sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Palmas - 23 de agosto de 2010 - À tua sorte...

Música não embala sentimentos ruins

À tua sorte...

Mantenho-me calmo e frio
E frio como um calculista
Nesse cansaço ou no sio
De mente limpa e frígida

Como cortinas escrachadas
Atuo nesse palco
Não me iludo aos aplausos
Nem ao cheiro do álcool

Não hesito a cada golpe
Nem sequer sinto a pena
Deixo no lombo do sem sorte
Tatuado o meu dilema

Aprenderão que não se meche
Na harmonia do pensante
Que aos poucos sobe, cresce
Muito além do horizonte

Nas cordas do seu resgate
Enforcar-te-á sozinho
E se achas que tem sorte
Não conhece seu destino

Agora rimo e um cigarro
Acendo a teu favor
Depois me rindo, com um escarro
Mostrarei que és menor

Otávio Fraz

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