segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Lisboa - 27 de janeiro de 2009



Uma vez me disseram.
Otávio me sinto bem com você.
Você me passa segurança, seu sorriso é sempre positivo, é decidido e sabe pra onde vai, não tem vergonha de ser quem é e nem do que as pessoas vão pensar de você.
Eu respondi então.
Caro amigo não se iluda.
A minha segurança é só aparente, sou um turbilhão de insegurança, as pessoas tem mais segurança do que sou do que eu mesmo.
É certo que me ponho sempre a sorrir, mas esse sorriso é pra mascarar a parte feia dos meus medos e das minhas dúvidas, que não são poucas, porém banais.
Decidido? Tanto quanto um cego que acha conhecer o lugar que acaba de chegar.
Sim eu sei bem pra onde eu vou, isso eu sei, pois a minha única certeza é que não andarei de volta pelo caminho que vim, mas o resto, mesmo que eu tente saber pra onde irei, não passará de mera adivinhação.
Tenho sim vergonha, ela só não me impede de fazer as coisas que me apetecem, mas tenho muito medo da desaprovação dos olhos alheios, afinal, a passagem por esse mundo não fica registrada como realmente foi, mas pela forma como as pessoas lembram-se de você e como contam sua história.


Otávio Fraz

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