Nem bem acordamos já brigamos
Olhos molhados, tristes, falando dentre os dentes cerrados,
ajoelhada na cama quase ódio nos olhos.
Se justifica sempre dizendo que me ama
Que me ama e que me ama
Sentado na cama, com o rosto entre as mãos
Não choro por pouco, já não temos solução
E fico mudo por longos períodos
É quando se chega e puxa meu rosto
Pedindo pra dizer que também te amo
Digo “não como antes, amor muda ?”
E chora mais, no turbilhão de dúvidas e culpa se enfia
E cansa de gritar, de xingar e de chorar
Suspira fundo de olhos fechados
Me abraça de seios nus e me beija vagarosamente
Vai até a janela e fecha as cortinas
E me faz amor pra provar que ama
É quando já não consigo imaginar meu mundo sem você.
Otávio Fraz
Tavinho, muito bom seu espaço - Tio Hércules -
ResponderExcluirA foto dessa menina na janela me lembrou este poema:
Moto Contínuo
Eu não sabia o que fazer e abri a blusa
Mais tarde eu dizer foi sem pensar
Ele me achou desnorteada, confusa
O tipo de mulher que abre a blusa
E faz tudo o que fiz, só pra agradar
Mas eu não era mesmo muito certa
Mulher esperta eu nunca fui
Mas deveria saber me colocar no meu lugar
Eu era assim, desatinada
O tipo de mulher que abre a blusa
E faz tudo o que fiz, só pra agradar
Hoje, você me ouvindo falar destas coisas
Talvez me ache outra vez meio confusa
E eu que sempre faço tudo pra agradar
Novamente abro a blusa
Como faria qualquer mulher confusa em meu lugar
Bruna Lombardi