sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Paris - 3 de Janeiro de 2009

Hoje quando acordei nevava.
Ao olhar pela janela estava o chão todo branco, os carros cobertos, as estradas e as calçadas também, era até perigoso de andar se não fosse com muita atenção para não escorregar.
Acordei animado, afinal hoje iria visitar o Louvre. Passei a noite anterior bolando o roteiro de visita. O Louvre é enorme. Diz-se que se uma pessoa parar 1 minuto para ler cada descrição de cada obra, levaria dois anos para que terminasse o Louvre inteiro.
Acordamos então e fomos, eu e Kaique, ao Louvre. Estava lotado, havia gente de todos os cantos por todos os cantos, inclusive na fila quilométrica que tivemos que pegar para entrar. Havia brasileiros por todos os lados.
Após uma penosa hora e meia, entramos no Louvre, enorme e estonteantemente lindo, por dentro e por fora. Começamos então pela ala do quadros italianos.
As obras mais impressionantes são as de Da Vinci mesmo. Ele brinca com o observador, não é somente uma pintura o que se vê, é uma obra que exige tempo para ser lida e interpretada. Era um gênio se querem saber. A Madonna das Rochas (http://www.geocities.com/Paris/Louvre/7274/MPLE015.jpg) é um exemplo disso. Encomendada pela igreja católica, Da Vinci termina a obra entrega e a receba de novo para que faça algumas modificações, a igreja não gostou da Obra. O quadro apresenta Maria, o menino Jesus, um anjo e o menino João Batista. Se bem observamos pode-se ver que o anjo aponta para João Batista, e a mão direita de Maria de se põe como se segurasse alguma coisa pela parte cima. Diz-se que se posicionarmos a cabeça de Jesus na mão esquerda de Maria, a Mao do anjo de posicionará no pescoço do menino santo, como uma menção de decaptação, e realmente, se pegarem a obra e observarem verão a verdade. Mas como disse, foi mandada para refazer, entao Da Vinci a fez com as devidas correções amenizando a idéia conspiratória presente na primeira versão. Esse é só um dos mistérios escondidos em umas de suas obras.
Delacroix também me impressionou bastante. Sua valoração à figura e a perfeição feminina é facilmente notada. Suas obras são todas cheias de detalhes, dois quadros se destacam em seu acervo. A auto coroação de Bonaparte, um quadro com uns quatro metros de altura e uns oito de largura, representa a coração de Bonaparte, e, O símbolo da revolução francesa (http://www.cab.u-szeged.hu/cgfa/delacroi/delacroix5.jpg), uma mulher com os seios descobertos ergue a bandeira da França por entre os corpos estendidos ao chão.
Alem das pinturas de Picasso, e muitos outros artistas fantásticos, fomos visitar a recreação dos cômodos do palácio de Napoleão, onde morava. É simplesmente deslumbrante a riqueza e o luxo em que vivia a corte real enquanto os súditos passavam fome e os soldados guerreavam.
Também fomos visitar a ala de arte do antigo Egito. Hieróglifos, túmulos e tumbas, múmias humanas ou não, há toda essa variedade no Louvre. As múmias me chamaram atenção, a humana muito bem conservada, me espantei com o detalhe dos dedos ainda em tão bom estado, mas me impressionaram também as múmias dos gatos e animais de estima dos faraós. Gatos, cachorros, vacas, cavalos, cabras e até um crocodilo de 2,44 m. É mesmo intrigante e ate meio assustador.
Após a nossa longa jornada pelo Louvre, esperamos papai chegar para nos buscar. Tinham ido visitar o Antigo Hospital dos Inválidos, hospital usado pelas tropas francesas durante a primeira e a segunda guerra mundial Hoje é um belo museu aonde pode-se ver toda a historia e aparatos utilizados nas guerras. Foram também as catacumbas de Paris, local sombrio a 20 metros abaixo da linha no metro aonde foram sepultados mais de 6 milhões de corpos, oriundos dos lotados cemitérios que estavam putreficando o ar da cidade já causando algumas doenças.

Após me pegar, fomos nos despedir da torre, que dessa vez estava vermelha. Tiramos algumas fotos, compramos alguns suveniers e cuidamos e remar rumo ao famoso bar de MOULIN ROUGE, numa avenida de boates e clubes de strip tease, desmascarando para esses entusiasmados turistas, a parte mais obscura e boemia da cidade.
Hoje então me despedi de Paris.
Com dor no coração e uma felicidade sem igual.
Ate breve Paris, bem muito breve.

Otávio Fraz

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