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O tempo...
No piscar lento dos teus cílios
No cortante da tua mira
Entreguei-me ao perigo
Em meio a um mar de orações
Exacerbei quase todos os erros
Que um dia sonhei
Me permitr
Deitamos em memórias e sorrisos
Pairamos do futuro as lembranças
Sem anceios, sem planeioe, sem promessas
Quiçá esperança...
Quis não racionalizar mais
Rasguei amores, poemas, canções
Meu orgulho se foi
Escudos ao chão
Brilhou no tempo uma promessa
Por trás das nuvens densas que sela
Um emblema
Um coração
E fez-se chorar o tempo
Que há muito dessoava do meu canto
Pareou ao nosso rítimo
Um encanto
Incrédulos ainda duvidamos
Mas a tempestade nos seguia
Na medida do alvorocer
Ofegantes!
Encostado...
Ao teu seio...
Ví secar meu pranto.
Otávio Fraz
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