domingo, 21 de dezembro de 2008

Principado Andorra - Dia 20 de Dez de 2008

Vamos a introdução.
Dia 16 cheguei a Lisboa, matei a saudade da família e da capital Portuguesa, mais uma fase terminou.
Após uma semana de preparativos e compras, na sexta feira 19, partimos de Lisboa rumo à Madrid, linda viagem. Estradas fantasticamente conservadas, recursos que para o brasileiro poderiam parecer impossíveis, postos de serviço com apoio ao viajante, telefones de quilometro em quilometro, estradas duplas, policiamento e pedágios consideráveis. ( Veja as fotos no meu orkut: Otavio Fraz)
Dia 19 pousamos em Madrid, chegamos ao anoitecer na fria Madrid. Nao houve tempo para conhecer nada na cidade, jantamos e logo fomos dormir.
Pela manha, bem pela manha partimos ruma ao Principado de Andorra, um "paisinho" ao norte de espanha e ao sul de frança, local mantonhoso, zona franca de eletrodomésticos muito baratos.
Ha brasileiros por toda parte, nos hoteis, nas lojas, inclusive uma Gurupiense no Pizza Hut aqui de Andorra.
Pela noite, lembrei-me dos meus amigos de Palmas, os rodados (rsrsrsrs), principalmente quando passei por uma loja chamada VAZARI.
Eu nao tinha companhia entao tive que ir as boates sozinho mesmo, e como estavam cheias.
Como saí muito cedo fui a um bar e pedi "una cerberra", paguei 1,20 num vazio e triste bar de esquina, dei um tempo por la.
Primeiramente fui ao FOGUELATA, uma boate com música latina, Salsa e Reggaton, curioso ver que todos sao animados, mas ninguem dança a dois. Levei 4 gentis foras para me dar conta disso, nao se dança a dois, NUNCA, NUNCAAAAAAA. (rsrsrsrsrs)
Dica de passagem, nao se paga para entrar nas boates/Bares daqui, porem de cara paguei 3,50 na mesma “cerberra” do bar anterior. Havia pessoas de inúmeros lugares, belas moças e muitos, muitos fumantes, ao ponto de meus olhos arderem e lacrimejarem de tanta fumaça. Cansei-me e fui para casa.
No caminho olhei ao relógio, ainda era meia noite e meia, “nao vou dormir agora”, pensei. Lembrei então que no primeiro bar que tinha ido, ao lado era uma boate/bar que na hora estava fechada, então, la fui eu ruma ao “La Devossa”, uma bar bem comprido, lotado, que tocava só musica eletrônica, mais uma vez o cheiro de cigarro ardia nos meus olhos, muitas pessoa que estavam na outra boate fizeram o mesmo que eu, entao sentei-me ao pé do balcão e pedi uma Heineken que me custou 4 euros. Tomei minha cerveja e fui andar pelo lugar, ate que uma mocinha me chamou atenção, cabelos pretos e pele branca, um sorriso jovial de aparelhos nos dentes, resolvi entao exercitar meu espanhol, já bem enferrujado.
- Ola, como te Lhamas.
- Ola me nombre es Carolina.
Nao vou reproduzir todo o assunto aqui, mas digo-lhes que era de Barcelona, tinha vindo a Andorra para esquiar com os amigos que estavam terminando o colégio para fazer economia, e que nao tinha namorado. Conversamos um bom tempo, disse-me também que tinha um amigo brasileiro de quem gostava muito e que tinha muita vontade de conhecer o Brasil, todos aqui tem. Entao depois de algum tempo, fui-me embora da boate por volta das 3 da manha.
A pé, a caminho do Hotel, dois rapazes , Diego e Aún, me perguntaram se eu sabia aonde ficava a Boate BUDA, respondi que nao mas que iria com eles. Me disseram que estavam a procura de MUJERES, como las MUJERES DE BRASIL. Eu disse que não seria possível mas que podíamos tentar (RSRSRSR).
Fomos entao à procura de BUDA, andamos um bom bocado até acharmos. No caminho os rapazes me disseram que eram de SAN CRISTOVAN e me ofereceram um cigarro, recusei, um deles me ofereceu uma coisa verde que estava no bolso, disse que era para fumar, recusei, e continuamos nosso caminho conversando e rindo, os dois rapazes eram muito amigos, pareciam se conhecer a anos, muito tempo mesmo.
Entramos na boate.
BUDA é uma boate mesmo fantástica, enorme, uma estrutura gigantesca e 5 euros a “cerberra”. Muita iluminação, muito néon e muitas figuras budistas, muito cigarro e mais uma vez meus olhos ardiam.
Eu estava de camisa preta, quando olhei pra mim mesmo, vi vários pontinhos brancos fosflorescentes, as cinzas dos cigarros também brilhavam ao néon inclusive as na minha camisa. Entao fui andar com meus novos companheiros. Observando de longe, eles dançavam, volte e meia o mais alto mexia com alguam garota, mas o mais baixo, Aún, nao, ia falar somente com os homens, mostrava sempre o negócinho verde, riam um pouco se despediam com um caloroso abraço de espanhol e saíam.
Eu fiquei meio longe observando eles, enquanto observava também as pessoas que freqüentavam aquela boate, todos pareciam ricos, mas ninguém olhava para ninguém com superioridade, quando alguém pisava no pé de alguém, pediam desculpas e se abraçavam. As moças mesmo que nao quisessem o rapaz que lhe puxou a mãe, sorriam agradeciam e seguiam, os rapazes se viravam e seguiam também. É bem diferente ao que estou acostumado em Palmas, com pessoas que são superiores por segurarem um copo de uísque e uma latinha de energético com a mesma mão tufam o peito e saem andando com se tivessem 6 pares de testículos, olhando por cima os meros mortais que nao PARECEM TER tanto dinheiro quanto ele, seria trágico se nao fosse cômico, pessoas de cabeça miúda.
Entao falei aos dois que ia ao banheiro na esperança de que eu me perdesse deles, mas quando voltei estavam me esperando, entao um deles veio e me disse que tinha sido muito bom me conhecer, que eu era muito FINO, e que queriam manter contato comigo, sorri e inventei qualquer endereço de email com meu nome, eles se viraram pra dar uma volta e eu sorrateiramente saí, me misturei na multidão. Saí da boate ruma ao hotel, dessa vez sem distrações no caminho de volta, já eram 4 da manha e eu estava cansado, no outro dia teria que acordar de manhã para esquiar.
Cheguei ao hotel e dormi, ao frio de 5 graus que a noite fazia.

Otávio Fraz

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