quinta-feira, 28 de abril de 2011

Meu copo, seu corpo.

Chet Baker - I Fall In Love Too Easily

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La vou eu de novo
Me embriagar com seus beijos
E logo, logo me verás a esmo
Largado na sua calçada
Vomitando pelo olhos
O que deixaste na minha alma

Me embriagarei até cair
Até que tenhas que cuidar de mim
Tirar meus sapatos... o resto da roupa...
Me deite na cama pra eu descansar
Ou até meu amor passar

Acordarei tarde e de ressaca
Com a pele toda marcada
Por escoriações que não lembro
A pele roxa e dolorida
E a mais funda e mais doída
Aquela marcada no peito

Meus olhos em ressaca
Um olhar triste...
Seu corpo... meu copo de uísque...

Otávio Fraz


terça-feira, 26 de abril de 2011

Não queira me subestimar.

Pois bem, estou tentando inovar, já escrevi sonetos demais.
A mando do meu pai, que gosta quando escrevo assim, começo agora a postas outros tipos de poemas e textos, textos em Pseudônimo ( procurem no google)
Esse Pseudônimo se chama, Camila e esse foi o primeiro poema que ela fez.
Está bem diferente da maneira que escrevo hoje, mas espero que gostem.


Meu bem... nosso tempo passou...
O tempo passa e as coisas mudam
E até as desgraças, as mais absurdas
Podem ficar pra trás...


Não guardo mágoa, nem guardo rancor
O tempo passa e depressa passou
Teves meu perdão e do meu bem querer
Mas perdoar não é esquecer...

A menina que deixou, já é hoje uma mulher...
Que hoje em dia só acredita no que quer
Apesar de sonhadora, cresceu e está madura
É ainda a mesma moça, mas agora é mais segura

Com respeito eu te peço, por favor tenha respeito
Amizade não te nego, mas não me trate desse jeito
Subestimar minha inteligência, maior erro não há
Tome agora seu caminho, que do meu eu vou cuidar...

Camila Fraz
(pseudônimo)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Soneto de um homem sem palavra.

Tânia Alves - Apelo

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O que tem um homem senão sua palavra ?
E vejo que agora, já não tenho mais nada
Pois quando me esmero em cumpri-la
Me seguras com os lábios e a deixo esquecida

Mas me levanto decidido: "Já chega!"
Me desafia....insistes... não me deixa
Partir, como jurei a mim mesmo fazer
Então choras, me pedindo pra esquecer

Fraco, digo que esqueço e até sorriu
Ingrata... se aproveitas do meu vazio
"Não me deixa, não queria que você fosse"

Não mereces o que dentro de mim há
Pois nunca me deu motivos pra ficar
Mas tens sorte que teus beijos são doces

Otávio Fraz





domingo, 24 de abril de 2011

Soneto ao que não quer me deixar partir

Vinicius de Moraes & Toquinho - Insensatez

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Desde quando, meu bem, te deixei
Meus dias tem sido só tristeza
Nos ombros a triste certeza
De que não faz falta o que te tomei

Me pego parado e bem distante
Braços cruzados um olhar triste
Como se nada mais me existisse
Senão a saudade... constante

Quando já me distanciava, ao longe
Me chamaste e ouvi tua voz, distante...
"Te recompensarei o tempo perdido"

Na despedida, nosso primeiro beijo
Misto de razão e impulsos de desejo
E assim parti, sobressaltado, mas aflito

Otávio Fraz

Soneto de Sonhos

TOM JOBIM - Wave
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…e aquele velho sonho desempacotei
Lixei as partes feias e repintei
Só com as cores que posso enxergar
Tão lindo te ver em mim despertar

Ao voo mais alto me entrego
Me jogo... é bem alto, não nego
Se cair, só posso fechar os olhos e rezar
Pedindo pro chão nunca chegar

Bons sonhos, mesmo pequeninos
Tomam proporções de infinito
Se a lutar por eles me disponho

De cabeça nas nuvens e pés no chão
Sou menos que tudo e bem mais que quinhão
Pois “o homem é do tamanho dos seus sonhos”

Otávio Fraz

Poema só para jaime ovale

Quando hoje acordei, ainda fazia escuro

(Embora a manhã já estivesse avançada).
Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.
Então me levantei,
Bebi o café que eu mesmo preparei,
Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei pensando...
- Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei.

Manuel Bandeira

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Poesia Cantada - Nos meus Lençóis

Já dispensa apresentações.
Poesia Cantada - Nos meus Lençóis


Um dia acordei e me vi ali sozinho e sentado ali sozinho eu chorei
Quanta solidão, em um grande coração, se o erro era comigo não sei
E nessa multidão, entre almas tão perdidas, a minha não se encontrava
Mesmo perturbado, permeado em mentiras, você me esperava

(refrão)

Foi como um dia quente de sol
Você amanheceu nos meus lençóis
Me deu coragem e hoje posso lutar
Por tudo aquilo que sonhar

Foi como um dia quente de sol
Você amanheceu nos meus lençóis
Me fez arder e viver no incrível
Tudo aquilo que achava impossível

Como se sempre andasse de olhos fechados, não queria não podia enchergar
Mas com calma, suas mãos me encontraram e me levaram pra esse lugar
Aonde enfim encontrei a paz, a mais pura paz, da felicidade e do amor
Aonde enfim encontrei a paz e não quero nada mais, se não viver esse amor

(Refrão)

E agora é a hora do tempo passar
E agora é a hora, pois enfim posso continuar

Otávio Fraz

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Soneto à Dani


Biquini cavadão - Dani

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Te vejo... e desejo imediatamente
Enfurecido e instantaneamente
Palpita meu peito... ávido...
Dissolvendo meu juízo... um ácido...

Qualquer menção em minha direção
Respostas de lado, um sorriso de não
Meu Deus! Pra que tanto alarde !!
Estremeço... igualzinho um covarde

Viro-me de costas, um toque no ombro
No fundo gostas desse esconde esconde
Te laço com um braço e do outro não escapa

Se entrega teimosa com ar te ternura
Me beija ardilosa e quem sabe... por ventura...
Serás minha agora e o resto da vida que nos falta

Otávio Fraz

sábado, 16 de abril de 2011

Soneto ao que não pode ficar como está

O mestre sempre sabe o que dizer:
Vinicius De Moraes - Como Dizia O Poeta

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Te olho e me desespero
Tristemente me despeço
Não, não me deixe partir
Nosso lugar é bem aqui

E antes do meu primeiro passo
Viro e me jogo nos teus braços
Mas esse descaso que tens por nós
Acabará nos deixando sós

Se não é descaso, o que é então ?
Você não faz a mínima questão
E eu andando sem sair do lugar

Quero muito estar com você
Mais ainda te fazer perceber
O tempo que vai pode não voltar

Otávio Fraz


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Aos sonhos que esperam

Rancho das Flores - Fagner

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Lembro bem, passei um bom tempo
Construindo portais ao meu redor
Com caminhos batidos em pedra
E com lindas flores em suas orlas

O sol vinha por todos os cantos
Pelos vitrais coloridos nas janelas
Do tamanho de portas sempre abertas
Era sem chave o meu coração

Mas sem mais nem por que
Fui construindo muros, feios
Tijolos e cimento, sem sequer reboque
Demoli os portais e matei as flores

Cortinas feias e velhas nas janelas
Sujos e opacos os vitrais
Foi ficando frio e úmido esse cômodo
Que um dia ousei chamar de coração

Fui acomedito por doenças
Pela umidade e pelo mofo
Rancor, tristeza e desgosto
Sem falar na virose da solidão

Esbarrei em algo, nem lembrava estar alí
Com cordas e corpo, algo ardente e um copo
Algumas folhas espalhadas pelo chão
Uma pena, diferente da que tinha de mim

Debrucei-me e me achei, sorri e chorei
Foi quando um vento escancarou as janelas
E os muros frágeis como se fossem de barro
Num só golpe facilmente derrubei

O sol brilhava como nunca
As flores haviam se espalhado por todo canto
Os portais ainda em pé e que encanto
Os caminhos mais floridos do que deixei

Meu olhos sorriram em lágrimas
E um vento leve soprou meu rosto
E os belos caminhos que um dia abandonei
Continuavam ali prontos para serem redescobertos

Otávio Fraz

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Poesia Cantada - Não Chora

Há muito tempo atráz, postei o primeiro poesia cantada, com vídeo da música e tudo mais (assista aqui Dos Caminhos - Clip )
Dessa vez, como estou sem tempo, só postei mesmo a música que já deve estar tocando aí, para parar aperte o stop e tem o controle de volume abaixo.
Ela foi gravada em casa, só voz e Ukulele, pra ficar melhor a qualidade usem fones de ouvido.
Espero que gostem!



Se o player acima não funcionar,você pode ouvir por esse link:
Não Chora - Otávio Fraz


Esses ventos dos dias que passam
Levam as dores que estavam no peito
Pra bem longe do agora e de graça
Trazem flores que tem novos cheiros

Mas a saudade não deixa tudo levar
Pois o bom do amor tem o direito
De ficar e raízes criar
e Florear de lembranças o peito

(Pré-refrão)

E é quando o tempo que cura esqueceu-se a receita
Do suspiro profundo quase nada se aproveita
O que é belo nem encanto não traz

Que do egoísmo brota essa água que te afoga
Por que não te abre "pros" amores lá de fora
Esse coração que não divide precisa de paz

(Refrão)

Não chora, Não chora não
A partir de agora, vai melhorar
Não chora, não chora não
Vem comigo, vou te mostrar

O tempo é sábio e reloca
Cada coisa em seu devido lugar
E o amor que ele traz a sua porta
Abre e deixa entrar

Pois o medo da mágoa é ruim
Te tranco e mantém bem fechado
Para tudo na vida e é o fim
Pois até o amor fica de lado

(Pré refrão e refrão)

Otávio Fraz

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Soneto de despedida

vinicius & maria creuza - Se Todos Fossem Iguais A Você

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A minha estrela brilha triste lá no céu
Persistindo fracamente à escuridão
Pisca, pisca, já sem forças, pisca em vão
Vai sumindo, se perdendo nesse véu

Tristemente, agradeço e me despeço
Pelas noites que brilhou intensamente
Inundando nossos olhos e docemente
Inspirando a esse poeta tantos versos

Fecho os olhos e te guardo na lembrança
Rezo baixo com o peito cheio de esperança
Que em breve voltarei a lhe enxergar

Abro os olhos e se perdeu na escuridão
A última lágrima escorre desse coração
Ao longe... raios de luz a despontar

Otávio Fraz

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Bom dia !

Não faz sentido ler sem ouvir a música
Baby I need you - Kim Taylor

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Olha, como é belo
Por entre as curvas da serra
Os primeiros raios da manhã
Bom dia, meu bem!

Eu sei, ta frio ainda!
E tá tão frio teu pezinho
Abraça... te esquento
Nunca ví alguém sorri assim
Mesmo antes de acordar

Você fingi muito mal!!
Sei que não dorme mais
E agarrada nesse lençol
Da nem vontade de acordar
Tão bom sentir no meu peito o seu suspirar

Esse cabelo bagunçado
Me olhando assim de lado
Sem se mexer, nem levantar
Deixe... deixe tudo como está

Dando beijinho no pescoço
Dá um cheiro e logo outro
Brincado de correr no meu peito
De gentinha pequenina, com os dedos

Não sei bem se já acordei
Nem quero saber se estou sonhando
Só sei que eu disse bom dia
E ela disse : Também te amo !

Otávio Fraz

domingo, 3 de abril de 2011

Não é poesia, nem poema não é nada !

Nature Boy

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Pairei no ar e me vi alí, quase que patético
Lutando inutilmente contra as correntes do mundo
Nadando desesperado pra outra margem
Aonde o certo ainda é mais louvado

Deu vontade de rir daquele cena
Um inocente esmerando-se em algo
Que de certo só trará como resultado
Decepção, angústia e tristeza

Enquanto pairava voltei algumas páginas
E vi o histórico de patetices
Prezando por quem nunca precisou
E cobrando depois algum respeito
De quem, realmente, nunca se importou

Ainda pairando, percebi algo
Aquele jovem iludido, quase desesperado
Não combina nenhum pouco com isso tudo
Com tudo isso ao redor dele
As atitude não batem e ele só esta lá pra ser infeliz
Não é ruim de maneira alguma
Só não está no lugar certo
Por isso luta inutilmente em uma batalha perdida

E em algumas horas se pergunta
Só pra ter a mesma resposta de sempre
"Como seria esse mundo sem mim ?"
Seria exatamente como é
Talvez eu viva ainda no passado
Tenho certeza, nasci na época errada

E sabe o que é pior ?
Ele não vai mudar
Vai sempre lutar contra tudo que acha errado
Vai se decepcionar muitas e muitas vezes
Vai perdoar sem pensar
Vai ser alguém que vive os próprio princípios
Vai amar profundamente
E vai sempre escrever o seu "grão de poesia"
Pois sabe que um dia alguém vai ler sua história
E talvez não a ache tão patética como se mostra

Por que ele sabe que não está errado querer ser bom

Otávio Fraz