domingo, 18 de dezembro de 2011

Aos tolos mórbidos


Pra este homem que morre, dê um motivo pra viver
Tudo que precisa é uma razão pra seguir
E o amor nunca se alcança, sempre se busca
Se busca o sempre do amor, que quase sempre nunca chega

E se de novo este homem estiver prestes a morrer
De-lhe filhos, uma árvore pra plantar, um livro pra escrever
Algo que para viver dependa dele, ou para existir
Uma maneira de se eternizar quando chegar a hora de partir

E se ainda sim esse homem teimar, quiser desfalecer
Se ele se sujar nos braços de quem nunca fez por merecer
O perdão talvez, seja a única pura solução
Ele existe, e é completo nas profundezas do seu coração

Se na derradeia tentativa ele enfim se entregar a morte
Diga-lhe que viver sem ele você não vai e não pode
Deita ao lado dele, e segurando suas mãos esperem a morte juntos
E nessa hora ele verá, e viverá só pra não ter ver morrer

Otávio Fraz

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Soneto a quem encherga mais longe

De certo não sei escolher
Fito sempre o mais complicado
O impossível, do lado errado
Se é correto não sei dizer

O que está mais no fundo
Não precisa ser o caro
Simplesmente o mais raro
Que mais dure nesse mundo

Vou ao cume da montanha
Embrenhado nas entranhas
Ao ausente aqui de dentro

Do que falta a minha alma
Aquela paz, aquela calma
Com o banal não me contento

Otávio Fraz

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Soneto a um Sonho

Pyro - Kings of leon

Era uma moça de pele macia
Chegou-me bem perto e suave dizia
"Aquilo que somos
É o resultado do que pensamos"

O lugar era lindo... nascia o dia
A moça era simples... a todo tempo sorria
Foi quando de repente, a reconhi
E ela não deveria estar alí

Mas que posso fazer se estava tão linda ?
A via caminhando por traz das cortinas
Brancas, com quem o vento brincava


Me olhava sorrindo e dizia "bom dia"
"Vem logo, me fazer companhia
É tão lindo o mar aqui da sacada..."



Otávio Fraz

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Malditos Sonhos

Eels - I Need Some Sleep



Sonhei bem noite passada
Mas sonhei o que não devia sonhar
Em braços que não deveria estar
Em presença nunca experimentada

Não respeitam as leis do homens
Os limites pautados pela moral
Ou qualquer entrave relacinamental
Plantam desejos que te consomem

Te fazem viver covardemente
Os desejos profundos da sua mente
E os anceios latentes do seu coração

Bem no momento que ela abre a porta
Armargamente, você se encontra de volta
Acordando sozinho no seu colchão

Otávio Fraz

domingo, 23 de outubro de 2011

Matinal

Chico Buarque - Tatuagem



Nem bem acordamos já brigamos

Olhos molhados, tristes, falando dentre os dentes cerrados,
ajoelhada na cama quase ódio nos olhos.
Se justifica sempre dizendo que me ama
Que me ama e que me ama

Sentado na cama, com o rosto entre as mãos
Não choro por pouco, já não temos solução
E fico mudo por longos períodos

É quando se chega e puxa meu rosto
Pedindo pra dizer que também te amo
Digo “não como antes, amor muda ?”

E chora mais, no turbilhão de dúvidas e culpa se enfia
E cansa de gritar, de xingar e de chorar
Suspira fundo de olhos fechados

Me abraça de seios nus e me beija vagarosamente
Vai até a janela e fecha as cortinas
E me faz amor pra provar que ama
É quando já não consigo imaginar meu mundo sem você.

Otávio Fraz

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O tempo esqueceu de esquecer

Train - Marry Me


Há tempos atraz eu disse que amava alguém
E é recente que descobri que estava certo
Pois há anos tento deixar de lado
O que hoje descobri que não vai embora

A parte mais pura e incosciente do meu ser
Mesmo apesar de tudo, pegou uma parte do melhor
Guardou na estante mais alta,
Aonde nem o tempo alcança

O que ficou guardado está intacto
O sentimento mais supremo que já senti
Está intacto na forma que existiu
Não mudou, não evoluiu

O amor guardado é por aquela que me fez o melhor
O melhor homem que já pude ser
Mas ela já não existe mais...
Ela foi tão embora, que não sei se volta

O que sobrou foi o seu retrato no meu dia a dia
Que o amor lembra que me faz lembrar dela
Ela se foi, mas sei que está ali em algum lugar...
Mas não sei se terá forças pra voltar

Amo alguém que não existe mais
E que vejo todos os dias na face de quem já não é
A doce flor que queria ser feliz
É só uma flor num caminho triste

Otávio Fraz







quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Soneto à cura aos olhos tristes

Tom Jobim e Elis Regina - Triste


O que faço pra tirar dos seus olhos
Esse olhar assim tão triste ?
Nesse semblante que persiste
Em distribuir olhares sem foco

É na angustia que se deixa levar
Distante, te observo doído
Com peito apertado e aflito
Imaginando se vais voltar

Espera! São longos meus braços...
Bastante, ao alcance dos passos
Que te levam não se sabe pra onde

Já chega, acabou, vem aqui !
Não te prometo uma vida feliz
Mas prometo sorrisos aos montes

Otávio Fraz

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Renascença

Kings Of Leon - The Immortals


A poeira se realoja
Os dias passando com sempre
Ciclos acabam e recomeçam
Uns sorriem, outros mentem

Não se encontrar é grave
Mais ainda não saber aonde ir
O cômodo vicia e aliena
Tenho um caminho a seguir

Sobrevivo me esgueirando
Das facilidades do banal
Dos vícios do mundano
E assim... não sou normal

Vou embaixo, no escuro
Choro e sofro, mas passa
E renasço, como hoje
O mesmo, em um novo mundo

A chuva, um novo "big bang"
Força, para tudo que me convém
Sonhos, a razão do caminhar
E amor, que é só o que pode me guiar

Otávio Fraz



quinta-feira, 25 de agosto de 2011




Soneto ao agora

É preciso morrer pra renascer
Agora, do fundo do poço
Não messo nenhum esforço
Apagar pra reascender

Em meio caminho à luz
Ao longe um céu azul
Felicidade...não caberei em só um
A expectativa não se traduz

Já sinto o peito esquentar
Há um novo cheiro do ar
Um novo mundo ao meu redor

Sucesso na labuta dos dias
Sonhos realizam minha vida
E no amor... já não estou só...

Otávio Fraz

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Soneto a força


De vazio já estou cheio
Entre o fim e o recomeço
O espaço em que me perco
O fim justifica qualquer meio

Me canso logo e com rapidez
Esforço inútil em uma busca
Que a distância, a vista ofusca
Me indago: chegará a minha vez ?

A vez ja chegou e está aqui
O que mais poderás pedir ?
Se não a forçar pra buscar... sempre.

Se essa força você ja tem
Terás tudo que lhe convém
Ao que procuras vá... busque... tente...

Otávio Fraz

terça-feira, 19 de julho de 2011

Brandi Carlile - Turpentine



Quero-te bem... no bem querer de cada instante
Quero-te ontem, como uma lembrança latente
Quero-te hoje, como um momento, um presente
E te quero agora, como quem morre e não pode esperar

Quero-te amanhã no florear do meu bom dia
Quero-te aqui como se fosse tudo que sempre esteve
Quero–te quando, na mais próxima estação
E te quero sempre... como sempre quis

Quero-te linda, assim, adormecida ainda
E singela na mais simples maneira...
Quero-te perdida... e entre meus braços
Logo ser encontrada por meus abraços

Quero-te toda, cada pormenor
Cada defeito o menor que for
Quero-te assim, do jeito que você é
Do loiro fio de cabelo ao feio dedão do pé

Otávio Fraz

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O que for preciso

Se não for escutar é melhor nem ler:

Radical Face - Welcome Home



Longe de ser o que esperam
Já é sem volta o caminho que traço
Na cega busca do eterno
Sem tempo para cansaço

Não sou o que esperam
Sou muito mais
Sou a chuva, a tempestade e a paz
Me quebro e logo me concerto

Amaldiçoado por olhos distante
Vejo além do que se vê
Os que opinam no que devo ser
Só veem horizontes... eu vou mais longe

É distante e caro à sanidade
Mas corro em busca da minha verdade
Contra mau tempo, obstáculos e tristeza
Sou guarda chuva, sou gigante e sou fortaleza

Contra tudo e contra todos
Contra a maldade e os desgostos
Sigo austero meu caminho
Pra isso nasci e aceito meu destino

Esse sou eu e me tenho respeito
E a tudo aquilo que arde no peito
Me tem sido justo e amigo
O destino, e serei o que for preciso

Otávio Fraz

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Poesia Cantada - O que restou.


É difícil tirar você de mim
Como se tudo que vivemos, de repente não existisse mais
Já sabíamos que seria assim
E agora ? Nossa histórias ficou pra trás

É difícil, olhar nos seus olhos e ver
Que ainda sente, tem vontade de viver
Nossos sonhos, nossos planos
E distantes... A quem estamos enganando ?

(Refrão)
O que restou...
Essa canção pra lembrar de nós dois
Do que passou...
Dos momentos que te fiz sorrir
Boa noite!
Temos que dormir

O que restou...
Essa canção pra lembrar de nós dois
Do que passou...
Dos momentos que te fiz sorrir
Boa noite!
Seja feliz

É difícil, olhar nos seus olhos e ver
Que ainda sente, tem vontade de viver
Nossos sonhos, nossos planos
E distantes... A quem estamos enganando ?

Não olhe para mim, fingindo não saber
Quem realmente sou, o que fui pra você
É mentira, dizer que esqueceu
É mentira, seu coração ainda é meu

(Refrão)

Otávio Fraz

LINK PARA BAIXAR A MÚSICA:

Às escolhas.



Não se engane amigo, há sempre uma escolha
Mas quero saber se estas disposto ?
A pagar o preço...a provar o gosto...
É provável que ganhe e é provável que sofra

Quem bem nasceu e já sabe o que quer
Não deixa que digam que não possa fazer
Não vai desistir, não vai esquecer
Arranja um jeito e não perde a fé

Um homem é feito de decisões
É bom ter respeito ao que ruge bem dentro
Contra todas as regras e a qualquer argumento
Prevalece que o que ruge no coração

Mas toma cuidado é tortuoso o caminho
A fraqueza de alma, o desamnor, o desatino
Vendam os olhos e calam os sonhos
É quando, de repente, nem sabemos quem somos


Otávio Fraz

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Poesia Cantada - Ofegantes

Ofegantes




No evolcro da sua cintura
No piscar lento dos teus cílios
No cortante da sua mira
Entreguei-me ao perigo

E em meio a um mar de orações
Exacerbei quase todos os erros
Que um dia sonhei
Me permitir

Deitamos em memórias e sorrisos
Pairamos do futuro as lembranças
Sem anceios, sem planeios, sem promessas
Queiçá esperança

Quis não racionalizar mais
Rasguei amores, poemas, canções
Meu orgulho se foi
Escudos ao chão

Brilhou no tempo uma promessa
Por tráz das nuvens densas que sela
Um emblema... um coração...

E fez-se chorar o tempo
Que há muito dessoava do meu canto
Pareou ao nosso ritmo
O encanto

Incrédulos ainda duvidamos
Mas a tempestade nos seguia
A medida do alvorocer
Ofegantes

Encostado ao teu seio
Vi secar meu pranto
De joelhos e olhos vermelhos
Vi secar meu pranto

Otávio Fraz

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Soneto aos destinos

Damien rice - the blowers daugther



Será que seremos felizes?
Seguindo em caminhos opostos
Num jogo sem diretrizes...
Brincando de gosto não gosto

Distanciamo-nos sempre mais
Por caminhos quase sem volta
Sem migalhas deixadas pra traz
Trancando todas as portas

Nossas vidas aconteceram assim
Simultaneamente, pra você e pra mim
Ao mesmo tempo, hora e até local

Riamos, outrora, dessa sintonia
Que hoje só nos traz agonia
E pra esquecer? Esqueceremos igual?

Otávio Fraz

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Soneto a Tamara

Tiago Iorc - Nothing But A Song



Ah! Que vontade de me dar...
A teus olhos, menina, que são doces
A tua voz que me sibila como se fosses
A todo momento um segredo me contar

A inocência incontestável do seu toque
Me inunda em pensamentos
Tão precoces para esse momento
Inevitáveis, mas me envolves...

Me trouxe esses dias
Novas cores a minha vida
Que eu nem sabia que o mundo tem

Vem e se joga nos meus braços
E me sinto logo, cheio de algo
Que só sabe me fazer bem

Otávio Fraz

terça-feira, 24 de maio de 2011

Com a Benção de Deus


Eis aqui esta terra, eu a dei diante de vós; entrai e possuí a terra que o SENHOR jurou a vossos pais, Abraão, Isaque e Jacó, que a daria a eles e à sua semente depois deles.

(Deuteronómio, 1, 8)

Vinde homens bons, e, junto com vossos filhos, colhei os frutos da terra em que lutaram, sangraram e cresceram. É chegada vossa hora.

Amém.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Soneto ao reencontro

Not Falling Apart - Marron 5


Lamentaste demais da vida
Para que passassem aqueles dias
Agora a tempestade passou
Em reclames, presságios de amor

E o dia nasceu limpo... e simples...
Com abraços e sorrisos felizes
Da beleza, dos mais distantes recantos
Formalizou-se então o encanto

As coisas boas que o amor tem
Me preenchem, me fazem bem
Em remanso posso descansar...

Tenho ainda os olhos distantes
Mas hoje, menos do que antes
Estou voltando pra me reencontrar

Otávio Fraz

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Sonetinho do coração sozinho

Dont Throw It All Away Our Love - Bee Gees


Se eu me recolher só respeite
Pois não quero mais esse mundo
Fechos os olhos... fico mudo...
E quando sorrio é só enfeite

Entenda que estou triste
Vivo sozinho dentro de mim
E não consigo sair daqui
Solidão maior não existe

Mas isso logo passa
Quando me olha e faz graça
Quando me olha e sorri

E meu coração que era sozinho
Arredio igual menino
Começa a se abrir

Otávio Fraz


quarta-feira, 4 de maio de 2011

Deserto

Waiting For The End - Linkin Park



E a tempestade de areia passou
Levanto e limpo os grãos do casaco
Ando logo, não posso ficar parado
Não posso perde cada minuto que for
Num deserto não se espera resgate
Água escassa e pernas cansadas
Cada dia, cada hora que passa
É subtraído cruelmente da minha vida
E o horizonte nunca muda
Efervescente, borrado, difuso
Sigo errante, desnorteado e confuso
Caminho inútil, sem saber se vou chegar...
Seria mais fácil me deitar
E deixar as dunas me engolir
Os urubus cuidariam dos meu restos...
Estou a dias sem dormir
Mas algo em mim é mais forte
Mesmo sem bússola sei que sigo pro norte
Para os caminhos que me farão feliz...

Otávio Fraz

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Soneto de decisão

Se... - Djavan

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E a felicidade brotou no meu coração
Como a esperança nos desesperados
E a razão, essa que foge aos apaixonados
Aceitou sua inevitável condição

O dia se fez belo, como há muito não se via
Se fez singelo e como um riso de criança
mais sincero, me renovando em esperança
Engraçado foi sentir em cada som uma melodia

As loucas decisões que um dia ousei tomar
Me fugindo a razão teimei por optar
Juro pelos dias que não faria diferente

Em tempos de incerteza a mim mesmo jurei
"De não ter tentado nunca me arrependerei"
Meu corpo é sem amarras e meu peito independente

Otávio Fraz


Soneto de Aceitação

FELICIDADE - TOM JOBIM e VINICIUS DE MORAES

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Nunca mais esquecerei quem sou
De tudo, preciso entender
Isso que ruge e se faz prevalecer
Me traz tudo, alegria e dor

Lutei tempos contra isso
Hoje, esmero em manter aceso
Cultuando do normal, o avesso
Morro triste, mas não omisso

O homem que não se aceita
Só espera que se perca
E não se encontre nunca mais

Hoje andamos de mãos dadas
Já que essa angústia não se cala
Aprendi a viver sem paz

Otávio Fraz

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Meu copo, seu corpo.

Chet Baker - I Fall In Love Too Easily

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La vou eu de novo
Me embriagar com seus beijos
E logo, logo me verás a esmo
Largado na sua calçada
Vomitando pelo olhos
O que deixaste na minha alma

Me embriagarei até cair
Até que tenhas que cuidar de mim
Tirar meus sapatos... o resto da roupa...
Me deite na cama pra eu descansar
Ou até meu amor passar

Acordarei tarde e de ressaca
Com a pele toda marcada
Por escoriações que não lembro
A pele roxa e dolorida
E a mais funda e mais doída
Aquela marcada no peito

Meus olhos em ressaca
Um olhar triste...
Seu corpo... meu copo de uísque...

Otávio Fraz


terça-feira, 26 de abril de 2011

Não queira me subestimar.

Pois bem, estou tentando inovar, já escrevi sonetos demais.
A mando do meu pai, que gosta quando escrevo assim, começo agora a postas outros tipos de poemas e textos, textos em Pseudônimo ( procurem no google)
Esse Pseudônimo se chama, Camila e esse foi o primeiro poema que ela fez.
Está bem diferente da maneira que escrevo hoje, mas espero que gostem.


Meu bem... nosso tempo passou...
O tempo passa e as coisas mudam
E até as desgraças, as mais absurdas
Podem ficar pra trás...


Não guardo mágoa, nem guardo rancor
O tempo passa e depressa passou
Teves meu perdão e do meu bem querer
Mas perdoar não é esquecer...

A menina que deixou, já é hoje uma mulher...
Que hoje em dia só acredita no que quer
Apesar de sonhadora, cresceu e está madura
É ainda a mesma moça, mas agora é mais segura

Com respeito eu te peço, por favor tenha respeito
Amizade não te nego, mas não me trate desse jeito
Subestimar minha inteligência, maior erro não há
Tome agora seu caminho, que do meu eu vou cuidar...

Camila Fraz
(pseudônimo)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Soneto de um homem sem palavra.

Tânia Alves - Apelo

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O que tem um homem senão sua palavra ?
E vejo que agora, já não tenho mais nada
Pois quando me esmero em cumpri-la
Me seguras com os lábios e a deixo esquecida

Mas me levanto decidido: "Já chega!"
Me desafia....insistes... não me deixa
Partir, como jurei a mim mesmo fazer
Então choras, me pedindo pra esquecer

Fraco, digo que esqueço e até sorriu
Ingrata... se aproveitas do meu vazio
"Não me deixa, não queria que você fosse"

Não mereces o que dentro de mim há
Pois nunca me deu motivos pra ficar
Mas tens sorte que teus beijos são doces

Otávio Fraz





domingo, 24 de abril de 2011

Soneto ao que não quer me deixar partir

Vinicius de Moraes & Toquinho - Insensatez

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Desde quando, meu bem, te deixei
Meus dias tem sido só tristeza
Nos ombros a triste certeza
De que não faz falta o que te tomei

Me pego parado e bem distante
Braços cruzados um olhar triste
Como se nada mais me existisse
Senão a saudade... constante

Quando já me distanciava, ao longe
Me chamaste e ouvi tua voz, distante...
"Te recompensarei o tempo perdido"

Na despedida, nosso primeiro beijo
Misto de razão e impulsos de desejo
E assim parti, sobressaltado, mas aflito

Otávio Fraz

Soneto de Sonhos

TOM JOBIM - Wave
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…e aquele velho sonho desempacotei
Lixei as partes feias e repintei
Só com as cores que posso enxergar
Tão lindo te ver em mim despertar

Ao voo mais alto me entrego
Me jogo... é bem alto, não nego
Se cair, só posso fechar os olhos e rezar
Pedindo pro chão nunca chegar

Bons sonhos, mesmo pequeninos
Tomam proporções de infinito
Se a lutar por eles me disponho

De cabeça nas nuvens e pés no chão
Sou menos que tudo e bem mais que quinhão
Pois “o homem é do tamanho dos seus sonhos”

Otávio Fraz

Poema só para jaime ovale

Quando hoje acordei, ainda fazia escuro

(Embora a manhã já estivesse avançada).
Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.
Então me levantei,
Bebi o café que eu mesmo preparei,
Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei pensando...
- Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei.

Manuel Bandeira

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Poesia Cantada - Nos meus Lençóis

Já dispensa apresentações.
Poesia Cantada - Nos meus Lençóis


Um dia acordei e me vi ali sozinho e sentado ali sozinho eu chorei
Quanta solidão, em um grande coração, se o erro era comigo não sei
E nessa multidão, entre almas tão perdidas, a minha não se encontrava
Mesmo perturbado, permeado em mentiras, você me esperava

(refrão)

Foi como um dia quente de sol
Você amanheceu nos meus lençóis
Me deu coragem e hoje posso lutar
Por tudo aquilo que sonhar

Foi como um dia quente de sol
Você amanheceu nos meus lençóis
Me fez arder e viver no incrível
Tudo aquilo que achava impossível

Como se sempre andasse de olhos fechados, não queria não podia enchergar
Mas com calma, suas mãos me encontraram e me levaram pra esse lugar
Aonde enfim encontrei a paz, a mais pura paz, da felicidade e do amor
Aonde enfim encontrei a paz e não quero nada mais, se não viver esse amor

(Refrão)

E agora é a hora do tempo passar
E agora é a hora, pois enfim posso continuar

Otávio Fraz

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Soneto à Dani


Biquini cavadão - Dani

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Te vejo... e desejo imediatamente
Enfurecido e instantaneamente
Palpita meu peito... ávido...
Dissolvendo meu juízo... um ácido...

Qualquer menção em minha direção
Respostas de lado, um sorriso de não
Meu Deus! Pra que tanto alarde !!
Estremeço... igualzinho um covarde

Viro-me de costas, um toque no ombro
No fundo gostas desse esconde esconde
Te laço com um braço e do outro não escapa

Se entrega teimosa com ar te ternura
Me beija ardilosa e quem sabe... por ventura...
Serás minha agora e o resto da vida que nos falta

Otávio Fraz

sábado, 16 de abril de 2011

Soneto ao que não pode ficar como está

O mestre sempre sabe o que dizer:
Vinicius De Moraes - Como Dizia O Poeta

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Te olho e me desespero
Tristemente me despeço
Não, não me deixe partir
Nosso lugar é bem aqui

E antes do meu primeiro passo
Viro e me jogo nos teus braços
Mas esse descaso que tens por nós
Acabará nos deixando sós

Se não é descaso, o que é então ?
Você não faz a mínima questão
E eu andando sem sair do lugar

Quero muito estar com você
Mais ainda te fazer perceber
O tempo que vai pode não voltar

Otávio Fraz


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Aos sonhos que esperam

Rancho das Flores - Fagner

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Lembro bem, passei um bom tempo
Construindo portais ao meu redor
Com caminhos batidos em pedra
E com lindas flores em suas orlas

O sol vinha por todos os cantos
Pelos vitrais coloridos nas janelas
Do tamanho de portas sempre abertas
Era sem chave o meu coração

Mas sem mais nem por que
Fui construindo muros, feios
Tijolos e cimento, sem sequer reboque
Demoli os portais e matei as flores

Cortinas feias e velhas nas janelas
Sujos e opacos os vitrais
Foi ficando frio e úmido esse cômodo
Que um dia ousei chamar de coração

Fui acomedito por doenças
Pela umidade e pelo mofo
Rancor, tristeza e desgosto
Sem falar na virose da solidão

Esbarrei em algo, nem lembrava estar alí
Com cordas e corpo, algo ardente e um copo
Algumas folhas espalhadas pelo chão
Uma pena, diferente da que tinha de mim

Debrucei-me e me achei, sorri e chorei
Foi quando um vento escancarou as janelas
E os muros frágeis como se fossem de barro
Num só golpe facilmente derrubei

O sol brilhava como nunca
As flores haviam se espalhado por todo canto
Os portais ainda em pé e que encanto
Os caminhos mais floridos do que deixei

Meu olhos sorriram em lágrimas
E um vento leve soprou meu rosto
E os belos caminhos que um dia abandonei
Continuavam ali prontos para serem redescobertos

Otávio Fraz

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Poesia Cantada - Não Chora

Há muito tempo atráz, postei o primeiro poesia cantada, com vídeo da música e tudo mais (assista aqui Dos Caminhos - Clip )
Dessa vez, como estou sem tempo, só postei mesmo a música que já deve estar tocando aí, para parar aperte o stop e tem o controle de volume abaixo.
Ela foi gravada em casa, só voz e Ukulele, pra ficar melhor a qualidade usem fones de ouvido.
Espero que gostem!



Se o player acima não funcionar,você pode ouvir por esse link:
Não Chora - Otávio Fraz


Esses ventos dos dias que passam
Levam as dores que estavam no peito
Pra bem longe do agora e de graça
Trazem flores que tem novos cheiros

Mas a saudade não deixa tudo levar
Pois o bom do amor tem o direito
De ficar e raízes criar
e Florear de lembranças o peito

(Pré-refrão)

E é quando o tempo que cura esqueceu-se a receita
Do suspiro profundo quase nada se aproveita
O que é belo nem encanto não traz

Que do egoísmo brota essa água que te afoga
Por que não te abre "pros" amores lá de fora
Esse coração que não divide precisa de paz

(Refrão)

Não chora, Não chora não
A partir de agora, vai melhorar
Não chora, não chora não
Vem comigo, vou te mostrar

O tempo é sábio e reloca
Cada coisa em seu devido lugar
E o amor que ele traz a sua porta
Abre e deixa entrar

Pois o medo da mágoa é ruim
Te tranco e mantém bem fechado
Para tudo na vida e é o fim
Pois até o amor fica de lado

(Pré refrão e refrão)

Otávio Fraz

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Soneto de despedida

vinicius & maria creuza - Se Todos Fossem Iguais A Você

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A minha estrela brilha triste lá no céu
Persistindo fracamente à escuridão
Pisca, pisca, já sem forças, pisca em vão
Vai sumindo, se perdendo nesse véu

Tristemente, agradeço e me despeço
Pelas noites que brilhou intensamente
Inundando nossos olhos e docemente
Inspirando a esse poeta tantos versos

Fecho os olhos e te guardo na lembrança
Rezo baixo com o peito cheio de esperança
Que em breve voltarei a lhe enxergar

Abro os olhos e se perdeu na escuridão
A última lágrima escorre desse coração
Ao longe... raios de luz a despontar

Otávio Fraz

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Bom dia !

Não faz sentido ler sem ouvir a música
Baby I need you - Kim Taylor

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Olha, como é belo
Por entre as curvas da serra
Os primeiros raios da manhã
Bom dia, meu bem!

Eu sei, ta frio ainda!
E tá tão frio teu pezinho
Abraça... te esquento
Nunca ví alguém sorri assim
Mesmo antes de acordar

Você fingi muito mal!!
Sei que não dorme mais
E agarrada nesse lençol
Da nem vontade de acordar
Tão bom sentir no meu peito o seu suspirar

Esse cabelo bagunçado
Me olhando assim de lado
Sem se mexer, nem levantar
Deixe... deixe tudo como está

Dando beijinho no pescoço
Dá um cheiro e logo outro
Brincado de correr no meu peito
De gentinha pequenina, com os dedos

Não sei bem se já acordei
Nem quero saber se estou sonhando
Só sei que eu disse bom dia
E ela disse : Também te amo !

Otávio Fraz

domingo, 3 de abril de 2011

Não é poesia, nem poema não é nada !

Nature Boy

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Pairei no ar e me vi alí, quase que patético
Lutando inutilmente contra as correntes do mundo
Nadando desesperado pra outra margem
Aonde o certo ainda é mais louvado

Deu vontade de rir daquele cena
Um inocente esmerando-se em algo
Que de certo só trará como resultado
Decepção, angústia e tristeza

Enquanto pairava voltei algumas páginas
E vi o histórico de patetices
Prezando por quem nunca precisou
E cobrando depois algum respeito
De quem, realmente, nunca se importou

Ainda pairando, percebi algo
Aquele jovem iludido, quase desesperado
Não combina nenhum pouco com isso tudo
Com tudo isso ao redor dele
As atitude não batem e ele só esta lá pra ser infeliz
Não é ruim de maneira alguma
Só não está no lugar certo
Por isso luta inutilmente em uma batalha perdida

E em algumas horas se pergunta
Só pra ter a mesma resposta de sempre
"Como seria esse mundo sem mim ?"
Seria exatamente como é
Talvez eu viva ainda no passado
Tenho certeza, nasci na época errada

E sabe o que é pior ?
Ele não vai mudar
Vai sempre lutar contra tudo que acha errado
Vai se decepcionar muitas e muitas vezes
Vai perdoar sem pensar
Vai ser alguém que vive os próprio princípios
Vai amar profundamente
E vai sempre escrever o seu "grão de poesia"
Pois sabe que um dia alguém vai ler sua história
E talvez não a ache tão patética como se mostra

Por que ele sabe que não está errado querer ser bom

Otávio Fraz

quinta-feira, 31 de março de 2011

Soneto à Thâmara

Coisa mais linda - Mariana de Moraes



Um triste, precisado de alegria
Uma luz, amanhecendo no seu dia
Que conduz, em um quente abraço
E reluz, esvaindo esse cansaço

E no perfume irresistível dos cabelos
Não resista e se entregue inteiro
Nas suas mãos deixará algum perfume
É maldade e covardia, mas se acostume

Inteligente e cheia de si
De repente nem está mais aqui
Seu dia é longo, e o dia é curto

- Espera! Quando vou te reencontrar?
- Amanheça, quando ainda estou no ar
Engraçado, só a encontro, se não procuro...

Otávio Fraz

Sonetinho do coração em alto mar

Maysa - O Barquinho

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Sonetinho do coração em alto mar

Pulsar vazio dói
Mais que pulsar sofrendo
Barco a vela sem vento
Que afunda, se destrói

Perigosas as tempestades
Mas levam a algum lugar
E corre-se o risco de acha
rUm porto em que se atraque

Em alto mar sem vento
Pulsando fora de tempo
Um coração chora e é triste

Porto seguro pra atracar
Um amor calmo pra acalmar
Essa nau, que em tempestade, persiste

Otávio Fraz

terça-feira, 29 de março de 2011

João Bosco e Vinicius - Chuva

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Retalho

Já eram 19:30 e eu não sabia mais o que fazer
Saí de casa...
As paredes pareciam estar se fechando
Há muito tempo tenho me segurado
Mas não cabe mais dentro de mim o que sinto

Mas essa tarde o turbilhão explodiu
Sua camisola no fundo da minha gaveta
Ainda amassada
Da ultima vez que esteve em casa

Cambaleei rua abaixo, não tinha chuva
Não tinha vento, não tinha nada
Que de mim levasse aquela saudade
Aquela vontade sufocante
De retomar seus braços

E chorei, chorei como há muito tempo
Como nunca havia chorado,
Até as lágrimas secarem
E só a chuva molhar meu rosto

Fomos orgulhosos demais
Bobos demais, novos demais
E assim aprendi da pior forma
Não existe vida sem você, não existe nada...

Mas nunca é tarde pra recomeçar
Descalço, molhado, triste e acabado
Corri até sua casa e a chuva aumentava
Quando cheguei no portão de grades
Meu coração duplicou a batida

Vi pelas grades, você sentada na área
Abraçada aos joelhos olhando a chuva
No seu rosto rubro um lágrima
Em um suspiro profundo de tristeza

Naquele instante meu peito explodiu
Quisera não houvessem aquelas grades
Então, do fundo do meu peito, do resto de forças que havia em mim
De olhos marejados, gritei : EU TE AMO, NÃO SEI VIVER SEM VOCÊ

Pra você aquela voz pareceu distante
Mas ouviu minha súplica e me viu
De joelhos no portão, chorando igual um menino
Então abriu-o, e nem ví... meu peito doía demais

A chuva molhou seu vestido florido
E quando olhei pra frente
Suas pernas se torneavam aos poucos pelo tecido
Abaixou-se, segurou me rosto entre as mãos, e me beijou...

"Obrigado Deus, eu sabia que você iria trazer ele de volta"

Otávio Fraz



segunda-feira, 28 de março de 2011

João Bosco e Vinicius - Chuva

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O tempo...

No invólucro da tua cintura
No piscar lento dos teus cílios
No cortante da tua mira
Entreguei-me ao perigo

Em meio a um mar de orações
Exacerbei quase todos os erros
Que um dia sonhei
Me permitr

Deitamos em memórias e sorrisos
Pairamos do futuro as lembranças
Sem anceios, sem planeioe, sem promessas
Quiçá esperança...

Quis não racionalizar mais
Rasguei amores, poemas, canções
Meu orgulho se foi
Escudos ao chão

Brilhou no tempo uma promessa
Por trás das nuvens densas que sela
Um emblema
Um coração

E fez-se chorar o tempo
Que há muito dessoava do meu canto
Pareou ao nosso rítimo
Um encanto

Incrédulos ainda duvidamos
Mas a tempestade nos seguia
Na medida do alvorocer
Ofegantes!

Encostado...
Ao teu seio...
Ví secar meu pranto.

Otávio Fraz

sábado, 26 de março de 2011

Palmas - 26 de março de 2011 - Poema à Lia

Você é linda - Caetano Veloso

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Poema à Lia

Pérolas negras molhadas ao sol
Brilham esses teus olhos que são doces
Me fisgam mil vezes teus lábios de anzol
Mais bela, age como se não fosse

De repente me passa, pisca e sorri
No outro disfarça, nem está mais aqui
E então já se encontra além do horizonte
Coração forasteiro de alma viajante

Em momentos singelos é que imagino
O céu estrelado, e uma bela fogueira
Teus pés descalços, dançando na areia
Canções de amar, desse coração de menino

Teu beijo seja talvez uma coisa qualquer
Como a brisa de tarde ou fogueira ao luar
O nascer do sol ou beira de mar
Como cheiro de chuva ou o teu de mulher

Nem peço que fiques aqui em meu peito
Só laços de fita, hotelã e brigadeiro
Ofereço de prenda, além da primavera
Pois amo só simples e de forma singela

Enquanto chove, lá fora e aqui dentro
Tranquila dormes, nem sentes o vento
Que brota de mim, nessa noite tão fria
Pra te aquecer e não sentires sozinha!

Otávio Fraz

sábado, 19 de março de 2011

Palmas - 19 de março de 2011 - Retalho


Agora que se vai
Leve consigo esse beijo
Guardado, use quando precisar
Somente quando precisar

Quando estiver triste
E eu não estiver mais aqui
Chore e lave sua alma
Suspire profundamente e com calma
Deixe a tristeza fluir por você

E pra selar sua calma
Pegue no peito aquilo que guardei
Abra a mão e encoste no rosto
Lembre-se de quando lhe entreguei
e lembre-se, estou aqui com você.

Otávio Fraz

terça-feira, 15 de março de 2011

Palmas - TO / 15 de Março de 2011 - M de Mulher

Ouçam ao longo da Leitura :
Dick Farney - Marina (Dorival Caymmi)

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M de Mulher

Foi Marina, menininha
Primeira namoradinha
Mikaella, tão querida
amorzinha e melhor amiga

Também em Marina
Melhores beijos da minha vida
Mas foi Mayra que fez
Desandar tudo de vez

Moniheli boa amiga
Maria Tereza, atrevida
Morango e Mila mais que amigas
Sinto saudades, minhas queridas

Mônica me tomou o de bom
Que eu achava haver no amor
Mas Marilha me mostrou
O quanto dura e suporta o amor

Marianas foram tantas
Martina , tão novinha
Marcela foi singela
Como será que estão elas ?~

Mayara me amou
E ameia-me sem medida
Pra mim tudo entregou
E entreguei toda a minha vida

Quem me encanotou foi Manuella
Que como dança só tem ela
E duas Marcelas como cunhadas
É brincadeira é palhaçada

M de mulher, M de melhor
M de mãe e tem M até em aMiga
Do que a vida me ensinou
Agora vou lhes contar
Que M é o meio de aMar

Otávio Fraz

sábado, 12 de março de 2011

Temas Sugeridos no Twitter - #diadificil pela @liergina !

No Twitter peço aos Seguidores temas para que eu possa escrever, a Linda @liergina sugeriu #diadificil, outras pessoas também sugeriram outros temas e estão alí na parte direita do blog, nas páginas!

Se você quiser pedir o seu tema, twitte o tema com o Tag #diariofraz, logo estará aqui seu poema!

O twitte da @liergina

Liérgina Martins

Dia difícil



Dia Difícil


- Raimundo meu querido, tive um péssimo dia, como foi o seu ?


- O meu foi mais ou menos, sente aqui vou te contar

Garçom uma cerveja, essa aqui já vai esquentar!


Acodei de manhã cedo atrasado pro trabalho

Fui me vesti e o gato, tinha mijado no meu sapato

Sai correndo pra cozinha, fui beijar minha mulher

Tava estranha minha florzinha, nem fez o meu café

Na garagem o meu carro não pegava nem com reza

Procurei outra maneira, mas não tenho bicicleta


Cheguei de táxi no trabalho, minhas coisas numa caixa

“Raimundo pro RH, na sua carteira vou dar baixa”

Isso mesmo, não adiantou, perdi o meu emprego

Esse ano não tem férias nem décimo terceiro

De metrô cheguei em casa, era bem mais do que cedo

Minha mulher tava na cama com o desgraçada do pedreiro


Corno manso eu não sou, fui dar uma de machão

Levei uma bem no queixo e fui direto pro chão

Briguei com a desgraça, só não chamei ela de santa

Vai embora desalmada.... “vai você sua anta”

Expulso de casa, uma mão na frente e outra atráz

Mas não acabou ainda, se acalma que tem mais


Passei no banco da esquina, pra sacar algum dinheiro

Todo saldo que eu tinha a mulher sacou mais cedo

Agora vim pro bar e vou beber até cair

Não adianta me expulsar hoje não saio daqui

Sem falar na conta, to sem dinheiro pra pagar

E vai vir o dono, vai botar louça pra eu lavar


- Como assim foi mais ou menos? Que horror, que desespero

Pode contar comigo, com seu...


- Fica calmo meu querido, Sou Raimundo Brasileiro.

O dia foi difícil, mas é que agora eu to solteiro!


Otávio Fraz