domingo, 24 de outubro de 2010

Palmas - 25 de outubro de 2010 - Soneto ao recomeço + Haikai

Não me inspirou,
mas não vejo melhor para o momento
Amor pra recomeçar - Frejat

Soneto ao recomeço

Ando tão superficial ultimamente
Nada me aprofunda no peito
Nem música, amor, quiçá o direito
Busco nada, sem nada em mente

Sigo reto, mandado, um robô
Não tenho sonhado com nada
Pra que? Em uma vida já traçada
Tenho me perguntado: quem sou ?

Aos poucos sonhos foram despedaçados
Eu louco, já nem tenho reclamado
Já que não sei o que fazer, só me resta atuar

Estou com dificuldades até pra escrever
Me sentindo mal, mal não quero parecer
É chegada a hora de parar... E recomeçar


Haikai

Amanhã acordarei cedo
Tomarei o café como dever
E farei tudo direito

Otávio Fraz

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Palmas - 15 de Outubro de 2010 - Triste manhã de 3 de outubro

Triste manhã de 3 de outubro

Acordei nesse domingo, em meio a esse calor de Palmas, um leve cheiro agradável de chuva. Senti-me bem, boa noite de sono com bons sonhos, estava descansado pronto para um calmo e pacato domingo em família.

Como uma má notícia antingindo meu bem estar, veio-me à cabeça, “hoje é dia de votar”. O voto, expressão máxima de democracia de um cidadão que vive sob as regras de um estado democrático de direito, me pesou como um grande fardo nos ombros.

Desanimado entrei no carro e as cenas que vos descrevo agora me deixaram com um ódio singular que há cerca de dois anos não sentia. Logo que me coloco nas ruas começa a sugeira, literalmente, uma porcaria nas nossas ruas, o reflexo puro e simples do apreço que a nosso política possui com o cidadão, com a sociedade e com o próprio patrimônio público.

Nos canteiros, nas ruas, nas praças, para todos os cantos, os chamados santinhos emporcalhavam a cidade.

Mas a situação agravava-se nos domicílios eleitorais. Na Escola Técnica Federal, no Colégio Madre Clélia, no Colégio Objetivo, e aonde voto, no Colégio Marista, sem medo de estar exagerando, não se podia ver o chão tamanha era a quantidade de santinhos. Digo-vos , nunca tomei tanta raiva da cara sorridente de Ricardo Ayres, Donizete do PT , e conseqüentemente do Gaguim, do Siqueira Campos e do Siqueirido.

Engolindo em seco dirigi-me à sala em que iria votar, aonde se fazia uma pequena fila de eleitores, esperei minha vez. Fui até mal educado com a moça sorridente que me disse boa tarde ,pediu meus documentos pessoais e pediu para que eu me sentasse, quando respondi um seco “boa tarde” e que preferia fica em pé.

Chegada minha vez votei nos cadidatos que me pareceram promissores para as vagas de deputado federal e estadual, na hora de votar pra governador senti uma cruel angústia e um desgosto sem graça, e lembrei de uma frase cômica que havia ouvido dias antes: “ Se correr o Gagá pega, se ficar o Guaguim come”.

Em questão de segundos revisei os prós de cada um e pensei bem antes de votar nulo.

Gaguim, tem como profissão a política, desde sempre esteve nesse cenário e nunca ouvi falar de nada relevante que tenha sido feito em prol do povo, mora bem , tem uma família bonita, mas contribuição para a sociedade tocantinense, antes de cair de paraquedas no Palácio do Araguaia, que se ouvisse falar, nenhuma. Foi presenteado pelo destino com o cargo de governador, aonde poderia ter feito mais, e, em seus 10 meses, tomou inúmeras decisões burocráticas e “fachadistas” na tentativa de demonstrar ao povo que estava trabalhando e que seria um ótima candidato ao cargo de governador. Até que coseguiu a confiança de parte da população, dos funcionários públicos e a alguns esperançosos, falou sobre o crescimento do Tocantins e como essa marcha iria ser continuada, deu bom respaldo à sua candidatura, preferido nas pesquisas, era eminente sua vitória, mais pessoal do que política. Mas a quase uma semana das eleições foi acometido com uma bomba que abalou até os alicerces de sua família.

Boatos, falestres, notícias confusas, remissões comprometedoras em escutas telefônicas, fatos suficientes para o descrédito da parte esperançosa da população que garantia sua vitória. Mas como se não bastasse, atitudes arcaicas, babacas, com certeza mal pesandas, agravaram sua situação, um verdadeiro tiro no pé. Tentou evitar a chegada da revista Veja no tocantins, (que continha detalhadamente os fatos do escândalo), a duvidosa liminar concedida pelo tribunal de justiça amordaçando os meios de comunicação locais em pleno século XXI, causando grande confusão e decepção, demonstrando a que ponto chegou a falta de escrúpulos levada pela sede pela vitória. Os eleitores que se manteram firmes e fiés ao Gago são aqueles que realmente não suportam a idéia de ver Siqueira governador de novo, ou são funcionários públicos e tem medo do retrocesso que o efeito Siqueira pode causar a suas carreiras públicas.

Por outro lado, Siqueria Campos, vulgo Siqueirido que teria sido uma genial jogada de marketing caso a campanha tivesse que ser feita para crianças que ainda acreditam em super heróis, conto de fadas e papai noel. Sinceramente creio que dispensa comentários o passado vivido nesse estado sob o comando do Siqueirido. Não precisamos de um judiciário de mãos atadas, de uma assembléia legistaliva de rabo preso, de um executivo refém, todos em funcionamento na base da troca de favores. Precisamos de liberdade e autonomia para cada setor, para o crescimento dos diversos setores políticos desse estado, em consequencia o crescimento dos setores econômicos . Definitivamente, a centralização do poder nas mãos de um governante atrasado e autoritário não é a melhor solução para este Estado. Os votos creditados a tal candidato, em uma grande parcela, pois há aqueles também que tem esperança em melhoras para a sociedade, são daqueles que presam somente pelos seus interesses individuais na busca de vantagens pessoais em vista do paternalismo e apadrinhamento ocorridos em seus governos passados.

Em verdade vos digo, sem medo de errar, a situação pela qual passamos nessa eleição para governador, sem tirar a culpa de Carlos Henrique pelo suicídio político que cometeu, é culpa do autoritarismo do criador do nosso, sim querido, Estado. Vejamos, desde que Marcelo Miranda foi eleito governador e livrou seu governo das rédias curtas do Siqueira, que apoio sua candidatura, acreditando ser titular do direito de continuar seu governo através do Marcelo e sentido-se ultrajado por ter esse “direito” tirado de sí, vem tentando de todas as formas retomar o poder, sendo que conseguiu que Marcelo fosse cassado, mas não conseguiu retornar ao poder. Então a solução foi se candidatar a governador de novo, e, devido aos tristes incidentes ocorridos com o candidato alternativo, foi reeleito. Siqueira nunca deixou que a política nesse estado se diversificasse atentando contra os princípios basilares e primordias da democracia, sempre quis o poder em suas mãos e não poupou esforços para o te-lo de volta. Esquece-se que Governador não é um grande poderoso, mas sim, um forte representante dos interesses do povo de um estado diante da união.

Mas que vitória triste não acham? Ter que depender de um escândalo para ser eleito é mesmo muito triste, mais vergonhoso ainda é constatar que mesmo com todos os escândalos a diferença percentual foi ínfima em relação aos dois candidatos. Isso mostra a grande rejeição dos cidadões tocantinenses ao governados eleito, que predominantimente não são a favor de sua eleição visto que se somados os votos creditados ao Gago aos votos nulos e brancos os números ultrapassam os votos conseguidos por Siqueira, infelizmente suficientes para a sua reeleição. Não foi, não é e nunca será louvável essa vitória, nunca seria mesmo que o Gago tivesse vencido. Nós eleitores fomos obrigados a assistir uma briga suja e desleal para o cargo de governador do Tocantins, chegamos ao ponto de ficar sem opção, daí votou-se no menos pior, de acordo com suas concepções pessoias, então nulo ou branco, para abster-se dessa eleição. Uma disputa repleta de escândalos que com certeza nos deixou cansados e muito tristes. (Falo de nós, os consciente, os que não sofrem com o mal do paixonimos político causador de cegueira, surdez e muito egoísmo).

Após votar em Marina Silva, saí ainda triste da sala de votação, me reuni a alguns amigos e fui a uma chácara aos arredores da cidade esperar pelo resutado das eleições longe dos fogos de artifícios, provocações e buzinas que permearam a cidade.

Quando voltei para casa, já à noitinha, a cidade estava um lixo, a Palmas Brasil repleta de sujeira e restos de fogos de artifícios que os cabos eleitorais e eleitotes apaixonados não se prestaram sequer a recolher e jogar fora. Política suja essa nossa, e estamos emporcalhados nela dependendo da boa vontade desses orgulhosos, prepotentes e megalomaníacos políticos.

No entando, mesmo decepcionado e triste com todos esse quadro grotesco, ainda reservo-me ao direito de ter esperança, acreditando que cada ser possui uma parte nobre dentro de sí, parte essa que espero que nosso governador eleito Siquerio Campos também tenha e dessa vez e faça uso dela, para que um dia possa nos deixar com o sentimento de saudade e boas lembranças desse governo que se inicia em 2011. Trocando em miúdos, espero de verdade me arrepender das palavras duras que auferir nesse instante ao nosso fututo governador, que venha com todo o gás, que em relação aos últimos governos faça melhor e bem mais.

Otávio Fraz

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Palmas - 8 de outubro de 2010 - Soneto àqueles olhos

É pra ouvir
Poema dos olhos da amada (Jorge Amado)


Soneto àqueles olhos


Hoje a ví.... como estava bela
Bela, como bem sabe ser só ela
Ia tão distante e nem por um triz
Imagina que posso lhe fazer feliz

Vejo o sol, suas cores, seus cabelos
Boca sinuosa, silhueta e apelos
Ah! Se me deixa... (suspiro)
Dormia miúdo em suas madeixas

E os olhos malvados a me confundir
Toda vez os vejo não sei bem o que ví
E já desisti de tentar decifrar

Se a olho nos olhos enquanto sorri
Eles mundam de cor e eu fico aqui
Sem saber se são verdes ou azuis cor de mar

Otávio Fraz

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Palmas - 5 de outubro de 2010 - O que importa

Dificilmente postarei aqui,
mas é de qualidade por que não?
de Jorge e Mateus (http://www.youtube.com/watch?v=6vre2Zi-9Yc)
não leiam se não for ouvindo.

O que importa ?

Não importa o que dizem
Minha busca é insesante pelo complemento
E sim, usarei de todos os meios e me cercarei de garantias
Afinal, a solidão é mesmo muito cruel.

Não importa o que pensem
Posso estar procurando no certo ou no errado
Importa é que estou procurando com fé
Não me venha com críticas aos meios se louváveis são os fins

Não importa o que aconteça
É hipocrisia dizer que é loucura
Todo e cada ser humano tem sua vida movida por esse fim
Nos faz melhores e olhar pro futuro com garra

Não importa
Simplesmente não importa
Todos os aspectos das nossas vidas convergem aí
Profissão, ascenção, estabilidade, riqueza

Na verdade, o que importará mesmo
Será quando no fim do dia puder deitar abraçado
E sentir em paz um aconchego de eu te amo
E continuar assim, anos à fio até a morte
Isso sim é o que importa.

Otávio Fraz

sábado, 2 de outubro de 2010

Palmas - 2 de outubro - Retalhos

Locomotiva

Olha está chegando, lá na curva vem o trem
Maria fumaça, trovejante é seu som enquanto vem
Já decidiu sobre a viagem? Vai mesmo embarcar ?
Te desejo muita sorte e muita história pra contar...

Só lembrando, e essa mala ? me parece bem pesada
Deixar ver... não precisava, muita coisa desnecessária
Muita roupa... Pra que roupão? Umas tristeza, muitas mágoas
Pra conseguir continuar, deixe passar águas passadas

Esvazia essa mala, não tem espaço pras estórias...
As lembranças aonde por?
Isso aí pode deixar, são bem leves as vitóras
Mas deixa espaço pra um novo amor

De nada pela idéia, fiz o mesmo anos atrás
E nem foi cara a passagem e amanhã valerá bem mais
Ahh, quer saber pra onde vai ? Nem me lembrei de olhar
Pois o importante não é o destino, é decidir se vai embarcar

sí------fú------chí------pá

sí----fú----chí----pá

sí---fú---chí---pá

sí--fú--chí--pá

sí-fú-chí-pá

sífúchípá

Peeeee eeeewwww

Otávio Fraz

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Palmas - 1 de Outrubro de 2010 - Retalho


Sabão!!

Esfrega, esfrega, limpinha que nem sabão

Menimo esfrega, lava bem essa mão

Menino!! Lava de novo, ta limpo ainda não

Mas mãe, Ta limpo, limpinho que nem sabão

Limpei bem direitinho, só que o sabão tava no chão...


Otávio Fraz