quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Palmas - 26 de janeiro de 2011 - Soneto ao Filete de Café

Soneto ao Filete de Café

Meu velho bule apita no fogão
Avisa: hora de café, pãe, queijo e mamão
Acordado ou talvez sonhando ainda
Sento à mesa e nem me olha a atrevida

Despertou sorrateira e me fez café
Roubou meu lençol, fez de vestimenta
Serve uma xícara, me atormenta
Brincando de minha mulher

Com uma mão me enche a xícara
E o lençol lhe deixa dividida
Mostrando mais do que quer

Oh! tempo que passa depressa
Passe agora sem ter pressa
Nesse filete de café


Otávio Fraz

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Palmas 24 de janeiro de 2011 - Carta ao Amigo Tom Jobim!

Que seja o bom presságio:

Carta ao Amigo Tom Jobim!

Caro Tom !

Este é o décimo quinto verão desde sua partida, e hoje seria seu doce aniversário de
84 anos.

Esse ano nosso esplendoroso Rio de Janeiro chora, desastres tem acontecido, pessoas tem morrido estamos tristes e de luto, mas nem por isso deixamos de celebrar sua memória, você conhece a nós, os brasileiros, procuramos, mesmo não havendo mais luz, motivos pra
sorrir.

Ta aí uma coisa da qual sentimos falta, aquele teu sorriso discreto e embaraçado. Ipanema tem reclamado sorrisos assim ultimamente! Como os seus e os de Vinícius! Vocês fazem falta, notável dupla de poetas, fazem falta...

Caríssimo, mais do que ninguém conheces as águas de março que se aproximam (mande um beijo para aquela linda da Elis) e confesse, nós já sabemos, serão as mais amenas águas de março que já houveram...

Ah ! Cante daí por nós, por que se fostes dessa para melhor, ai aonde se encontras deve ser uma farra daquelas, pra lá do bares de Ipanema, pra lá das putas da Lapa e mais pra frente ainda do Beco das Garrafas!

Recebe bem e em festa nossos irmãos cariocas que partiram daqui nesse início de ano, arruma uma farra daquelas, daquelas de arromba como faziam na casa de Vinícius em Petrópolis! Não sei se tomam uísque aí, mas de certo um "vinhozinho" nosso senhor permitirá! Fazerdes isso que as famílas desconsoladas que ficaram por aqui vos agradecerão a hospitalidade, e sentirão em seus corações, apesar da saudade, paz !!

O que poderia lhe dizer mais, senão feliz aniversário e pedir para que olhes por nós e que dê uma cantadinha aí em São Pedro pra ele manerar nas chuvas no nosso Rio de Janeiro, que mesmo assim, continua lindo! Aqueeele abraço!

Otávio Fraz


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Palmas - 21 de janeiro de 2011 - Soneto à Saudade e à Esperança

Me inspirou profundamene.
De um talento ímpar e uma aura maravilhosa
Jessie J - Who You Are

Soneto à saudade e à esperança!


Que é essa dorzinnha se não saudade
Que nasce caladinha, no meio da tarde
E de repente, bem mais que longe
Me encontre além de onde o sol se esconde

E quando as nunves tocam meu pés
Sinto cheiro de estrada e cheiro de convés
É quando o vento me traz um segredo
“Não vive nada, quem vive com medo”

E cada memória dentro de cada lembrança
Me florece a saudade e renova a esperança
Que dias como aqueles estão prestes a chegar

Me prendo à vontade de voltar ao mundo
De montar meu monstro alado, e o tudo
Será o limite que pretendo alcançar


Otávio Fraz

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Palmas - TO 19 de janeiro de 2011 - No meu Tempo...

Fazia tempo que não a ouvia,
Merece mais da minha atenção
Muito boa pra essa poesia,
é mais do que bela essa canção

Para este Poema;
O Vento - Los Hermanos

No meu tempo ...

Não conto meus dias em horas
Muito menos... sequer em sóis
No meu tempo o dia não demora
Ou não acaba nunca mais

Nele há dias de algumas horas
Que demoram mais que o normal
Mas há dias de demora
E tenho vários por-do-sol

No meu tempo sempre há tempo
Pra viver um pouco a mais
So não há tempo pro que ontem
Soube tirar a minha paz

O bom de ontem, trago pro agora
E a mesma hora demora mais
Pois o minuto que de ontem me aflora
Converto em hora e horas de paz

Em um mês de dias curtos
A sensação é de semana
Já no mês de dia longos
Dura um ano com quem se ama

Tudo bem meu amor, temos tempo
Pois meu tempo sou eu que faço
E se for mesmo de meu contento
Paro o tempo nos seus braços


Otávio Fraz

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Palmas - 15 de janeiro de 2011 - Soneto àquela noite! Lembra ?

Zombo de vocês, pois descobri um tesouro que vocês não conheciam:

Soneto àquela noite! Lembra ?

Te pego assim e reclamas à flor da pele
Meus beijos aos poucos, de sete em sete
E te suplico a luz acesa, pra que te vejas
Aguda, gemer profunda, em suas madeixas

Essa sombra pentagonal do teu seio
Do bico tocando minha barriga, bem no meio
Os lençóis sofrem nossos fortes agarros
E nesse hora nem há carinho, nem há afago

E 0 cheiro dolorido do seu "gemor"
Me disperta versos alucinantes de amor
Que no segundo posterior já me esqueço

E quando quero louco falar que te amo
Me beija mais, e mais, pra dentro te chamo
Só te faço amor, não falo, não me deixo...

Otávio Fraz
(Puta merda! Que fase áurea)

Palmas - 14 de janeiro de 2011 - Soneto de desesperança.

Ouçam de Radiohead - Creep

Soneto de desesperança

À medida que meu coração bate, cansa
A medida do tamanho dessa vontade, não cabe
No horizonte dessa janela de grades, que acabe
Essa agonia que o tempo não cala, nem amansa

E na tristeza de um coração que não chora
A esperança é jogada de lado num canto
Pois já não há quem possa enxugar esse pranto
Nem pra amar ainda bate, nem se esforça

O tempo que cura esqueceu-se a receita
Do suspiro profundo quase nada se aproveita
O que é belo nem encanto já não traz

Do egoísmo brota essa água que me afoga
Por que não me abro aos amores lá de fora?
Esse coração que não divido precisa de paz

Otávio Fraz

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Palmas - 13 de janeiro de 2011 - Soneto a um sonho covarde.

Ahh!! você tem que escutar enquanto lê!!
Vivo Sonhando - Tom Jobim

Soneto a um sonho covarde.


Diga morena, aonde me perco ?
Se não em teu beijo, se não em teu seio
Prefiro então ficar aqui parado
Jogado num canto, largado de lado

Se não for você não adianta, entenda!
Me esmurece essa distância, e não estenda
Esse tempo pra voltar, eu não aguento
Me traz você de volta, estou sofrendo

Sonhei ontem com você, que sacanagem
Só pra me fazer sofrer, foi sabotagem
Sua, pra não me deixar te esquecer

Ter você todinha e acordar com o travesseiro
Maldita realidade, acordei n’um pesadelo
Não quero mais dormir, não quero mais você

Otávio Fraz

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Palmas - 11 de janeiro de 2011 - Ode a ela que nem é tão assim.

Mais apropriada não seria se não fosse por Vinícius

Toquinho e Vinícius de Moraes - Vinicius de Moraes e Toquinho - Onde Anda Você

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Ode a ela que nem é tão assim

Ela nem é assim tão bela...
Mas tem charme... e a beleza?
Nasce discreta da certeza
De que sempre será mais ela

E nem é assim tão melhor
Mas melhora....e é pior
Pois acada crescendo tanto
Que passa a melhor e causa espanto

E nem é assim a mais sincera
Mas acaba por si, tão singela
Que até mesmo quando diz não
Prevalece o que é dela no meu coração

E nem é assim tão talentosa
Mas por ser tão mais que teimosa
O talento só não basta, e acaba
Pois é no amor o que faz, e não passa

E nem sempre esteve em mim
E é nem sempre que vai estar
Pois nem quando vem está aqui
E nem quando vai esta por lá

Otávio Fraz

domingo, 9 de janeiro de 2011

Palmas - 10 de janeiro de 2011 - Soneto ao Amor, que é Sublime

Nesse dia 5 de janeiro, estava em Fortaleza num bar chamado engarrafamento.
Estava com os amigos e de excedi um pouco na bebida, lembro-me de ter passado uns bons minutos no celular, escrevendo algo, mas não me lembrava o que era, quando hoje, verificando minha caixa de mensagens, me surpreendi com o que estava salvo na minha caixa de rascunhos:

Para esta, ouçam
Não achei musica melhor, se é que há:


Soneto ao Amor, que é Sublime.

O amor é sublime e sabe perdoar
Quisera eu ser sublime que nem o amor
Droga ! Não sou, sofro de dor
Mas viverei em amor pra ele me ensinar

E se souber perdoar nesse quando
Sublime ei de estar
Sublime ei de ficar
E ei de amar muito, mais que tanto

Nesse dia que irá chegar
Nada mais me fará não amar
E pagarás, em tudo, o preço

De ter um amor eterno pra sí
Ter o tudo de toda parte de mim
Mas não se arrependa... não mereço...

Otávio Fraz