quinta-feira, 13 de junho de 2013

Bem vinda à nossa casa

Ontem se foram os dias de solidão
E como irredutível é o destino
Na sina de nos surpreender

Quando de repente o que era desprezo
Distancia, aversão e avesso
Torna-se mais do que poderíamos prever

Mãos nunca dadas, nem em sonhos
Desafiando a obviedade do que somos
Hoje contrárias já não podem, nem estão

Confesso é de tempo meu almejo
Displicência, desmistério e descortejo ?
Estranha a nossa solução...

Pois aquilo que resiste
Incólume persiste
E se torna mais que antes

Hoje, bem vinda à nossa casa
Está vazia e mal arrumada
Mas se arruma num instante

Meses passaram-se em um susto
Sem nada para nos conter
Assim juntos desde então

Como diria um Poeta Russo
E quem um dia irá dizer
Que existe razão, nas coisas feitas pelo coração...

Otávio Fraz
12/06/2013

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