dia, muito sol num céu de brigadeiro, sem nuvens, somente o azul e frio.
O caminho é lindo, logo colocarei as filmagens no Youtube para poder postar aqui.
Durante o caminho, aos poucos vão aparecendo os picos bem ao longe, cobertos de neve.Logo que chegamos ao estacionamento, bem abaixo do bonde que nos leve ao topo da montanha, bem ao lado a pista estava coberta de gelo, para o meninos foi uma festa, escorregaram e brincaram ate papai estacionar o carro.
Pegamos o bondinho para subir. Linda vista, impagável, não ha foto ou vídeo que descreva a paisagem de cima de uma cadeia de montanhas, para a mais alta delas. Uma estrutura espantosa, preparada para receber o ano inteiro turistas de todo o mundo.
Chegando la em cima neve para todo o lado, mas o clima continua o mesmo, frio, mas nao congelante como acharíamos que seria, nao da pra entender como se forma neve, nao é tão frio assim.
Logo fomos alugar os esquis, uma agonia, uma troca de botas, e luvas, e esquis, ate tudo se encaixar. Depois enfrentar a neve, aprender a esquiar. Não é muito fácil nao, na verdade é bem complicado, sorte a minha que já tenho experiência em esquiar na água, me deu uma vantagem em relação aos meninos, mas nao muita.
Aos poucos fui pegando o jeito, ajustando o peso, acostumando com o deslizar sobre a neve. Na pista de esqui para iniciantes, há uma cinta que leva os esquiadores ao topo do morro, fui arriscar. Havia crianças miúdas que desciam a rampa normalmente, como se estivessem andando, pensei “vai ser fácil”. Cheguei ao topo, me aprumei, fiz a pose de esquiador ( qualquer um que visse ia jurar que fazia aquilo a anos), e desci. No topo foi tranqüilo, mas aos poucos fui tomando velocidade, velocidade, nenhuma manobra que eu tentava diminuía minha velocidade, à frente estava cheio de gente, crianças e turistas, havia uma opção, tentar parar ou diminuir o impulso. Num golpe fulminante juntei as pontas de trás dos esquis para tentar parar, mas foi muito brusca a manobra, o esqui direito saiu do meu pé e o outro travou na neve. Eu fui arremessado pra frente, curvei o corpo pra frente caí de ombro dei uma cambalhota, ainda bem que a neve é macia, nao me machuquei, parei sentado com todos me olhando, entao erqui os braços e gritei “UUUUhhhhUUULLLLL”, os que subiam para o topo na cinta responderam no mesmo tom e empolgação, e eu me pus a rir de mim mesmo sentado ali naquele gelo macio, coberto de neve raspada. A única desvantagem da queda foi a neve que acumulou na minha cueca, nada confortável.
Entao comecei a tentar, de novo e de novo, nao caí mais nenhuma vez. Mentira, na verdade ao fim do dia me confundi com os esquis do Pedro e tropecei nos meus próprios joelhos causando outra divertida cena que chegou a ser registrada pela lente atenta da minha mãe.
Já no final da tarde, o tempo esfriou bruscamente e ainda nem tinha se posto o sol, esfriou muito, muito mesmo. Ao ponto dos meus dedos começarem a doer, ate nao mais senti-los, entendi entao como a neve se formava, durante a noite esfria muito, a temperatura desce abaixo de zero. Foi um momento único, singular e fantástico. (Confira as fotos no meu Orkut –O tavio Fraz)
Tratamos entao de ir embora de pro hotel, Andorra é zona franca, com preços muito bons, aproveitaremos para as compras de natal.
Na terça estaremos à caminho de Roma, dormiremos próximo a Genebra. A torre de Pisa que me aguarde.

Otávio Fraz

domingo, 21 de dezembro de 2008

Principado Andorra - Dia 20 de Dez de 2008

Vamos a introdução.
Dia 16 cheguei a Lisboa, matei a saudade da família e da capital Portuguesa, mais uma fase terminou.
Após uma semana de preparativos e compras, na sexta feira 19, partimos de Lisboa rumo à Madrid, linda viagem. Estradas fantasticamente conservadas, recursos que para o brasileiro poderiam parecer impossíveis, postos de serviço com apoio ao viajante, telefones de quilometro em quilometro, estradas duplas, policiamento e pedágios consideráveis. ( Veja as fotos no meu orkut: Otavio Fraz)
Dia 19 pousamos em Madrid, chegamos ao anoitecer na fria Madrid. Nao houve tempo para conhecer nada na cidade, jantamos e logo fomos dormir.
Pela manha, bem pela manha partimos ruma ao Principado de Andorra, um "paisinho" ao norte de espanha e ao sul de frança, local mantonhoso, zona franca de eletrodomésticos muito baratos.
Ha brasileiros por toda parte, nos hoteis, nas lojas, inclusive uma Gurupiense no Pizza Hut aqui de Andorra.
Pela noite, lembrei-me dos meus amigos de Palmas, os rodados (rsrsrsrs), principalmente quando passei por uma loja chamada VAZARI.
Eu nao tinha companhia entao tive que ir as boates sozinho mesmo, e como estavam cheias.
Como saí muito cedo fui a um bar e pedi "una cerberra", paguei 1,20 num vazio e triste bar de esquina, dei um tempo por la.
Primeiramente fui ao FOGUELATA, uma boate com música latina, Salsa e Reggaton, curioso ver que todos sao animados, mas ninguem dança a dois. Levei 4 gentis foras para me dar conta disso, nao se dança a dois, NUNCA, NUNCAAAAAAA. (rsrsrsrsrs)
Dica de passagem, nao se paga para entrar nas boates/Bares daqui, porem de cara paguei 3,50 na mesma “cerberra” do bar anterior. Havia pessoas de inúmeros lugares, belas moças e muitos, muitos fumantes, ao ponto de meus olhos arderem e lacrimejarem de tanta fumaça. Cansei-me e fui para casa.
No caminho olhei ao relógio, ainda era meia noite e meia, “nao vou dormir agora”, pensei. Lembrei então que no primeiro bar que tinha ido, ao lado era uma boate/bar que na hora estava fechada, então, la fui eu ruma ao “La Devossa”, uma bar bem comprido, lotado, que tocava só musica eletrônica, mais uma vez o cheiro de cigarro ardia nos meus olhos, muitas pessoa que estavam na outra boate fizeram o mesmo que eu, entao sentei-me ao pé do balcão e pedi uma Heineken que me custou 4 euros. Tomei minha cerveja e fui andar pelo lugar, ate que uma mocinha me chamou atenção, cabelos pretos e pele branca, um sorriso jovial de aparelhos nos dentes, resolvi entao exercitar meu espanhol, já bem enferrujado.
- Ola, como te Lhamas.
- Ola me nombre es Carolina.
Nao vou reproduzir todo o assunto aqui, mas digo-lhes que era de Barcelona, tinha vindo a Andorra para esquiar com os amigos que estavam terminando o colégio para fazer economia, e que nao tinha namorado. Conversamos um bom tempo, disse-me também que tinha um amigo brasileiro de quem gostava muito e que tinha muita vontade de conhecer o Brasil, todos aqui tem. Entao depois de algum tempo, fui-me embora da boate por volta das 3 da manha.
A pé, a caminho do Hotel, dois rapazes , Diego e Aún, me perguntaram se eu sabia aonde ficava a Boate BUDA, respondi que nao mas que iria com eles. Me disseram que estavam a procura de MUJERES, como las MUJERES DE BRASIL. Eu disse que não seria possível mas que podíamos tentar (RSRSRSR).
Fomos entao à procura de BUDA, andamos um bom bocado até acharmos. No caminho os rapazes me disseram que eram de SAN CRISTOVAN e me ofereceram um cigarro, recusei, um deles me ofereceu uma coisa verde que estava no bolso, disse que era para fumar, recusei, e continuamos nosso caminho conversando e rindo, os dois rapazes eram muito amigos, pareciam se conhecer a anos, muito tempo mesmo.
Entramos na boate.
BUDA é uma boate mesmo fantástica, enorme, uma estrutura gigantesca e 5 euros a “cerberra”. Muita iluminação, muito néon e muitas figuras budistas, muito cigarro e mais uma vez meus olhos ardiam.
Eu estava de camisa preta, quando olhei pra mim mesmo, vi vários pontinhos brancos fosflorescentes, as cinzas dos cigarros também brilhavam ao néon inclusive as na minha camisa. Entao fui andar com meus novos companheiros. Observando de longe, eles dançavam, volte e meia o mais alto mexia com alguam garota, mas o mais baixo, Aún, nao, ia falar somente com os homens, mostrava sempre o negócinho verde, riam um pouco se despediam com um caloroso abraço de espanhol e saíam.
Eu fiquei meio longe observando eles, enquanto observava também as pessoas que freqüentavam aquela boate, todos pareciam ricos, mas ninguém olhava para ninguém com superioridade, quando alguém pisava no pé de alguém, pediam desculpas e se abraçavam. As moças mesmo que nao quisessem o rapaz que lhe puxou a mãe, sorriam agradeciam e seguiam, os rapazes se viravam e seguiam também. É bem diferente ao que estou acostumado em Palmas, com pessoas que são superiores por segurarem um copo de uísque e uma latinha de energético com a mesma mão tufam o peito e saem andando com se tivessem 6 pares de testículos, olhando por cima os meros mortais que nao PARECEM TER tanto dinheiro quanto ele, seria trágico se nao fosse cômico, pessoas de cabeça miúda.
Entao falei aos dois que ia ao banheiro na esperança de que eu me perdesse deles, mas quando voltei estavam me esperando, entao um deles veio e me disse que tinha sido muito bom me conhecer, que eu era muito FINO, e que queriam manter contato comigo, sorri e inventei qualquer endereço de email com meu nome, eles se viraram pra dar uma volta e eu sorrateiramente saí, me misturei na multidão. Saí da boate ruma ao hotel, dessa vez sem distrações no caminho de volta, já eram 4 da manha e eu estava cansado, no outro dia teria que acordar de manhã para esquiar.
Cheguei ao hotel e dormi, ao frio de 5 graus que a noite fazia.

Otávio Fraz

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Preparativos

Dia 18 de dezembro de 2008 - 2:00 da Manhã

Termino de arrumar as malas para a viagem.
Os meninos ja dormem e dona Kátia ( Matriarca Fraz ), esta fazendo os ultimos ajustes nas malas e no aquário dos peixes.
Seguimos ruma a Andorra na Espanha.
Preocupações são normais, mas uma eleva-se em relação as outras: O mal tempo.
GELO, NEVE E FRIO.

Por hora, nada mais ...

Otávio Fraz